𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜

70° acabou.

24 de maio de 2024

Hoje é aniversário de seis anos dos nossos filhos. Desde que os gêmeos nasceram, Tom e eu aprendemos e vivemos muitas coisas juntos. Ele sempre se esforçou muito para ser o melhor pai para os meninos e eu sei que não poderia ter escolhido melhor pai para eles.

- Mãe! - Anna gritou descendo as escadas, me fazendo revirar os olhos. - Meu pai disse que não comprou nenhum presente para mim.
- Tom, para de provocar a sua filha. - digo, batendo o bolo de aniversário deles.
- Eu apenas disse que não ia entregar agora. - Tom diz, entrando na cozinha. - Você é muito dramática. - ele diz, apontando pra ela.

- Sua cópia fiel. - digo, arqueando a sobrancelha.
- Mãe. - a voz de Dom é calma e doce. - Quer ajuda em alguma coisa?

Dom é o extremo oposto da Anna. Ele gosta de silêncio, de ler livros, de ajudar e de dar carinho. A maior parte do seu tempo é comigo e às vezes Anna insiste em dizer que amo mais o seu irmão.

Anna já é uma cópia do pai. Teimosa, mandona, dramática e cheia de personalidade. Se pedirem para ela escolher entre eu e o pai, vocês já devem saber a resposta. Até a semelhança dos dois é incrível.

- Não precisa, meu amor. A mamãe dá conta disso, tá? - digo, calmamente.
- Você vai me dar o presente ou não? - Anna insistiu, assim que Dom saiu da cozinha.
- Em primeira lugar: não. - Tom diz, agarrando-a. - Em segundo lugar: fala direito comigo, viu mocinha? - repreendeu. - É "Senhor".

Me pego dando risada ao ouvir isso. O jeitinho que ele mima e educa ela é realmente muito fofo. A pequena sai batendo o pé, saindo da cozinha, nos deixando a sós.

- Se você ficar rindo quando eu repreendo, eles nunca vão me levar a sério. - Tom diz, fingindo estar bravo.
- Não fiz por mal. - digo, sem conseguir segurar a risada.
- Se os gêmeos não me obedecem, eu posso fazer mais filhos com você. - ele diz, me abraçando por trás. Suas mãos descem pela barra do meu vestido, entrando lentamente na minha calcinha.

- Você está PROIBIDO de colocar mais crianças aqui. - digo, apontando para o barrigão de seis meses. Dou-lhe um tapa em sua mão, para que ele pare o que estava fazendo.

- Vamos parar no Nick? - perguntou, fazendo biquinho.
- E se dê por satisfeito. Três não está bom para você? - pergunto, assustada. - E também não sei se o nome vai ser Nick. Eu sei muito bem porque você quer esse nome. - digo, cerrando os olhos.
- Ele vai poder falar isso para as namoradinhas. - Tom diz, piscando o olho para mim.

Antes que eu responda, ouço a porta da entrada se abrir e vejo Bill entrando. Ele chega cheio de sacolas, usando suas roupas mais coloridas possíveis.

- Titio chegou! - ele grita do hall.

Os gêmeos são completamente apaixonados pelo Tito, como eles gostam de chamar o tio. Eles descem as escadas muito rápido e eu imploro aos céus para que eles tomem cuidado.

- Olha o que o Tito trouxe. - ele diz, entregando os presentes a cada um.
- Obrigada, Tito. - Anna agradeceu.
- Obrigado, Tito. - Dom agradeceu, lhe dando um abraço e um beijo na bochecha. Eu amo a educação desse menino.

- Subam, depois o Tito vai brincar com vocês. - pediu e os meninos obedeceram.
- Hi, família! - Bill nos cumprimenta assim que entra na cozinha. - Oi, Nick. - falou com a barriga.
- Oi Tito. - digo, provocando-o.
- Ai, que horror. Esse apelido não pode sair daqui, NUNCA. - disse, fazendo os três darem risada. - Mamãe está chegando para o aniversário.
- Meus pais também. - digo.

Paro para pensar no dia em que os gêmeos nasceram e o meu pai foi nos visitar na maternidade. Suas palavras e seu choro ao se desculpar eram reais, e eu não queria criar os meus filhos sem seus avós por perto. Mamãe diz que foi o Dom que fez com que ele se arrependesse de tudo, já que foi o primeiro homem da família.

- Amo o seu pai. Uhul! - Tom debocha, colocando a massa do bolo no forno.
- Sem discussão, pode ser? - peço.
- O que você quiser, patroa. - respondeu.
- Tito, vem! - Anna gritou.
- Já vou, pequena. - respondeu, revirando os olhos. - Ela quer pintar as unhas iguais às minhas, acredita?
- Nem pense nisso, Bibbo. - digo, enquanto ele sobe as escadas indo a caminho do seu castigo.

Enquanto cantamos parabéns para os dois, observo o quanto a nossa vida mudou. Daqui vejo Rebecca, olhando timidamente para Dom. Acho bom Mia e Georg tomarem cuidado, meu filho é realmente apaixonante.

Mamãe, papai e Dona Simone aplaudindo os netos, observando o quanto estão crescidos. Bill fazendo todos os gostos dos sobrinhos, Sofie abraçada a Miguel, seu namorado espanhol que conheceu durante uma viagem.

Lotti toda brincalhona, cantando e batendo palmas mais alto que qualquer um de nós, fazendo seus pais darem muita risada. Andrei, que está casado com minha ginecologista Cíntia, fazendo com que ele parasse de pegar no nosso pé.

E Tom, que é o melhor homem do mundo. O melhor pai, melhor marido, melhor músico e tudo mais que houver para que ele seja o melhor. Me aproximo dele, abraçando-o de lado.

- Obrigada. - agradeço.
- O que eu fiz? - perguntou, nervoso.
- Me deu uma família linda, uma vida nova. - respondi, beijando-o.
- Eu que agradeço, meu amor. - disse, acariciando minha barriga enquanto olhamos os gêmeos contentes.

Bem, amigos... Acabou.

Escrevo chorando o final dessa história incrível que eu tive a honra de escrever. Cely e Tom são muito mais que dois personagens. Eles tem características minhas, sentimentos meus e isso deixou a história ainda mais importante para mim.

A todos vocês eu só tenho que agradecer, por tudo. Pelos leitores fiéis que nunca me abandonaram, que estão sempre lendo, curtindo e comentando nos capítulos e no tik Tok também.

Não fiquem tristes, tenho outras histórias disponíveis aqui no perfil e tenho uma novidade: VEM AI UMA FIC NOVA, ENVOLVENDO O SOBRENATURAL.
Se tiverem muitos comentários, eu posto um spoiler ainda hoje.

Mais uma vez, muito obrigada. Amo todos vocês. 🥺❤️