Sessenta e oito

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Caos 🎲

A vida tava tranquila até que enfim pô, tava cada vez mais saindo do crime de frente e só ficando com uma coisa ou outra.

Tava na porta do colégio dos pivetinhos e saiu a Aurora com a menina dela lá e logo o Lucca com a feiona dele e nada da Alice.

Os dois entrou no carro e eu batuquei o bagulho nervoso já.

— Cadê a irmã de vocês caralho?

Aurora: Não sei — ela falou já pegando na porra do celular.

Lucca: eu não vi pai. — ele falou com o celular na mão.

Saiu mais uma caralhada de gente e nada dela, coisa que ela era a primeira sair.

Aurora: Meu celular tá descarregando — ela falou bufando.

— Larga essa porra, tu não ficou com tua irmã porque caralho? — olho serinho pros dois. — Irresponsáveis da porra um bagulho simples de fazer, se ligou?

Aurora: Por que não sou babá dela pai, eu tenho minha vida e minha ficante ué, ela precisa se virar você não falou que é um nível baixo o autismo dela? Então — ela respirou fundo cruzando os braços.

— Tá loucona? Se tu não quiser perder a porra dos teus dentes e um enterro de caixão fechado pra essa feiona, filha da puta tu me respeita caralho. — falo altão mermo, puxando o celular da mão dela. — Essa porra aqui eu que dei pra tu, cuzona. — faço menção de abrir a porta e vejo ela vindo com o moleque lá.

Ele parou na frente da porta do carro e ela abraçou ele entrando no banco da frente.

Alice: Desculpa papai eu demorei mas minha sala tava fechada e minhas coisas estava lá, e eu cabulei aula mais eu tava dentro da escola eu juro, mas ele fez um desenho meu olha — ela mostrou o desenho animadona.

— bonitão mermo. — olho a aurora com cara de cu, tentando pegar o celular. — Não cabula mais, se ligou?

Alice: Tá bom papai, o Mathias é meu novo amigo, a Mel entra agora no colégio mas nem ia vim por que teve crise — ela falava tudo rapidão.

Aurora: CALA BOCA ALICE NINGUÉM QUER SABER DESSA IDIOTA, NINGUÉM QUER SABER DAS SUAS COISAS, A VIDA SÓ GIRA EM TORNO DO SEU MUNDINHO, ME DA MEU CELULAR — ela começou a falar alto fazendo a Alice tapar os ouvidos.

— Cala boca, tá louca porra? — viro bravo pra ela. — Esse caralho aqui é meu, e gira em torno dela mermo, vai fazer o que? — bato o celular várias vezes, no volante quebrando o bagulho, com força. — otaria do caralho, tu tá fodida.

Aurora: PARA PAI MEU CELULAR — ela gritou fazendo a Alice se encolher no banco, o Lucca cutucou a Aurora — TÁ FELIZ SUA IDIOTA VOCÊ NÃO TEM NINGUÉM PERTO DE VOCÊ E QUER QUE NINGUÉM TENHA — a Alice começou a chorar.

Alice: Para rora você tá me machucando — ela falou baixo chorando.

Vi bagulho nenhum  não, virei maior tapão na cabeça da aurora.

— Senta no teu lugar e fica quieta. — falo serinho, vendo ela sentar.  — Fala assim com ela de novo pra tu ver, tu que não vai ter ninguém sua ridícula do caralho, que tu se foda e a Alice não queira tu mais nao, jaé? Cuzona.

Passo a mão no cabelo, olhando a Alice.

— Olha pro teu pai filha, passou jaé? Passou. — passo a mão no cabelo dela, tacando o celular longe.

A Alice tava chorando baixinho olhando o desenho que o moleque lá fez pra ela.

Cheguei na porta de casa e a Alice saiu do carro derrubando tudo, igual ela fazia quando tava nervosa.

Aurora: Idiota imbecil ai que raiva — ela sussurrou baixo no banco de trás.

— desce Lucca. — falo altão vendo ele sair.

Ela abriu a porta pra descer também com maior cara feia.

— Mandei tu sair caralho?

Aurora: O que você quer pai? — ela falou grossa.

— Tá tirando filha da puta? — falo mais grosso ainda.

Ela saiu do carro entrando em casa batendo a porta.

Desço do carro, tirando o tênis tacando certeiro nas costas dela com força.

— Vou te arrebentar filha da puta.

Aurora: Ai — ela gritou caindo.

Pietra: Que gritaria é essa? É Alice chorando é aurora gritando, vão acordar o Hariel — a chorona apareceu.

— Tua filha ai falou um monte de merda pra Alice e tá sem celular. — taco o outro tênis nela.

Pietra: PARA LUCCA — ela foi até a Aurora levantando ela — Senta calada Aurora agora.

Aurora: EU ODEIO VOCÊS ODEIO — ela sentou no sofá.

A Pietra foi pra frente dela.

Pietra: Abaixa seu tom por que ninguém grita com você aqui Aurora Monteiro Perrini, você não deveria ter falado tudo que falou pra Alice ela é sensível você sabe disso, e ela agora tá chorando, tá feliz? Decepção é o que você me deu Aurora — ela saiu subindo pro quarto ouvindo a Alice chorar.

— garota insuportável da porra. — passo a mão do cabelo negando. — Tá de castigo mermo chorona tô nem aí, acabou ela sair, celular e tudo jaé?.

Alice: NÃO FAZ ISSO RORA POR FAVOR É MEU DESENHO — ela gritou chorando lá em cima.

Subo rapidão com a chorona logo atrás, abrindo a porta no chute vendo ela rasgando o bagulho lá da Alice.

Alice: Meu desenho — ela tava catando os pedaços de papel do desenho dela chorando.

— Resolve tu chorona se eu pegar vai ser na porrada. — entro, pegando a Alice pela mão saindo do quarto.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora