02° capítulo

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Sexta feira - 03 de março de 2017.

Acordei com o barulho do despertador que me lembrava que hoje era meu último dia de trabalho e que finalmente estaria entrando de férias.  Georg resmunga alguma coisa que não entendo, mas sei que está pedindo para desligar o time do despertador. Me levanto, já acostumada com esse horário e sigo para o banheiro. Escovo meus dentes, tomo um banho quente, tomando cuidado para não me atrasar. Já pronta, saio do quarto deixando Georg e Buddy na cama e sigo para fazer o café.
  Quase todas as manhãs são assim, eu acordo primeiro, faço o café e em seguida vou trabalhar. Quase nunca almoço em casa, pois o trânsito de lá até aqui gastaria metade da minha hora de almoço. Meu café expresso fica pronto, e vou tomando enquanto organizo algumas coisas. Ao pegar meu celular, me deparo com uma mensagem de Sofie dizendo que não precisaria ir buscá-la, pois Henry o levaria. 
  Entro no Instagram, me deparando logo com a foto de Bill. Adoraria poder comentar o quanto ele está lindo, mas as fãs iriam achar meu perfil e iria começar tudo de novo. Tenho apenas o Instagram e ele é privado, a quantidade de solicitações de mensagens e pedidos de amizade são imensuráveis. Assim que termino meu café, olho para o meu relógio que me indica já ser 08:30, hora de ir. Passo no quarto, deixando um beijo nos meus meninos e sigo para o meu carro.

09:10

Entro no consultório onde já estão dois pacientes e Sofie em sua mesa. Dou bom dia a todos enquanto caminho até minha sala, ouvindo o barulho de seus saltos seguindo atrás de mim. Não fecho a porta, pois sei que ela está vindo logo atrás.
- Sim, Sofie? - pergunto enquanto pego meu jaleco do armário.
- Bom dia, Cely. Hoje você tem seis pacientes. - ela me diz, com uma voz de quem pede desculpas.
- SEIS? Sofie! - exclamo, vestindo meu jaleco e olhando para ela.
- Eu tive que marcar esses pacientes, antes que você viajasse. Me desculpe. - diz, dando de ombros. Ela tem razão, passarei um bom tempo longe do consultório e não posso simplesmente abandonar meus pacientes.
- Tudo bem, Sofie. Você tem razão, me desculpe. - peço, enquanto me sento em minha mesa.
- Café? - ela me oferece, junto a um sorriso que só ela tem.
- Obrigada. - agradeço-a, fazendo um coraçãozinho com as mãos. - peça para o primeiro entrar.
Ela sai de minha sala, e ouço ela pedindo para que o primeiro paciente entre. Meu dia acaba de começar de verdade, me pego pensando em como o dia vai ser cansativo e ainda com todo o estresse de uma viagem à noite.

12:30

O terceiro paciente do dia sai, e Sofie entra logo em seguida. Com duas pequenas marmitas em suas mãos, fechando a porta de minha sala com o pé. Dou uma respirada funda, de cansaço, de estresse, sabendo que o dia ainda está longe de acabar.
- Trouxe seu almoço, Cely. - diz, me entregando uma marmita com salada e frango xadrez. Sofie e eu almoçamos juntas quase todos os dias, quando Henry não vem buscá-la para almoçarem aqui perto.
- Já fez suas malas? - ela pergunta, dando uma garfada em sua comida.
- Não. Georg deve estar fazendo para mim essas horas. - digo, comendo meu almoço.
Meu telefone toca em cima de minha mesa, mostrando o nome do meu pai na tela.
- Sofie, você poderia buscar alguma coisa para a gente beber? - peço, quando na verdade só quero privacidade para falar com meu pai.
- Sim, claro. Suco? - pergunta passando pela porta.
- Sim, ótimo. - respondo-a, pegando meu celular.
Assim que ela sai, atendo.
- Cely?
- Sim, pai.
- você não ligou mais, estávamos preocupados.
- Não precisa ficar, estou bem. Apenas muito atarefada.
- Se você tivesse aceitado o consultório que eu te dei, não precisaria estar assim, trabalhando feito uma pobre coitada. Nosso dinheiro é todo seu...
- Nosso dinheiro é todo seu e blá, blá, blá... - continuo a história do meu pai junto com ele, pois já sei tudo o que ele iria falar. Nunca quis o seu dinheiro, mas isso ele e minha mãe nunca perceberam. Moro sozinha desde que eu tinha 16 anos e para eles eu era apenas uma filha "modelo", longe de holofotes e problemas, estava perfeito. Quando percebi isso, já estava envolvida com Tom e depois disso, foi só ladeira abaixo.
- sua mãe sente sua falta, Cely. E eu também.
-  Estou indo para Los Angeles, semana que vem. - digo, coçando minha testa, pensando se fiz bem em dizer a ele.
- Então venha nos ver, faremos um jantar, nós quatro.
Sofie aparece de volta na porta e eu já não consigo mais raciocinar.
- Tudo bem, tudo bem. Eu vou sim. Tchau.
Encerro a ligação antes mesmo que ele possa dizer mais alguma coisa. Sofie percebe minha cara emburrada, mas prefere não comentar nada, pois já sabe como sou. Continuamos assim em silêncio, até acabar nosso horário de almoço.

O dia passou lento, fazendo parecer que trabalhei mais que o normal. Agora já são 17:30, deixo Sofie em sua casa e sigo pelas ruas da cidade até chegar a minha. Quando entro, vejo três malas prontas na sala e já sei que ele fez as minhas. Buddy me recebe como em todos os outros dias desde que chegou, e eu o retribuo. Ouço Georg cantarolar do banheiro, deve estar tomando banho.
- Canta muito bem. - digo debochando dele, parando na porta do banheiro.
- Como é? - ele faz uma cara de espantado e joga água em mim.
- Vai demorar? Quero muito tomar banho. - digo, tirando meus saltos.
- Porque não vem tomar banho comigo? - sinto maldade em sua fala e sei o que quer.
- Não, não, não. Se eu entrar aí, já sei o que vai acontecer. - digo, agora tirando meu casaco.
- Nada, ué. - diz, dando de ombros. - pode pelo menos pegar uma toalha para mim?  - ele me pede, estendendo a mão para fora do box.
No closet, acho uma toalha limpinha para ele, mas tiro meu vestido antes de seguir para o banheiro, ficando apenas de calcinha e sutiã.
- Aqui. - digo a ele, que puxa meu braço, fazendo com que eu entre dentro do box com ele, me molhando toda embaixo do chuveiro.
- Não acredito que cai nessa. - digo, dando lhe um tapinha no ombro.
Mas ele me compensa com um beijo, mais quente que a água que nos molha. O corpo forte e escultural dele pressionando o meu contra a parede faz com que eu sinta cada músculo de seu corpo. Sua ereção já evidente me deixa excitada, fazendo a minha deusa interior acordar.  O beijo fica mais agressivo, sua língua procura a minha com ainda mais vontade, as suas mãos seguem até os meus seios, abaixando a renda do meu sutiã dando liberdade a eles.
Georg abocanha meu peito, se baixando para que fique na altura perfeita deles. Me olhando enquanto faz isso, sinto meu mamilo enrijecendo. Minhas mãos puxam seu cabelo de leve, fazendo ele soltar um grunhido de prazer.
Sem tirar seus olhos de mim, ele se abaixa um pouco mais, tirando de uma só vez minha calcinha. Quem vê esse rostinho, não sabe a maldade que ele esconde. Assim que minha calcinha cai no chão, ele me vira de modo rápido, me fazendo ficar virada para parede. Empino minha bunda em sua direção, lhe dando total liberdade para fazer o que quiser e recebo um tapa forte por isso. Olhando para ele atrás de mim, vejo o mesmo cuspindo na própria mão e passando em seu pau, como um lubrificante.
Georg entra em mim de uma só vez, me fazendo gemer alto, ecoando pelo banheiro. Suas estocadas são fortes e eu preciso me segurar para não bater na parede. Ele entra e sai diversas vezes, num movimento torturante de tão gostoso que é. Rebolo, indo de encontro a ele.
- Rebola no meu caralho. - ele geme no meu ouvido, e eu quase tenho uma síncope ao ouvir isso. Faço o que me pede, rebolando e olhando para ele. Meus gemidos ficam mais altos junto com a medida que meu prazer cresce, suas estocadas ficam mais rápidas e sei que estamos próximos do clímax.
- Goza comigo, baby. - ordeno e assim ele faz. Gemendo alto enquanto goza junto comigo. Santo diu, penso comigo mesma.
Com a cara praticamente grudada na parede, tento me recompor depois dessa transa.
- Precisamos ir antes que a gente perca o voo. - digo a ele, que está encostando na parede, tentando recuperar seu fôlego.
- Você acaba comigo e ainda quer que eu reaja rápido? - diz, brincando comigo.
Tiro meu sutiã, jogando-o no chão junto a minha calcinha e começo finalmente meu banho. Terminamos e nos vestimos, seguindo até a sala onde estão as malas. Colocamos Buddy em sua caixinha e o deixaremos com Sofie, só durante esse final de semana.
- Pronta? - Georg pergunta, colocando seus óculos.
- Acho que sim. - respondo, enquanto saímos de casa indo em direção ao aeroporto.



𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora