21:40 segunda
Incrível tamanha burrice de meu irmão em decidir fazer um coquetel em plena segunda-feira. Desço as escadas indo na direção da sala, fechando os botões de meu smoking caríssimo, na esperança de que Bill já esteja pronto a minha espera, mas sou completamente tolo por imaginar que a vossa alteza, vulgo, Queen B estaria pronta.
- Não vou te esperar! - Grito da sala.
- Vai me esperar sim! Já estou indo. - ele diz, e posso ouvir o barulho de seus sapatos enquanto vem pelos corredores.
- O que achou? - Bill pergunta, parando em minha frente para que eu possa vê-lo melhor, dando uma giradinha no final. Ele está usando um casaco de pele muito bonito, que chega até o meio de suas pernas e uma blusinha transparente por baixo. - Magnífico, eu sei.- Realmente, está muito bonito. Agora vamos, precisamos passar em um lugar antes de ir. - digo, andando até a porta.
- Não vou buscar suas vagabundas com você. - Bill diz, cruzando os braços com uma expressão de raiva.
- Primeiro, ela não é uma vagabunda. E segundo, ela será a minha acompanhante. - viro para olhar para ele enquanto falo. - Agora para de birra e não fode. Passa. - digo, abrindo a porta para que ele passe na minha frente e assim ele faz. Relutante, batendo o pé como uma criança mimada, mas faz.Algumas ruas depois, estamos na frente da casa de Mia, que logo aparece na porta. Ela usa um belo vestido, com um decote extremamente sensual e uma fenda quase abaixo de seus quadris, um centímetro acima e eu conseguiria ver sua calcinha facilmente. Mia cruza os braços em frente a porta do carro, esperando que eu fosse abrir a porta para ela.
- Não tenho tempo, Mia. Faz o favor de entrar. - digo, destravando a porta para ela. E é o máximo que faço.
- Tão romântico. - Bill diz no banco de trás. Reviro os olhos ouvindo a gracinha dele observando ela sentar no banco ao meu lado. Assim que ela se acomoda, puxa meu pescoço para que possa me dar um beijo.- Oi Bill. Você está deslumbrante! - Mia diz olhando para trás enquanto eu acelero o carro saindo dali.
- Hi, Darling. Estou mesmo. - ele diz, sorrindo e passando as mãos em seus cabelos como um charme. Eu mereço. Sei que ele não retribuiu o elogio por não gostar dela, conheço meu irmão.Não demora muito, chegamos ao Château. Esse hotel é muito bonito e a decoração o deixa ainda mais chique, coisas que só meu irmão saberia fazer. Assim que descemos do carro, abro a porta do meu irmão primeiro, o ajudando a sair e depois abro a porta de Mia, lhe oferecendo meu braço como apoio para que ela desça. Bill segue até o tapete vermelho, nós deixando para trás e pelo o que conheço, deve ter feito isso para não sair ao lado de minhas "vagabundas" como ele mesmo diz. Ele para por alguns minutos ali, fazendo poses para que os fotógrafos possam fotografá-lo e se vai. Assim que sai do tapete, é a minha vez de ir com minha acompanhante. Tiramos algumas fotos e seguimos para o evento.
Deve ter no mínimo umas 100 pessoas aqui, alguns famosos, nossos funcionários, o pessoal da produção, assessoria e etc. De longe vejo Andrei, o que me diz que essa noite vai ser uma bosta. Nunca gostei dele, e esse sentimento não mudou. Ainda bem que trouxe uma coisinha para me relaxar.Me direciono até Gustav que está acompanhado de sua esposa. Mia vem andando logo atrás de mim, como um cachorrinho anda atrás de seu dono.
- Fala, cara! - digo, dando alguns tapas nas costas dele enquanto nos abraçamos e pelo canto de olho, vejo que Linda não quis cumprimentar Mia, ou foi o contrário.
- Boa noite, Linda. - digo, cumprimentando-a com um aperto de mão formal. Ao olhar para Linda, noto algo de diferente nela: a barriga.- E o bebê? - pergunto apontando para sua barriga.
- Está com a babá lá em cima. - Gustav me responde.
- Vocês tem um bebê? - Mia pergunta, toda sorridente.
- Temos sim, uma garotinha. Lotti. - Linda responde.
- Que gracinha. - Mia aperta minha mão, me fazendo olhar para ela que está me olhando estranho. Será que está querendo dizer que quer um filho? Pelo amor de Deus, tá ficando louca, só pode. Faço uma cara de nojo, saindo dali sem me despedir de ninguém, fazendo ela vir atrás de mim. Sigo indo na direção de uma porta que me parece levar até um lugar mais reservado. Na varanda o ar está fresco, a brisa da noite é fria igual o meu coração e decido acender um beck, já esperando um sermão vindo de minha acompanhante.- Tom, o que foi aquilo? Porque me deixou sozinha?
- Acha que eu não vi a sua cara quando eles falaram da criança? Pelo amor de Deus, Mia. Ter um filho com você seria ter uma criança com outra criança. - digo, colocando o cigarro em minha boca, acendendo-o.
-Não sirvo para ser a mãe dos seus filhos, mas sirvo para te dar prazer. - "seus filhos", no plural. - com licença. - ela diz, me deixando sozinho na varanda.A erva me deixa mais relaxado, me fazendo esquecer de tudo à minha volta. Não demora muito, ouço a porta da varanda se abrindo e nem me esforço para ver quem é, já sei que é Mia. Deve ter se arrependido por ter saído daquele jeito ou que veio me avisar que deu um jeito de ir embora, tomara que seja a segunda opção. O barulho do salto me mostra que a mulher se aproxima ainda mais de mim.
- Com licença, você teria um cigarro para mim? - não é Mia, mas tenho a impressão de que já ouvi essa voz antes. A voz é doce, aveludada, gostosa de se ouvir. Se a voz é assim, imagine a pessoa.
- Só tenho esse beck, linda. - digo, me virando para ver quem é essa deusa e me surpreendo ao ver Cely em minha frente depois de tantos anos.
PUTA QUE PARIU.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜
FanfictionContinuação da fanfic Eu vejo você. Onde conto a história de amor entre Cely e Tom que acaba após uma aposta feita por ele junto com seu melhor amigo. Um romance mal acabado pode ressurgir e abalar uma vida inteira. Se Cely tivesse que escolher, que...