Cento e vinte nove

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                                  Bernardo | BN

Minha vida ficou mais fudida que antes numa volta do caralho, ódio, raiva tudo de ruim mermo que eu tava sentindo e eu descontava em maconha, em quem devia o morro e era isso mermo.

Minha cabeça fora da casinha, tô morando sozinho e fazendo meus corre, no silêncio, mais da merma forma falta algo.

Desde lá do morro não sei nada da Maria nem das minhas cria, mas sei que não nasceram ainda porque meu coroa tem falado com o Yan.

Passo a mão no rosto, colocando o fuzil nas costas atravessado, com a garota que limpava minha casa chegando.

Rayanne: Bom dia — ela falou me olhando.

Passo a mão no cabelo, colocando a maconha na boca dando uma acenada de cabeça.

Cheio de caô pra resolver na boca, a Priscila com os dias contados.

Rayanne: Bernardo soltaram uma fofoca no Instagram dizendo que a gente está juntos, só porque estávamos no baile ontem — ela falou me olhando, ela dava ideia mas de leve.

— Única beneficiada com isso é tu, eu mermo não, não vivo de fofoca fechou? — olho sério, soltando a fumaça pra cima.

Rayanne: Desculpa — o corpo dela era bonito, o rosto dahora, mas o foda é que eu era preso em outra — Eu vou deixar comida feita pra você jantar.

— Jaé. — coloco o relógio no pulso, fazendo menção de sair de casa.

Rayanne: A gente pode jantar hoje? sem segundas intenções — ela falou chamando minha atenção assim que abri a porta.

— Não.

Abro a porta, saindo de casa com a claridade no meu rosto, não aparecia em mais nada de família, tava sem tempo mermo.

E hoje tem o bagulho lá do meus avós, bagulho de bodas de ouro algum bagulho assim.

Tinha que tá a família toda e eu só ia da um oi mermo.

Entro na boca, vendo a Talita lá vapor nova e uns parceiro tudo em seus postos.

Talita: Matador preciso falar contigo — esse era meu vulgo agora.

— Manda. — falo, sentando na minha mesa, olhando sério pra ela.

Talita: Tem dois b.o grandão pra tu, um o Rhuan da rua 4 tá pegando dinheiro da droga e bancando esses playboy médicos a suas custas — ela falou com a cara fechada.

Pego o radinho mandando os moleque trazer ele.

— O outro?

Talita: Aquela mulher que tu mandou eu olhar passou na casa daquela moça que tu pediu pra eu guardar — ela falou me encarando.

— A Kyara colou na Priscila? — aponto pra ela sentar, tirando a maconha da boca.

Talita: Apareceu sim, com um cara de segurança dela — ela tinha cabelo loiro cacheado.

— Continua seguindo, fechou? — olho nos olhos dela, vendo os moleque jogar o Rhuan dentro da minha sala.

Talita: Pode deixar — ela levantou encarando o Rhuan.

Atiro direto no joelho dele, sem mais, vendo o sangue escorrer no chão, cena bonita pra caralho.

Passei a tarde toda lá vendo ele agonizar de dor e eu fazendo meus bagulhos.

Coloco ele preso na parede, saindo da sala deixando ela trancada.

Não iria ficar muito tempo nos meus avós não tinha necessidade de tomar banho e me arrumar, puxo a chave do carro no bolso, entrando nele.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora