25° capítulo

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A porra dessa cidade parece ter multiplicado e as horas parecem durar eternidades. Dentro do meu carro, observo os sinais vermelhos e pela hora não me forço a parar, saio ignorando todos. No caminho até o apartamento, ligo para ela. Como se estivesse esperando por minhas ligações, ela rapidamente me atende.

- Oi. - ela diz, com aquela voz que deixaria qualquer homem explodindo de tesão.
- Estou chegando. - digo sem muita cerimônia.
- Te espero na banheira. - me respondeu e encerrou a ligação.

Não me arrependi de ter comprado esse apartamento e lhe dado. Talvez eu me arrependa de estar usando-a para me satisfazer, mas com Mia tudo é consensual. Responsabilidade afetiva é algo que prezo e sempre deixei bem claro que ela não passava de um caso.

Assim que entro no ap, sinto um cheiro extremamente doce e eu já conheço bem seu cheiro. Mia, dentro da banheira, coberta por espumas enquanto me olha com desejo. Começo a tirar a roupa, sem tirar os olhos dela, que agora está se tocando. Passando seus dedos delicados pelo seu rosto, seus braços e seios.

- Eu esperei por você. - ela diz, falando em relação ao fato de que já tem uns dias que não venho.
- Jura? - pergunto, mesmo sabendo que é mentira. Mia estuda durante o dia e gasta seu preciso tempo em lojas de shopping, digo porque vejo os extratos de minha conta.
- Hunrum. - esse seu "hunrum" faz meu pau latejar dentro da cueca, sendo a única peça de roupa que me impede de ficar nu.

Estendo minha mão para ela, mostrando que quero que saia. Como uma boa putinha, Mia me obedece, sem titubear. Quando para em pé na banheira, pego a toalha ao lado, lhe entregando para que possa tirar de seu corpo toda a espuma que lhe restou. Quando termina, puxo-a para perto de mim pelos seus cabelos, fazendo com que nossos corpos se encostem. Ouço seu gemido pelo puxão, mas não sinto pena. Seguro suas coxas, e ela entende o que quero que faça. Mia pula em meus braços, envolvendo suas pernas em meu corpo enquanto caminho até a cama enorme de nosso quarto.

- Não vou ser carinhoso dessa vez. - digo, preparando-a.
- E alguma vez você já foi? - perguntou, irônica.
Resposta errada, baby.

Jogando-a na cama, puxo a toalha em volta de seu pequeno corpo, deixando-a nua. Coloco meus dedos em minha boca, deixando um pouco de saliva neles para que fique mais fácil o que vou fazer. Começo a massagear seu clitóris, apenas para que se lubrifique um pouco e enfio meus dedos dentro dela, que arqueia as costas. De modo rápido, coloco-a de quatro na cama, empurrando suas costas para que fique com o peito e a cabeça encostadas na cama.

- Tom... - ela geme meu nome, mas não tem o mesmo efeito que o gemido de Cely teria.
Abro a gaveta ao meu lado, pegando uma camisinha entre as diversas que tenho aqui. Enquanto coloco a camisinha, tenho a vista deslumbrante de Mia nessa posição em minha cama. Entro dentro dela, sem dó, sentindo-a tão apertada em volta de meu pau. As minhas estocadas são fortes, rápidas e sei que estou a machucando, seus gemidos deixam isso claro, mas assim é o único jeito que consigo extravasar a minha raiva. Entrar e sair, senti-la vindo ao meu encontro e contraindo me faz lembrar de Cely, e nesses últimos segundos antes que eu goze, consigo imaginar de que é ela que está aqui comigo, que estamos transando e que nada dessas coisas aconteceram depois da nossa fuga. Imagina-la assim me faz explodir de tesão, me fazendo gozar.

- Caralho, Cely. - digo, gozando e percebendo a merda que acabei de fazer. Caindo ao seu lado na cama, fecho os olhos tentando controlar minha respiração.

- Cely? - Mia pergunta.
- O que? - me faço de idiota.
- Cely. Você me chamou de Cely. - reforça o que disse.
- Eu não. - digo, tirando a camisinha, dando um nó, impedindo que os milhares de espermatozóides caríssimos de um dos irmãos Kaulitz vaze.
- Foi ela que atendeu o seu telefone hoje? - insistiu no assunto.
- Não. Na verdade, nem sei do que tá falando. - continuo no meu plano de fingir que aquilo não aconteceu.
- Tudo bem, Tom. Finja que nada aconteceu. - ela diz, se levantando e se enrolando em um roupão que estava guardado.
Tento pensar em algo que eu possa dizer, mas o que? Eu realmente chamei o nome de outra mulher enquanto estava gozando dentro dela. Não tem como te defender, minha própria consciência zomba de mim. Que merda.

- Acabou ou eu posso dormir? - Mia pergunta, me deixando mal pelo jeito que disse.
- Porque falou isso? - perguntei.
- Porque é isso que você faz. Vem aqui, me usa e depois vai embora. Ou vai dizer que não? - diz, cruzando os braços em minha frente.
- Mas eu achei que você também preferia assim. - digo, surpreso com esse ataque dela.
- Eu quero mais, Tom. Eu fiquei aqui esses anos todos esperando por mais. Implorando pelo dia em que você gostasse de mim ou me assumisse.
Pronto, endoidou de vez. Dou risada do que acabou de dizer, pois só deve ser brincadeira algo assim, mas pela sua reação, vejo que não. Ela está realmente falando sério.

- Mia, o que você tem na cabeça? Era uma relação de troca. A gente transa, faz amor, sei lá o que você acha que a gente faz e eu te dou a vida de luxo que você sempre quis. Nunca te dei esperanças de que pudesse haver algo a mais.
- E porque não?
- Porque eu não quero algo a mais! - digo em um tom mais alto e sei que é a hora de acabar com isso.

𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora