Cento e cinquenta sete

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Maratona Lágrimas On 😭
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Ariel | Sereia 🧜‍♀️

Já fazia 1 hora que o Gustavo tinha ido no mercado com o Hariel, já tinha ligado, mandado mensagem, e nada deles, meu coração estava agoniado e a Ariela estava mexendo demais.

A mensagem não chegava e ele não era de sumir assim, já que sempre fazia compras comigo na ligação.

Troquei de roupa rápido, peguei minha arma e vi que a arma dele estava lá, ele saiu sem a arma.

Que burrice Gustavo, mas o que esperar sempre que ele saia com o Hariel não levava. Suspiro fundo ouvindo uma batida na porta.

Puxo a arma deixando ela engatilhada, desço mais rápido e abro a porta com a mão atrás das costas e logo ergo a arma.

Gael: Temos assuntos a tratar. — ele puxa o ar me olhando. — Primeiro, boa tarde Ariel, Ariela. — Ele me abraça rapidamente.

— Ai que susto primo, precisa ser agora? — desengatilhei a arma fechando a porta.

Gael: Teoricamente. — ele ergueu a sobrancelha. — Porque deu problema dos grandes no lucro, de quando você ficou no comando da pedreira. — olho ele tirar a arma das costas, pondo na mesinha central. — Licença.

— Eu vacilei, mas eu recuperei eu acho, não? — falei caminhando pela sala.

Gael: Não. — ele coçou a cabeça. — Foi levado pro comando. — o olhar dele ficou em mim. — Para de andar de um lado pro outro mulher, tá me dando gastura.

— Primo, eu tô nervosa e não tô com cabeça, o Gustavo saiu e não tá me respondendo e tá com o Hariel, qualquer coisa me põe pra falar com o chefe do comando — falei séria.

Gael: Se meio que tá falando com ele. — ele suspirou. — A quanto tempo?

— VOCÊ? E o Allan? No caso o tio Allan? — encarei ele.

Gael: Foi viver a vida com a dona encrenca. — ele riu, passando a mão no cabelo com a aliança gigante brilhando.

— Parabéns primo, você era o único que podia ter esse carg... ai minha barriga — senti uma pontada e a corrente que o Gustavo havia me dado estourou caindo do meu pescoço.

Gael: O família pra parir filho em momento errado. — ele levantou parando do meu lado. — Segura minha mão e vem sentar Ariel.

— Tá cedo pra nascer Gael, não tá no tempo. — terminei de falar e meu celular vibrou — Me dá meu celular — ele pegou e me deu, me fazendo ver um número desconhecido.

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parabéns nova viúva do pedaço, e dessa vez fiz o trabalho bem feito.
o capeta vai receber visita.

Assim que abri as fotos meu mundo se abriu, era o Gustavo o meu Gustavo.

— Gustavo — falei sentindo meu peito doendo e a barriga uma dor absurda.

O gael me olhou sem entender, pegando o celular da minha mão com cuidado.

Gael: Porra. — ele murmurou andando de um lado pro outro. — Vou te deixar com a Ana! — olho ele puxar o celular dele do bolso, fazendo algumas ligações.

— Não Gael, eu preciso ver ele, meu filho, meu Deus do céu — falei sentindo falta de ar.

Gael: você não está em condições. — ele voltou a falar no celular, vindo pra perto de mim. — Aciona todo mundo, tem que achar o Hariel pra ontem.

— Chama meu pai, eu sabia que algo ia acontecer, de novo não por favor — falei andando de um lado pro outro.

Gael: Seu pai já está procurando. — fala, desligando o celular. — Respira Ariel, coloca a cabeça no lugar não é hora de deixar os sentimentos virem átona. — ele me fez olhar pra ele. — Foca.

Respirei fundo, sentindo as lágrimas descerem no meu rosto me fazendo limpar rápido para que ele não visse.

— Ele tá morto Gael? — encarei ele esperando que ele falasse não.

Gael: Eu não sei. — ele me olhou, respirando fundo. — Mas tenho endereços que podemos procurar.

— Eu vou com você — falei colocando a arma na minha cintura

O problema era que meu sexto sentido dizia que ele estava morto, e isso tava mexendo comigo talvez pior que a primeira vez.

Ele se deu por vencido, pegando o fuzil dele na mesinha de centro daqui de casa.

Na porta mesmo tinham dos homens parados, fazendo o Gael somente acenar com a cabeça, com eles dando espaço para passarmos.

Ele estava com dois atrás da gente, mais vários dentro de dois carros, ele apontou para um e entrei nele que quando me dei por conta já estávamos em uma favela desconhecida mas onde falavam o vulgo dele "o homem" deixavam a gente passar, e pela primeira vez eu rezei para meu marido está bem e meu filho com ele.

Gael: vai entrar? — murmura, após pararmos em uma casa, mais pra um barraco mesmo.

— Vou — falei respirando fundo.

Olho ele descer do carro, com o fuzil nas costas e os homens logo atrás dele, seu olhar se dirige a mim, acho que me esperando.

Era medo que pela primeira vez conduziu meu corpo, respirei fundo e desci do carro, ele não podia ter me deixado a gente tinha planos, a gente tem nossos filhos a gente tem sonhos.

— Onde é aqui? — falei assim que desci do carro.

Gael: É. — ele apontou a arma pra frente e dois homens arrombaram a porta. — Espera pra entrar.

Os homens do Gael me encaravam sério, e ele entrou em silêncio e logo só ouvi a voz dele murmurar um xingamento.

— Eu vou entrar sai da frente caralho — falei empurrando os homens dele.

O homem deu uma movida pro lado e eu passei logo em seguida, com um cheiro fortíssimo de sangue.

E era ele lá lavado de sangue pendurado pela cintura.

— Desce ele — falei sentindo meu corpo todo tremer e a dor invadir meu corpo todo, eu sabia que aquela angústia me dizia algo me dizia que alguma coisa ia acontecer.

Gael: Leal e Nv pega pelos lados que eu vou soltar a corrente. — ele falou sério, e os dois fizeram o que ele mandou.

E o corpo do Gustavo caiu no chão, me fazendo sentir as lágrimas descerem rapidamente no meu rosto.

— Sai todo mundo — falei segurando meu desespero.

Gael: Ariel.... — ele começou protestar, me fazendo negar com a cabeça. — Vamos. — ele falou, saindo com os dois homens.

Cheguei perto do corpo dele e minha desconfiança se tornou verdade, ele tava morto os olhos abertos que não passava mais nenhum sinal de vida, me fazendo sentar no chão do lado do corpo dele.

— Volta pra mim, eu te amo Gustavo,  me perdoa, eu mudo meu jeito, eu me torno a pessoa mais carinhosa, só volta pra nossa família, eu mudo só não me deixa, por favor Gu... — falei me engasgando com as lágrimas.

Nada, não se movia e não fazia nada. Deixo as lágrimas caírem, me fazendo respirar fundo.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora