Cento e cinquenta nove

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— Vamos leitores fantasmas saiam, dê uma curtidinha não custa nada 🥲

Maratona 30 curtidas e 20 comentários

Ariel | Sereia 🧜‍♀️

Dor.

Dor de uma forma que eu jamais senti na vida. Vazio, como se nada fizesse sentido e tudo estivesse do avesso de uma forma que eu jamais vi.

Ele estava morto, a imagem dele não saia da minha cabeça, o corpo cheio de sangue, os olhos abertos e nenhuma respiração, os tiros pelo corpo, quanta dor.

Talvez se eu tivesse impedido, ou não tivesse pedido aquela maldita salada de frutas...

Eu deveria ter dito que te amava, Gustavo. Porque você fez isso comigo?

Minha cabeça estava um vazio tão grande que refletia o meu coração, o Hariel estava quase dormindo no meu colo, todo machucadinho, mas tinha colocado ele no meu colo e estava sentada olhando meu filho pensando no meu Gu.

Suspiro, olhando a casa dos meus pais. Os meninos não disseram nada. Mas sei que quando eles aparecessem seria pra dizer sobre o enterro e eu não estou preparada pra isso.

Hariel: Papa papa papa — ele falou sonolento.

Me fazendo chorar baixinho, passando a mão no cabelo dele.

Ele resmungou mais algumas coisinhas e logo a analu apareceu, passando a mão no rosto.

— Dorme filho, hoje a mamãe da tete — ajeitei meu seio na boca dele e sorri de lado pra Analu que sempre foi minha melhor amiga.

Analu: Trouxe comida, não é a do vô. — ela sorriu fraco. — Mas acho que você vai gostar.

— Obrigada prima, mas não tô com fome — sorri de lado.

Analu: Pelo bebê Ariel. — ela colocou na minha frente, puxando o ar.

— Eu estou devastada Nalu, eu quero meu marido, eu amo o Gustavo — e pela primeira vez eu abri meu sentimento, e as lágrimas desceram no meu rosto.

Analu: Não tenha dúvidas que ele sabe disso. — ela suspirou. — Me dói te ver assim e eu não saber ou ter o que falar...

— Eu estou no pior momento da minha vida, preciso ser forte por causa deles dois, mas eu só queria sumir sabe? igual a Ariel de antes? Que sumia no mundo ? Então — tirei o Hariel do meu peito, ajeitei a blusa e estendi ele pra ela.

Ela estendeu os braços, pegando ele com cuidado. O ajeitando em seu colo, dando tapinhas leves em sua costa.

Analu: Nada do que eu fale irá fazer mudar, mas você é a pessoa mais forte que conheço. — Ela sorriu fraco. — O que precisar, estarei aqui pra você; por vocês.

— Eu errei em não falar que ele era o homem da minha vida, o cara mais fantástico que eu já conheci, o pai mais incrível e que eu não sei como será meus dias sem ele, ele era o meu caos igual meu pai é da minha mãe sabe? o Dante da Liz, o Otto da Isa — encostei na parede com as mãos no rosto.

Analu: Eu não queria te dar esperanças Ariel. — ela suspirou. — Mas talvez... dê pra você falar.

— Não dá Nalu, eu não quero velório pra ele, aliás ele sempre disse que tinha pânico de velório — engoli o choro.

Analu: Meio que ele não morreu sabe? — ela falou da forma mais calma que deu. — Assim, não sei explicar Ariel, mas não era pra falar pra você agora entende?

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora