Cento e trinta um

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Bernardo | Matador

Paz do caralho era ter ela comigo, aliás elas comigo porque sem elas eu sou nada.

Dormimos juntos mermo, papo de grudado, mas senti ela levantar da cama, cocei os olhos vendo ela dentro do banheiro.

— Qual foi Maria? — levando indo atrás dela.

Madu: Estou com dor vida — ela falou fazendo xixi.

Olho ela, fazendo umas careta, arrumando a camisa no meu corpo.

— Tá suave?

Ela negou com a cabeça estendendo a mão para levantar do vaso.

Seguro a mão dela, ajudando ela a levantar, que já tava de camisola, por conta do bagulho de frio mermo.

Madu: Vida eu tô com dor — ela falou meio que choramingando.

— muito mermo? Sabia que não era pra tu dar pra mim, porra. — passo uma mão na cabeça, levando ela pra cama.

Madu: Não fala assim Bernardo, acho que as meninas estão querendo nascer — ela andou no quarto meia encurvada.

— é o bagulho mais delicado que consigo mandar, tu tá ligada. — olho pra ela, ajudando ela a sentar.

Madu: Foi bonitinho a forma que você falou, mas eu quis dar pra você vida — ela falou soprando.

— Qual foi? Consigo descer escada com tu não, tu consegue descer? — olho ela.

Madu: Deixa eu deitar um pouquinho? — ela falou já deitando.

— Jaé pô. — visto a merma bermuda que eu vim, arrumando a camisa no corpo.

Ela ficou deitada lá até que começou a gemer um pouco baixinho.

Madu: vida ... — ela falou apertando o travesseiro.

— Fala tu. — ando pra cama, olhando o rosto dela.

Madu: As meninas vão nascer, mas eu tô sem força — ela falou baixo.

— Tá louca? — arrumo a perna dela da forma lá que eu vi em um vídeo. — Tu é forte pra caralho, se louco, desço com tu pro postinho tu consegue Maria?

Madu: Bê me ouve eu tô passando mal, só tira as meninas de mim — ela falou se ajeitando na cama.

— Sei fazer esse bagulho não Maria, para de caô. — passo a mão na cabeça.

Madu: Eu vou fazer a força, só apara elas Bernardo — foi coisas de segundos que a cama estava molhada.

— Jaé, Maria. — Respiro fundo, fazendo o bagulho lá, com uma manta rosa do lado da cama se tava lavado sei não pô.

Madu: A primeira que nascer será a Marina — ela falou ofegante pra caralho, soprando pra fora.

Maior parada sinistra de que tinha uma cabeça cheia de cabelo loiro com sangue saindo da buceta dela.

Ela apertou o travesseiro com as mãos fazendo uma força absurda, tanto que ela tava vermelha.

Madu: Aiiiiiii saiii — ela falou entre os dentes.

— Faz mais um pouco, caralho tô passando mal. — respiro fundão mermo, esticando a manta por baixo pra pegar a cria.

Ela fez um força que deixou a cama toda vermelha de sangue mas a primeira saiu chorando pra caralho já.

Madu: Enrola ela agora — ela falou com dificuldade.

Enrolo a garota chorando mermo, pondo do outro lado da cama.

Madu: A Marina não quer sair, puxa a barriga pra baixo Bernardo, eu tô fraca, não tenho mais forças, me ajuda — ela falou triste parecia.

Faço da forma que ela falou, ajudando da forma mais delicada possível, com a outra manta na mão.

Ela fez força diversas vezes assim que ela mostrou que não tinha força, a menina apontou na buceta dela.

Madu: Bê não consigo mais me desculpa — ela falou com os olhos meio fechando.

— Vai Maria, mais um pouco caralho. — forço mais um pouco vendo a garota sair chorando pra caralho.

Madu: Deixa eu vê elas por favor — ela falou branca pra porra.

Coloco as garota do lado dela, procurando meu celular desesperado pra caralho, mandando mensagem pra Ariel mermo.

Madu: Eu não vou conseguir bê — os olhos dela tava fechando — Cuida delas ... mamãe ama vocês e eu te amo bern.... — ela não conseguiu terminar a frase .

Desesperado pra caralho, e sem ter o que fazer duas criança e ela desmaiada, mando várias mensagens mermo pra Ariel.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora