Cinquenta e quatro

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Ariel | Sereia 🌊

Paz na minha vida eu não tenho sinceramente, o dia feliz terminou com dois morto na minha sala, caralho.

Olho uns caras pegando os corpos e limpando a sala, enquanto o Gu anda de um lado pelo outro pela casa, procurando algo.

— Que foi Gustavo ? — falei olhando ele agoniado.

Gustavo: Tô procurando o fuzil que era do meu avô. — ele passou a mão na nuca.

Xxx: Chefe, nenhuma escuta ou câmera, tá limpo. — ele falou olhando pro Gu.

— Tava onde? — era importante pra ele pelo visto.

Gustavo: No quarto. — ele me olhou agoniado. — Não está lá, já olhei.

— Eu vou lá olhar lá em cima — subi revirando o quarto, tava tudo no chão, que ódio.

Ouço ele falando com os moleques lá embaixo, alterado.

Revirei as roupas e o fuzil tava estourado mano, todo quebrado.

Peguei o fuzil tentei limpar com uma blusa mas tava todo fodido mesmo.

Desci com ele nas mãos tentando mostrar pra ele.

— Gu — chamei a atenção dele.

Gustavo: Fala amor. — olho da escada, vendo ele colocando as coisas no lugar enquanto limpava o chão.

— Eu achei vida — mostrei pra ele o fuzil.

Ele sorriu contente pra mim, desfazendo na hora que viu, na minha mão.

Na ponta toda estava escrito “ Geraldo

— Da pra restaurar vida — os olhos dele tava cheio de lágrima.

Foi questão de minutos pra ele cair de joelhos no chão, chorando.

Gustavo: Era tudo que eu tinha dele. — ele murmurou rouco, com as mãos na cabeça.

Fui até ele era foda, sabia dar carinho nem consolo não.

— Eu vou arrumar vida te prometo — aliso o rosto dele.

Ele me abraçou chorando um monte, começando a soluçar.

Gustavo: Era, era tudo que eu tinha dele. — ele sussurrou.

— Eu vou arrumar eu te garanto vida, garanto — beijei a cabeça dele com carinho.

Ele balançou a cabeça, fungando sem me soltar, o bebê que estava quietinho começou a mexer na barriga.

Peguei a mão dele colocando na minha barriga.

— Fala com seu papai — falei sentindo as lágrimas dele.

Ele passou a mão na minha barriga, com a cabeça no meu ombro.

Xxx: Estamos saindo chefe, tá tudo limpo e já demos sumiço nos corpos, vamos investigar que fez isso.

Os dois bateram continência, saindo.

— Fala com seu papai branquelo da mamãe — falei vendo ele sorrir.

Gustavo: Fala com o papai. — ele fungou, beijando minha barriga.

O Hariel tava mexendo muitíssimo e era bonitinho ver o Gustavo chorando pela barriga.

— Tá falando né Harielzinho — falei sentindo.

Gustavo: E vamos mudar de casa, não quero nosso filho naquele quarto.

— Vamos pra onde ? Tava tão bonitinho — falei com carinho

Gustavo: Outro apartamento? — ele me olhou — comprar tudo de novo, roupa.

— Eu topo — sorri pra ele.

Ele beijou minha barriga mais uma vez, em seguida minha testa.

Era tudo extremamente novo pra mim, mas o bagulho era gostoso de viver tava com medo com um monte de medo na verdade mais tava indo.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora