06° capítulo

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Segunda - 09:00

Acabamos de chegar em Berlim, estamos indo buscar nosso mascote na casa de Sofie. Georg está dirigindo enquanto mando uma mensagem para minha amiga, avisando que estamos chegando. Não demora muito e estacionamos na frente da casa dela.

- Cely! - Ela me abraça, como se tivesse passado meses sem me ver. Que dramática. Buddy ao ouvir minha voz, vem correndo pela casa e praticamente pula em meus braços. Que saudades dessa bolinha de pelos. Georg, como ciumento que é, pega Buddy de meus braços e fica com ele enquanto converso com Sofie.

- Como foi a viagem? - ela me pergunta.
- Foi maravilhosa. - digo, mostrando meu anel.
- Uau! É lindo, Cely. Parabéns aos noivos! - faço uma cara feia para que ela entenda que não gosto que me chame assim e agradeço.

- Devem estar cansados, né?
- Muito. Não vejo a hora de ir pra casa descansar e desfazer as malas. - como quem vai se meter na conversa, Georg pigarreia.

- Infelizmente não, linda. Bill está fazendo um coquetel para comemorar a volta da banda. - diz, dando de ombros como se não tivesse culpa.
- Está brincando comigo, Georg? - digo séria. Estou extremamente exausta, acabamos de chegar em casa e já teremos que viajar de novo. Achei que teríamos pelo menos o dia de hoje para descansar, mas pelo visto não.
- Celine, você precisa entender que eu não controlo essas coisas. Eu fretei um jatinho particular, pelo menos vamos ter privacidade e sossego.
Para evitar uma discussão em frente a casa da minha amiga, decido que precisamos ir embora.

- Pode pegar as coisas de Buddy, Sofi? - peço a ela, enquanto pego meus óculos escuros dentro de minha bolsa.
- Claro. Henry! - ela grita pelo seu namorado. - pegue as coisas de Buddy pra mim, querido. Por favor. - assim que termina de gritar, se vira pra mim e me mostra um sorrisinho.
Henry surge logo depois, com a pequena caixinha de Buddy em suas mãos.
- Bom dia, Dra Celine. - ele me cumprimenta, me entregando as coisas. - Bom dia. - cumprimenta agora Georg que está logo atrás de mim.
- Bom dia, Henry. Bom, agora preciso ir. Obrigada por ter ficado com ele, amiga. Te pago no final do mês. - brinco com ela, me despedindo e entrando no carro.
Passamos em nossa casa apenas para pegar mais umas mudas de roupa, aproveito para pegar minha câmera e meu notebook que ficaram. E lá vamos nós, para mais um voo.

O jatinho que nos espera na pista, é de um modelo belíssimo e sofisticado. Não tive tempo para nada, apenas pegamos nossas coisas e viemos para o aeroporto. Estou cansada, meu corpo pede arrego e eu necessito descansar. Para ajudar, tomo um remédio para dormir, que logo faz efeito.

Acordo e vejo Georg dormindo ao meu lado, o relógio em seu pulso mostra que são quase oito e decido ir me arrumar. Sei que não teremos tempo de ir a nenhum lugar antes e que não terei como tomar banho. Que situação degradante, Dra Celine. Pego meu lenço umidecido de minha necesserie, esfregando-o pelo meu corpo, como se estivesse "tomando um banho" com eles. Pelo menos não estarei fedendo.
Decido usar um vestido longo de cor prata, cheio de brilho e costas nuas. Uma fenda acima da minha coxa e um decote mais singelo. O vestido realça minhas curvas de um jeito sexy e foi escolhido apenas para provocar Georg por nunca me contar as coisas com antecedência. A roupa já é espalhafatosa por si só então não decidi colocar nenhuma maquiagem muito forte e escolhi saltos da mesma cor, com algumas amarrações que subiam pela panturrilha.

 A roupa já é espalhafatosa por si só então não decidi colocar nenhuma maquiagem muito forte e escolhi saltos da mesma cor, com algumas amarrações que subiam pela panturrilha

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Assim que saio do pequeno banheiro, vejo Georg se levantando, de boca aberta me olhando.
- Porra! - Ele diz, passando a mão no queixo.
Passo direto por ele, já que ainda estou brava com o mesmo e me sento em minha poltrona mais uma vez.
- Cely... - ele diz, se abaixando para que possa me olhar. - me desculpe não ter avisado antes. - pegando minha mão, ele começa a fazer carinho em meus dedos.
- Eu fretei o jatinho só para que você tivesse privacidade. Você nem precisa ficar até tarde se não quiser. O coquetel será no hotel Château, e vamos nos hospedar por lá essa noite. Tudo bem pra você? - Sei que ele não tem culpa das ideias mirabolantes de Bill, não posso descontar meu cansaço nele. Lhe dou um beijo, como quem se desculpa por algo ou perdoa alguma coisa.
- Agora preciso me arrumar. Já já pousaremos e seguiremos direto até o hotel. - diz, entrando no banheiro com uma de suas malas na mão.

22:30

Chegamos no local do coquetel, onde consigo ver algumas pessoas famosas, alguns rapazes que trabalham na gravadora e todos está impecável. Será que minha roupa está adequada? Entramos de mãos dadas, seguindo por um tapete vermelho enorme. Alguns fotógrafos tiram algumas fotos, me deixando tonta com tantos flashes.

- Georg! Cely! - Ouço uma voz que grita nossos nomes, me fazendo virar e dar de cara com Bill. Ele está belíssimo como sempre, muito bem vestido em seus trajes de marca.
- Hi! - Digo enquanto ele me abraça. Gustav também se aproxima junto de Linda, sua esposa.
- Olá Cely. - Gustav me cumprimenta com um abraço formal.
- Olá Linda, é um prazer te conhecer. - digo, cumprimentando-a com um abraço.
- Lotti não veio? - pergunto assim que sinto sua falta.
- Veio sim, mas está em um dos quartos com a babá. - Linda me responde.
Percebo que apenas Tom não veio falar com a gente, e pela falta de estranheza da parte dos outros, começo a achar que ele não veio.
Andrei, Gustav, Georg e mais uns assessores se juntam para conversarem sobre as questões financeiras da turnê/viagem, de outro lado estão Bill e Linda conversando sobre as maravilhas da maternidade. Esse pensamento me deixa tonta, assim como os flashes, o fato de que eu ainda nem comi hoje, o champanhe que bebi... Preciso sair daqui, preciso respirar. Começo a procurar por uma saída, até que vejo uma porta que parece levar a uma varanda. Assim que me aproximo, vejo um homem fumando, o cheiro me diz ser maconha.

- Com licença, você teria um cigarro pra mim? - digo, olhando para o homem em minha frente.
- Só tenho esse beck, linda. - Assim que ele se vira, eu quase tenho um treco ao perceber quem era o homem.

𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora