03° capítulo

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SÁBADO - 02:00- SUÍÇA

Acabamos de pousar no aeroporto de Zurique depois de umas quatro horas de voo. Estávamos muito cansados e dormimos durante toda a viagem. Georg já deixou tudo pronto com um motorista, para que ele nos levasse até o hotel em que vamos ficar.

- Recebi uma ligação do meu pai ontem. - digo, enquanto ele olhava as ruas pela janela.
- E aí? Discussão de novo? - me pergunta, pegando minha mão e dando um beijo nela.
- Não. Mas concordei com um jantar na casa deles, quando chegarmos a Los Angeles.
- Vai querer ir? Não precisamos ir se não quiser. - ele coloca minha mão em cima de sua coxa para que eu lhe faça carinho.
- Ainda não sei se estou preparada. - digo, encostando minha cabeça em seu ombro.

A primavera da Suiça deixa um ar fresco, que aquece nossos corações. Bürgenstock é um hotel belíssimo, Georg tem um ótimo gosto para essas coisas. O motorista para, descendo do carro e tirando nossas malas. Assim que me recomponho, vejo Georg pagando ao motorista e me entregando uma das malas.
É a primeira vez que ficamos hospedados aqui, o quarto que pegamos é maravilhoso. Com uma cama king, bem parecida com a nossa. Uma janela com sofá, e o banheiro que nos dá uma vista linda de um lago lá fora. Ouço a porta se fechando atrás de mim, logo sinto suas mãos em minha cintura.
- Meu amor, é lindo! - digo completamente eufórica com o lugar, passando minhas mãos pelos seus cabelos, enquanto ele cola seu rosto em meu pescoço.
- Eu preparei uma surpresa para você. Hoje a noite. - ele diz baixinho em meu ouvido.
Me virando para abraça-lo, fico frente a frente com ele.
- O que está aprontando? - digo, deixando nossos rostos a centímetros de distância.
- Não será surpresa se eu contar. - diz, me dando um selinho rápido e me soltando. - Agora, vamos desfazer essas malas. Quero te mostrar a piscina desse lugar.
A Suiça foi o primeiro lugar para onde nós dois viajamos juntos, sempre soube que aqui seria o nosso lugar. Assim como Los Angeles era o meu lugar com Tom. Me esforço para tirar esse pensamento de minha cabeça, focando em tirar as coisas da mala e pôr no closet do quarto.

01:30

Dormimos quase a manhã toda e agora viemos almoçar no restaurante do hotel, onde a comida é simplesmente magnífica. Conversamos um pouco sobre nossas vidas, lembramos da primeira vez em que viemos para cá, até que entramos no assunto da turnê.

- Vamos ficar todos juntos no mesmo ônibus? - pergunto, pegando minha taça de vinho e dando um gole.
- Infelizmente sim, mas não é o mesmo ônibus. - Ele diz, enquanto corta algo em seu prato.
- Trocaram de ônibus? - pergunto, surpresa.
- Claro que sim, esse agora é ainda maior. E todos tem seu próprio quarto agora.
- Ah, que bom. - Me passa um flashback de quando passei a turnê com eles em 2010, o ônibus só tinha dois quartos. Onde Bill e Ash ficavam em um e Tom e eu no outro. Georg e Gustav dividiam uma espécie de beliche, nos corredores próximo as poltronas. Recordo de um espelho no teto que Tom teve a ideia de colocar, e as cenas de sexo explícito que eu via através dele vêem na minha cabeça. Tomo mais um gole razoável de vinho, para que esses pensamentos se afastem de minha cabeça.

- Está tudo bem? - Georg me pergunta.
- Esse vinho é maravilhoso. Adorei esse vinho. - os pensamentos fazem com que eu fique molhada e desconfortável.
- Se incomoda se eu for tomar um banho? Acho que está um pouco abafado aqui.
- Não, tudo bem. - Diz, balançando a cabeça em negativa. - Assim que eu acabar, vou para a área da piscina, preciso trabalhar. Te encontro lá?
- Ótimo, sem problemas. - dou-lhe um beijo e sigo depressa para o quarto.
Esse banheiro é um pecado, ficaria horas nessa banheira só apreciando a vista linda que tem aqui. Lembrar de Tom enquanto almoçava ao lado de Georg foi demais para mim. Nosso sexo era fora do comum, as lembranças ficam passeando pela minha cabeça. E se você se tocar? Minha deusa interior fala comigo. O instinto é maior que eu, e assim eu faço.
Começo a me tocar lembrando de cada parte do corpo daquele homem, o qual eu já tive tantas vezes em minha cama ou em qualquer outro lugar. Para nós, não tinha hora e nem lugar, fodiamos ou fazíamos amor como se fosse a primeira vez. Tom conhecia meu corpo como ninguém, sabia como me tocar, como me chupar, sabia até quando eu estava prestes a gozar. Goza pra mim, linda. Sua voz ecoa em meus pensamentos, me fazendo aumentar o ritmo dos movimentos. Imagino se ele estivesse aqui agora, vendo esse cena em sua frente. Pensando em mim, linda? Ele diria, totalmente debochado e sensual. Mas o Tom que eu conhecia, certamente entraria nessa banheira comigo e me foderia em todas as posições imagináveis. Pensar nisso me leva ao clímax, e eu gozo pensando no único homem que eu amei em toda a minha vida.

14:40

Chego na área da piscina onde Georg está junto ao seu fiel escudeiro, vulgo, seu notebook. O barulhinho das teclas me irrita antes mesmo que eu possa ouvir. Ele percebe minha presença, se virando para trás para me olhar.
- Sempre acho que não tem como você ficar mais bonita, e aí você me aparece de biquíni. - diz, abaixando um pouco seu óculos de sol para poder me ver melhor, eu creio.
- São seus lindos olhos verdes. - digo, entrando na piscina pela parte mais rasa.
- Espera, fica aí. - ele diz, me fazendo parar imediatamente. Georg se levanta, tirando seu iPhone do bolso do short e posicionando em minha direção. Adoramos fotografar um ao outro, como se a gente pudesse prender esses momentos em uma fotografia.
- Posso ver? - peço, esticando minha mão para que ele me entregue o celular.

Nossas fotos são mais espontâneas, momentos que na nossa cabeça fazem total sentido e que só a gente entenderia o significado de cada uma delas

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Nossas fotos são mais espontâneas, momentos que na nossa cabeça fazem total sentido e que só a gente entenderia o significado de cada uma delas.
- Você demorou. - diz, enquanto eu me afasto um pouco mais.
- Desculpe, a vista do banheiro me fez perder a hora. - minto, quando na verdade estava me tocando pensando no meu ex namoradinho.
- Vai passar o nosso último final de semana sozinhos trabalhando? - pergunto, com um tom mais sério.
- Falando nisso, preciso subir. - ele diz, fazendo uma cara feia. - Temos uma live agora. -continua, dando de ombros.
- Está falando sério, Georg? Pensei que a meta dessa viagem era ficarmos juntos antes da turnê.
- Eu não tenho culpa, Cely! Você pode subir e ficar junto comigo. - diz se levantando.
- Sabe que não gosto que me chame de Cely. E o que eu faria lá com você? se nem posso aparecer na live.
Seu telefone começa a apitar diversas vezes, certamente são mensagens de Bill reclamando pelo atraso dele.
- Sinto muito. Te recompenso com um jantar, o que acha? - fala enquanto vai saindo do meu campo de visão, me deixando aqui sozinha, na área da piscina. Tom certamente deixaria live, ensaio, show ou qualquer outro compromisso só para ficar comigo. Como um moleque mimadinho, minha consciência reclama e eu sei que ela tem razão. Georg é um homem responsável, e isso foi uma das coisas que fez com que a gente estivesse junto hoje. Não demoro muito aqui, entro assim que começa a escurecer.
Quando entro no quarto, ouço as vozes dos meninos e vejo Georg deitado na cama, de costas para a porta. Passo depressa atrás dele, para não chamar atenção, mas falho em minha missão.

- Caralho... - É a voz de Tom.
- Foi a Cely que passou ali atrás? - Gustav pergunta dando risada.
- Hi, Migles! - Bill fala comigo.
- Sabe que ela não pode aparecer, Bill. - Georg diz resmungão.
Sigo para a banheira, ouvindo as conversas bobas deles durante a live, enquanto tomo banho. Assim que termino, vejo ele entrando no banheiro.
- Se arruma, vamos comemorar. - ele diz, vindo na direção da banheira e tirando suas roupas.
- Comemorar? - pergunto confusa.
- Confia em mim. - diz dando uma piscadinha enquanto entra na banheira.


𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora