Cento e nove

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Ariel | Sereia 🌊

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Filha da puta loira desgraçada do caralho, que ódio queria furar aquela filha da puta.

Já tinha dado a inalação no Hariel, e agora só estava esperando acabar o remédio na veia dele, o Gustavo tava calado.

Olho ele estender a mão pra mim, com um chocolate com a cara mais sínica do mundo.

Gustavo: eu te amo amor — peguei o chocolate querendo enfiar no cu dele.

— Sonso do caralho, vou enfiar esse chocolate no seu cu — falei baixo por que o Hariel tava dormindo.

Gustavo: Vai me dar o seu? — ele me olhou rindo. — lê atrás amor.

Olho o papel atrás escrito " sereia do meu mar. "

— A sereia sou eu porque piranha não falta, ainda mora no lugar de sempre, se foder Gustavo — o recado era fofo e eu ia guardar mas não ia falar pra ele, otário.

Gustavo: Sou casado com você, encrenca. — ele beijou meu rosto.

— Eu tô com ódio dessa sua cara cínica se nem tem ideia — respiro fundo, solto uma risada nervosa.

Gustavo: não fiz nada amor. — ergue as mãos em rendição.

— Fácil foi a vida da minha mãe, por que meu pai não comia essas puta feia — ciúmes eu tinha tido poucas vezes na vida, mas agora era uma dela.

A risada dele se fez presente, me fazendo encarar ele serinho.

Gustavo: Você já suga minha alma com uma encarada, agora com ciúmes me dá um tesão e medo da porra. — Ele passou o dedo na aliança.

— Eu só não dei tiro em você e nela por que estava sem arma e por causa do ranhetinho, mas em casa você tá fodido — ele fazia questão de se mostrar com a aliança escolhida por ele.

Gustavo: Vai ser na cama? — ele me olhou mordendo o lábio, olhando todo orgulhoso pra mim e pra aliança.

— Vai por que eu tô com raiva — ri negando — Tá me olhando assim por que? — passei a mão no rosto do Hariel que já não tava tão quente.

Gustavo: Nada amor. — ele deu risada. — Tu tem que me pagar ainda.

Franzi a testa e o olhei confusa.

— Te pagar o que? Tô te devendo nem um copo de água — falei ajeitando o hariel no colo.

Gustavo: Vai meter essa? muito filha da puta. — ele me encarou. — Caloteira da porra.

— Gustavo, eu tô te devendo o que me diz? — vi a enfermeira tirar o acesso do Hariel, que dormia tranquilo no meu colo.

Gustavo: Uma foda sem e 5 mil. — ele colocou a bolsa do Hariel no colo.

Sorri sem humor agradecendo pra enfermeira e sai com o Gustavo do meu lado.

— Caralho nem lembrava, tô devendo as duas? — sabia que era só o dinheiro.

Gustavo: Tu deve uma. — ele falou serinho, passando o braço na minha cintura.

Ele apertou minha cintura, ele era extremamente ciumento, e namoral eu gostava pra caralho disso.

— Uma foda sem né? — olhei pra ele encarando o segurança.

Ele balançou a cabeça, descendo a mão da minha cintura.

— Ih colfoi? Tá serinho aí — abri a porta do carro.

Gustavo: maluco te olhando na cara mesmo. -- ele negou, sentando no banco do motorista.

Ri baixo vendo ele serinho.

— Mais você com ciúmes fica uma delícia, todo bravo porra — coloquei o hariel na cadeirinha.

Gustavo: Bestona da porra. — ele dirigiu tranquilo pra casa.

— Caralho que loucura né? — olhei pro Hariel dormindo — Só de saber que ele não tá bem mexeu comigo pra caralho.

Gustavo: Você é uma mãe do caralho. — ele sorriu pra mim.

— Ele é minha ferida sinceramente, acho que agora eu entendi meu pai quando alguém falava algo dos meus irmãos — respirei fundo.

Ele sorriu orgulhoso pra mim, me abraçando de lado.

Gustavo: Vocês dois são a minha... — sinto o beijo dele na minha cabeça.

— Mesmo você me irritando pra caralho, mas você é importante pra mim — eu tava aprendendo a ser mais mulherzinha.

Ele fez careta pra mim, selando nossos lábios.

Não éramos um casal paz e amor, éramos um casal caótico apocalíptico, mas era assim que a gente curtia pra caralho.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora