14° capítulo

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Seu beijo parece ainda melhor depois de tanto tempo, me sinto como uma garotinha de 15 anos, fazendo e provando o gosto do proíbido. Sete anos depois, me sinto viva de novo.

- Vamo fugir daqui? Me deixa te levar comigo. - Ele me pede entre beijos.
- Agora? - digo, me afastando apenas para falar.
- Sim. Me deixa amar você, amar o tanto que a gente devia ter se amado. - diz, olhando em meus olhos. Minha deusa interior implora para que eu diga sim, para que possamos viver essa loucura igual dois adolescentes, esse fogo que arde em nós.

- Vamo. - digo, confirmando o que eu disse com um selinho.
- Tá falando sério? Ou tá brincando? - me pergunta, surpreso.
- Pra onde vamos fugir? - pergunto, saindo de cima dele.
- Calma, eu não tinha pensando em nada. Não achei que iria aceitar. - diz, dando risada. Ele para por uns segundos, me olhando de cima abaixo.

- Praia. - diz, se levantando e me abraçando.
- E como a gente vai? - pergunto, preocupada.
- Eu resolvo isso. Arruma sua mochila, vou arrumar a minha. - me dá um último beijo, seguindo para a porta dando pulinhos de alegria. Nesse momento não tenho cabeça pra pensar em outra coisa além de ser feliz e viver. Vou até uma de minhas malas, pegando uma mochila, colocando dentro dela tudo que preciso, me contentando com o pouco, porque ter Tom comigo já é o mais importante. Acabei de organizar minha bolsa, coloquei uma roupa discreta, pronta para fugir com ele.

- Vamos? - Tom pergunta, aparecendo na porta do quarto com uma mochila nas costas.
- Vamos. - respondo, com o maior sorriso que posso dar.

Pegando minha mão, Tom anda pelos corredores esbanjando sensualidade com seu óculos escuros e sorriso para as camareiras. Assim que chegamos no saguão, vejo um homem balançando em suas mãos um molho de chaves, que parecem ser de uma... MOTO! Nós vamos de moto!

- Nós vamos de moto? - pergunto, surpresa. Minha vontade era de pular em seus braços, mas tenho medo de alguém nos ver. Tom se afasta, indo conversar com o rapaz que trouxe a moto.

Vejo o momento em que ele pega as chaves e cumprimenta o rapaz com um aperto de mão, vindo depois até mim.

- Tem certeza que quer ir? Não quero te forçar a fazer nada. - pergunta, segurando minhas mãos.
- Eu quero fugir com você. - digo convicta, olhando em seus olhos. Ele sorri animado com a ideia de andar de moto, eu creio. Pega um dos capacetes que estavam na moto e me entrega e pega o outro para si. Tom me ajuda, fechando o meu, deixando um beijo na ponta de meu nariz. Ele sobe, ligando o motor da moto e eu subo em seguida, abraçando-me a sua cintura.
- Pronta? - quase não o ouço falar. Faço um sinal de positivo com o polegar para que ele possa ver, e assim da partida, saindo pelas ruas de Los Angeles. O vento no rosto, o pôr do sol, as luzes da cidade começando a acenderem, é um privilégio andar de moto com ele.

19:30 - Praya Del Rey

Quando ele me propôs a ideia de fugir, tenho certeza de que imaginou que eu negaria, chamaria ele de louco ou inconsequente, mas eu ainda sou a mesma Cely intensa de antes. Já passam das 19 quando chegamos na casa de praia que reservou para nós dois. A casa tem amplas janelas de vidro, que nós dão uma visão maravilhosa do mar lá fora. Uma cama enorme, uma tv e mais algumas coisas que não prestei atenção, no momento só consigo ver os olhos dele brilhando com a vista do mar a noite.

- Olha o que eu trouxe. - digo, tirando a mochila das costas, pegando minha câmera de dentro dela.
- Uau. - ele diz, não devia estar imaginando que fosse isso.
- Eu ganhei no segundo ano de namoro com... - George. Meu coração se aperta por lembrar que estou traindo ele, pensando que ficamos noivos a dois dias atrás e que temos uma vida juntos. Tom se aproxima de mim, segurando meu rosto com as duas mãos, me fazendo olhar para ele.

- Eu sei o que tá tentando fazer. Não sabota a nossa fuga, o nosso momento. - diz, deixando um beijo leve no canto de minha boca, fazendo um caminho de beijos até meu pescoço, mordendo de leve minha orelha.

- Passei longos 7 anos esperando pra sentir isso de novo. - ele sussura em meu ouvido, fazendo todo o meu corpo estremecer. Começa tirando minha jaqueta, deixando-a cair pelos ombros, afastando meu cabelo para que ele tenha mais acesso ao meu pescoço. Suas mãos seguram a barra da minha blusinha e eu posso sentir a ponta de seus dedos percorrendo meu corpo enquanto ele a puxa para cima. Ao olhar meu sutiã, ele faz uma cara esquisita.

- Nunca gostei dessas coisas. - diz baixinho, sussurrando em meu ouvido. Fico de costas para ele, admirando a vista linda em minha frente e o toque delicado de seus dedos abrindo meu sutiã, deixando-o cair igual a minha jaqueta. Sinto a ponta de sua língua em minha nuca, descendo até meus ombros, deixando um beijo bem ali. Suas mãos envolvem meus seios com firmeza, que encaixam perfeitamente, como se as suas mãos fossem feitas exatamente para isso. Tom continua a beijar meu pescoço, descendo uma de suas mãos até o cós da minha calça. Tenho pressa, tenho fome dele, começo a desabotoar minha calça jeans, dando acesso para seus dedos nervosos. E como eu já desejava, Tom envolve minha vulva com uma de suas mãos, massageando lentamente meu clitóris. O jeito que estamos, me deixa senti-lo atrás de mim e consigo sentir seu pau roçando contra nossas peças de roupa. A tortura de suas mãos me fazem delirar, soltando alguns gemidos, desejando-o cada vez mais, me fazendo chegar muito perto do ápice, até que Tom para.

- Continua. - peço, ofegante. Quando viro, vejo-o tirando todas as suas roupas e eu tiro a calça jeans e a calcinha de uma só vez, espalhando uma peça em cada lugar desse quarto. Agora nu em minha frente, é impossível não olhar para ele. Mais forte, agora tatuado, de cabelos longos, barba, mas o seu pau continua majestoso igual.

- Uma tatuagem? - ele pergunta, me tirando de meus pensamentos. Tom percebeu minha tatuagem de borboleta, próximo a marca de biquíni, o que me faz ficar envergonhada.

- Me deixa ver isso de perto. - estendendo a mão para mim, me levando para mais perto do abajur próximo a parede. Se ajoelhando em minha frente, de um modo extremamente lento e sensual, Tom agora olha para minha tatuagem e depois para mim.

- Um crime essa tatuagem não poder ser vista. - diz, deixando um beijo nela, me fazendo arrepiar. Encosto minhas costas na parede, recebendo seu beijo de bom grado. Sua língua chega no meu ponto mais sensível, fazendo um movimento muito parecido com o número 8, subindo e descendo, sentindo seu hálito quente. Seguro seus cabelos, tentando controla-lo, mas é em vão, sei que ele vai me fazer gozar. De modo rápido, Tom se levanta me dando um beijo, me deixando provar de meu próprio mel.

- Uma delícia, né? - ele diz, parado em minha frente. Não consigo responder, só quero amar esse homem, sentir tudo o que posso com ele.
Me olhando, Tom levanta uma de minhas pernas, colocando sobre seu braço e com a mão ele segura a base de seu pau, pincelando-o em meu clitóris, me fazendo arfar de desejo.

- Tom... - estou praticamente suplicando para que ele me foda.
- Eu esperei 7 desgraçados anos pra te foder de novo, e eu vou te fuder até você dizer que me ama.
- Caralho - assim que digo, Tom entra dentro de mim, sem dó, com força e desejo. Seus movimentos me fazendo bater na parede repetidas vezes, minha perna sobre seu braço, seus cabelos se soltaram e a vista que tenho é impressionante. Tom me fode de um jeito que eu estava desesperada para ter de novo, com desejo, paixão.
- Não é possível que não tenha sentido falta disso, Cely. Não é possível que não tenha sentido falta do jeito que eu te fodo, caralho. - ele diz, dando uma estocada forte, que me faz gritar.
- Grita, grita que é só comigo que você goza assim. - suas palavras me fazem explodir, chegando ao clímax por duas vezes seguidas até que ele goze.
- Filha da puta. - Ele diz enquanto goza, com uma de suas mãos cravadas em meu pescoço.

𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora