Treze

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Maratoninha +10
Gustavo | GV 🔫

Ser o novo coronel é bom pra caralho, enfim no lugar onde eu deveria estar desde de sempre, o poder era bom pra caralho.

Olho o fuzil por baixo da mesa e pego os papéis, lendo um por um a parte chata é contrato com os donos de morro.

Limpei a ficha da tal Sereia e faltava 5 min pras 18h o horário que combinamos.

Odeio atraso e se chegar um minuto pras 18h, não entra.

JL: Senhor — ele bateu continência na sala pra mim — uma senhora com o nome de Sereia tá aí, libera?

Olho o relógio, vendo que faltavam 3 minutos e aceno pra deixar entrar.

Não demorou muito e a sombra dela apareceu na sala.

Ariel: Meus armamentos — ela falou parada na porta.

— Meus armamentos. — subo o olhar pra ela. — Assina. — empurro o papel.

Ariel: Assinar? — ela chegou perto, colocando alguns malotes na mesa.

— Parte burocrática, certeza do ganho. — estendo a caneta.

Ariel: Então espere que eu vou ler — ela pegou o papel, ficando de costas pra mim, a filha da puta veio armada.

Inteligente pra caralho, olho de relance a arma por baixo da minha mesa

Ariel: Põe na mesa seu fuzil Gustavo — ela virou pra mim — Essa cláusula 9 não concordo, não vou dá 50% do meu lucro não.

— Todas as pistolas que estão no seu corpo na mesa Ariel, incluindo as facas, canivetes. — dou de ombros, relaxando na cadeira.

Ariel: Fuzil na mesa, Gustavo — ela falou ríspida, me encarando — Aí eu ponho minha pistola.

— Só do olhar pra você sei que não é só uma. — nego. — Tudo que está pelo seu corpo, ao mesmo tempo que eu.

Ela respirou fundo tirando as duas pistolas, as três facas e os seis canivetes.

Ariel: Fuzil Gustavo — ela falou séria com as mãos na mesa.

Olho pra cara de culpada dela, me ligando que tinha uma pistola com ela ainda, sorriu de lado.

Coloco na mesa o fuzil, as três pistolas, as duas facas e o canivete.

— A pistola, na sua cintura, na parte de trás. — passo a mão no cabelo.

Ariel: Ligeiro você é —  ela colocou a glock dela de frente do meu rosto — E você tira a do meio da suas pernas.

Coloco a pistola na mesa.

— A canivete no bolso da sua calça. — aponto com a cabeça.

Ela colocou na mesa, erguendo as mãos em rendição.

Ariel: Na sua gaveta — ela ergueu a sobrancelha.

Coloco na mesa, a da gaveta.

— Do teu calcanhar e cabelo. — mexo os ombros.

Ela tirou os canivetes do calcanhar e o soco inglês do meio do cabelo.

Ariel: Fuzil atrás da cadeira e a pistola da sua cintura — ela falou estralando os dedos.

Levanto da cadeira, colocando os dois na mesa.

— O canivete da coxa vou relevar, Ariel. — leio o contrato. — Porque não está de acordo da cláusula 9?

Ela bateu palma e balançou a cabeça.

Ariel: Por isso que você matou o TJ né, ligeiro você é — ela sorrio de lado — Eu não tô de acordo com a quantidade, dou 20%.

— Não vou sair perdendo. — ergo o olhar pra ela. — Cláusula 10, vocês não vão pagar o armamento, vai ser disponibilizado. — aponto. — Cláusula 11, disponibilidade dos homens de elite, cláusula 12 contrato está por 35 mil.

Ela riu irônica.

Ariel: Eu tô desfalcada pra te dar 50% Gustavo, vai quebrar aquela porra, não rola — ela falou me encarando com as mãos na mesa.

— Paga quando estiver entrando. — falo óbvio.

Ariel: Tá surdo? Eu tô quebrada caralho - ela respirou fundo.

— Caô todo teu. — me sento de volta.

Ariel: Então vai pra casa do caralho — ela me deu as costas.

— Certo. — digo simples, girando o canivete na mão.

Ariel: 30% e ninguém descobre que você forjou morte do maldito — ela falou de costas.

— Esse é o de menos, apago qualquer um que entrar no meu caminho. — jogo o canivete na parede. — 40% e ninguém descobre que você matou o filho juíz do delegado.

Ariel: É uma ameaça Gustavo? — ela me encarou.

— Longe de mim fazer isso. — coloco os pés na mesa.

Ariel: Minha ficha tá limpa? ou você não cumpre sua palavra — ela prendeu o cabelo novamente.

— Você chegou até aqui, acha o que? — sorrio de lado. — Se estivesse suja tu não passava nem da saída do teu morro.

Ariel: Passava sim, seus funcionários são uns bostas, deixei duas pistolas e eles compraram que eu só tinha aquilo — ela sorrio irônica.

— Não foram eles que foram rendidos em menos de meia hora. — dou risada.

Ariel: Moleque de 15/16 anos é foda né, você tá de olho no meu morro por que? — ela colocou o pé na parede me encarando.

— De olho do seu morro não era eu, te fiz um favor matando o pobre TJ. — estralo o pescoço. — Já que ele iria pacificar né.

Ariel: Nossa obrigado Gustavo salvador da pátria — ela falou debochada — O tal Ulisses é tipo você?

— 5 mil por informação. — cruzo os braços.

Ariel: Além de corrupto é surdo, libera os meus armamentos — ela falou impaciente.

— Além de traficante tem péssima gestão. — faço cara triste, balançando a cabeça em negação. — Tá liberado, Renato. — chamo alto.

Olho ele dar duas batidas e entrar, batendo continência.

Renato: Sim chefe.

— Libera o armamento pra ela. — aponto pro papel, vendo ele pegar e consentir, indo separar.

Ariel: Não te perguntei nem pedi ajuda — ela começou a colocar as armas nela novamente, sem olhar pra mim.

— Isso ainda vai te derrubar. — falo, sentado na minha cadeira.

Ariel: Ótimo nunca estive no topo — ela soltou o cabelo, prendendo o soco inglês .

Dou de ombros, voltando a ler os papéis sem nem dar importância pra presença dela.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora