Vinte e um

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Maratona +10 e 25 comentários
Ariel | Sereia 🌊

Meu pai voltou e eu estava radiante com isso, meu pai estava de volta e as coisas iam tomar jeito.

Fazia quinze dias e a gente ainda não tinha sentado pra arrumar as coisas.

Bernardo viajou em missão ontem e não avisou ninguém, achei estranho mais não comentei nada.

Olho meu pai sentado na mesa dele na boca, olhando totalmente sério os papéis.

— Me chamou ? — olhei pra ele.

Caos: Desenrola o bagulho Ariel. — ele jogou os papéis na minha frente.

— O que você quer saber pai? — encarei ele, sentando na sua frente.

Caos: O que tu acha, caralho? Os caô tudo não deixei o bagulho assim é pra tu assumir tem que saber cuidar das parada. — ele me olhou sério, com trabalho ele era extremamente rigoroso.

Engoli seco balançando a cabeça.

— O que aconteceu foi o seguinte não tirei nenhum centavo do morro pra utilização minha, comprei droga além do que devia eu errei nisso, não fiz baile por conta que sei lá não tava com cabeça — devolvi os papéis.

Caos: E o que aconteceu? — ele ficou me encarando.

— Não ouviu pai? — falei impaciente — Desculpa... foi essa situação de comprar droga demais.

Caos: Tá tirando caralho? — ele levantou puto, apontando o dedo na minha cara. — Tu me respeita jaé? Não tem essa porra não de comprar demais, chefe não comete erro se ligou não? Nunca meti a mão em tu se tu não quiser levar uma só tu me respeita sua cuzona do caralho.

— Jaé pai — falei seca, odiava tomar esporro do meu pai principalmente.

Fiquei balançando a perna com a cabeça baixa.

Caos: ergue a cabeça Ariel. — ele bateu na mesa, falando grosso. — Se tu quebra a porra do bagulho aqui. — ele apontou. — Tu tá fora do comando, é isso que tu quer? Que um filho da puta qualquer tome teu lugar por burrice tua porra? Não adianta ficar bolada não, sou teu pai e se me achar que sou teus parceiro tu vai apanhar igual bandido já que tá pagando de boazona.

— Eu não quebrei pai, eu faturei bem nesses dois últimos bailes, eu já paguei quem eu devia, só que aquele policial filho da puta aumentou o valor isso me fodeu também, não é mais o TJ .

Caos: jaé, aciona o moleque. — ele abriu a parte de baixo do piso, começando a contar dinheiro. — Vou ensinar as parada pra tu mais uma vez Ariel e vou sair da gestão, tá nas suas mãos os bagulho. — meu pai não parecia ter a idade que tem, ele estava enorme de músculos ainda.

Respirei fundo.

— Eu pedi dinheiro emprestado pro novo coronel pai, mais já paguei — se ele soubesse por outra boca ia me foder mais — Vai sair pra sempre pai? — não tava pronta nem fodendo pra assumir definitivo.

Ele concordou com a cabeça, acho que engolindo a vontade de me xingar toda.

Caos: Jaé. — ele me chamou com a mão. — Põe a cadeira aqui Ariel.

Coloquei a cadeira do lado dele, o encarando séria.

— Eu tô tentando pai — falei exausta.

Ele começou a ir me explicando as coisas dessa vez, com calma, perguntando se eu estava entendendo.

Ele tinha paciência com todos os filhos mais comigo ele tinha uma paciência de jô, ele ficou sentado comigo exatamente 7 horas me ensinando as coisas.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora