Cinquenta e um

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Maria Eduarda | Madu 🍀

Enjôo era uma coisa absurda, minha mãe comeu minha alma mas como meu pai disse 5 min depois tava toda acelerada pensando na gravidez, enxoval tudo.

Não estou me sentindo bem pra ir pra aula hoje, mas tenho que ir o Ber disse que me levaria e buscaria hoje.

Eu estava oficialmente de 2 meses e 15 dias um verdadeiro grãozinho.

Tomei banho me arrumei super rápido, passei maquiagem por que tinha vomitado muito e estava com algumas olheiras.

Ouvi a buzina do Ber sai com as bolsas e entrei no carro caladinha.

Ber: Bom dia amor. — ele virou pra mim. — Que foi? Não tomou café né? Fica chata pra porra sem tomar café.

— Bom dia, vida — neguei — Tô enjoada tentando não vomitar, mas tô com fome — falei colocando o cinto.

Ber: Vou parar na padaria, lanche e suco natural? — ele me olhou, ligando o carro. — Quando vamos pra consulta?

— Suco de maracujá e pão com requeijão na chapa? — olhei pra ele — Tenho consulta amanhã amor às 17:00 vai comigo ? — ele estava extremamente apaixonado e maluco.

Ber: Nenhum docinho? Brigadeiro? — ele parou em frente a padaria. —  Vou amor. — ele me deu um selinho.

— 2 beijinhos e 2 brigadeiros — falei abaixando o vidro, olhando ele entrar na padaria.

Ele voltou com as sacolas depois de uns dez minutos, me dando a visão de uma coca na sacola.

Ber: Comprei bolo. — ele falou entrando, tirando as coisas da sacola, pondo na minha mão.

— E essa coquinha? — falei fechando o vidro rindo, o pão de queijo estava tão quentinho uma delícia.

Ele riu, começando a dirigir.

Ber: Comprei pra mim, mas se quiser pode tomar amor. — ele batucou os dedos no volante, sorrindo pra mim. — Trouxe o dinheiro pra comer na faculdade?

Mexi na minha bolsa caçando a minha carteira.

— Ai amor não esqueci minha carteira — abri a coca dele tomando um golinho, a nutricionista ia me matar.

Ber: Pega aí no porta luvas. — ele apontou com a cabeça, bebendo um pouco da coca.

— Não precisa amor acho que não vou ficar com fome — menti comendo pão de queijo.

Ber: Tá comendo por dois, não vai ficar com fome? — ele negou. — pega ai amor.

— Eu vou precisar almoçar amor, melhor eu levar vou ficar com fome mesmo — falei rindo — amor e se for dois? O que faremos ? — eu era muito apaixonadinha por ele.

Ber: Dois de uma vez? — ele abriu maior olhão.

— Ué amor, nossa família tem gêmeos e trigêmeos — falei rindo, ele tava coçando a nuca.

Ber: Nossa que foda. — ele me olhou. — A gente cuida né não? — olho ele estacionar na faculdade.

— Vou pra minhas aulas neném, às 18:00 me busca? — sorri pra ele.

Ber: Sempre te busco amor. — ele riu, me dando um selinho.

— Me dá um beijo? — falei colocando as mochilas do lado de fora do carro.

Ele levou a mão no meu rosto, aproximando nossos lábios dando vários selinhos, logo pedindo passagem com a língua.

O beijo era um calmante pra mim, ouvi palmas me afastei dele e era a Kiara.

Kiara: Sua falsa vagabunda — ela estava gritando às 06:45.

Ber: Tá louca caralho. — ele falou alto.

— Para de gritar Kiara — falei saindo do carro.

Kiara: Então você terminou comigo pra ficar com ela? — ela olhou pro Bernardo que desceu voando do carro.

Ber: Te devo satisfação da minha vida garota? Se põe no seu lugar. — ele falou com raiva. — Deixa ela quieta Kiara, tu não vai querer conhecer meu pior lado, na moral mermo.

Kiara: Você vai se arrepender de ter me trocado por essa piranha sem graça, vagabundinha que não queria te assumir otário, assim que você falou pra mim — olhei pra ele.

Ber: Se perdeu no personagem foi, caralho? — ele olhou sério pra ela. — Nunca falei dela pra tu.

Kiara: Foi assim que ele falou tá Madu, que você queria dá pra geral — encarei ela seria, o Bernardo tava vermelho.

Ele ergueu a mão indo pro cabelo dela e desceu de volta ao me olhar.

Ber: Odeio pra caralho mentira, tu tá fodida na minha mão Kiara, pode não ser hoje nem amanhã, mais tua hora vai chegar. — ele segurou minha mão, trancando o carro e foi me levando pra porta da faculdade.

— Vida se acalma tá? — falei apertando a mão dele — Você tá tremendo de nervoso — ele ficava descontrolado nervoso, era bizarro de assustador.

Ber: Foi mal, caralho. — ele passou a mão no rosto, parando em frente à porta da faculdade, ele continuava tremendo.

— Tá tudo bem, ela só vai vim me irritar mas não sou de brigar você sabe disso — alisei o rosto dele.

Ber: Vou trazer teu almoço, qualquer coisa me liga, ouviu? Me liga mermo, sem neurose. — Ele beijou minha testa várias vezes. — Amo tu.

— A gente te ama papai — ele desarmou bonito ouvindo "papai".

Ber: Amo vocês. — ele sorriu pra mim, me dando um selinho.

Entrei pra faculdade e a Kiara tava me olhando na sala do lado, chata infantil e se juntou com a Tamires, ou seja tampa e panela.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora