𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜

37° capítulo

Tomei um banho quente, implorando que ele tirasse de mim todo esse peso, mas não fui atendida. Enquanto me arrumo, o celular de Tom toca incessantemente, chegando várias notificações. A curiosidade é maior que eu e decido ver o que é. O app do banco mostra diversas transações e compras, compras na Gucci, Fendi e Pandora, todas feitas a pouquíssimo tempo. Não preciso ser nenhuma gênia para saber quem comprou essas coisas.

Decidi ignorar essas coisas, pois eu já tenho problemas demais para me preocupar, Mia é só a ponta do iceberg. Escolho uma das roupas mais feias que trouxe, comprovando que estou indo praticamente à força, já que meu desejo era ficar em casa e dormir. Tom reaparece no quarto, me observando enquanto termino de me arrumar.

- Pronta? - perguntou, me vendo parada no quarto.
- É, né? - digo, sem ânimo nenhum.

Quando descemos percebo que realmente não tem mais ninguém além de nós. Os meninos já devem ter ido e apenas Tom ficou para me esperar. No carro, Max dirige e Adam vai na frente, enquanto Tom e eu vamos atrás, abraçadinhos. Confesso que só isso para me deixar melhor depois de todas essas merdas. Não estava preparada para perder o Buddy, o Georg tudo bem, foi tipo um efeito colateral, mas o Buddy não.
Sinto alguma coisa estranha assim que descemos do carro, como se fosse cedo demais para estarmos aqui. Saio na frente, seguindo para o camarim deles e fico surpresa por não ver ninguém. Ouço a música Company de Justin tocar ao fundo e começo a cantarolar enquanto Tom entra atrás de mim, fechando a porta. Vejo um buquê de rosas enormes, com pequenas flores brancas entre elas.

- Olha o que ganharam, amor. Que lindo! - digo, me aproximando delas. O cheiro é muito agradável e chegando mais perto, posso ver um bilhete entre as flores. Sendo extremamente curiosa, pego o pequeno cartão em minhas mãos e leio. Enquanto leio o que estava escrito, ouço Tom cantando bem atrás de mim, justamente a parte da música que tocava e que estava escrita no pequeno bilhete.

Can we be each other's company? Will you marry me?

Pronto. Agora eu acreditei no seu pedido. Quando me viro, vejo Tom segurando uma caixinha em sua mão, com um anel lindíssimo dentro dela. Será que ainda estou dormindo?

Antes que eu possa raciocinar direito, ele põe a pequena caixinha ao lado do buquê. Tom segura minha mão e coma outra ele me puxa para si, pousando sua mão em minha cintura. Ele está dançando comigo e cantando Justin Bieber do jeitinho que eu havia lhe pedido. É DEMAIS PARA MINHA CABEÇA!

- Eu te disse que faríamos novas lembranças aqui. - diz, enquanto dançamos os últimos segundos da música.
- Você é maluco. - digo, ainda sem acreditar no que ele fez.
- Você não me fez decorar essa música toda atoa, né? - perguntou, me fazendo dar risada. Company estava entre a playlist que fiz para ele. - Você aceita casar comigo? - reforçou seu pedido.
- Teria outra resposta além de "com certeza"? - digo. Tom me surpreende, me pegando no colo e me dando um beijo que por pouco não leva todo o ar de meus pulmões. Correndo até a porta, Tom abre e sai até o corredor.

- ELA DISSE SIM! - ele gritou, fazendo com que Bill e Gustav saíssem de uma porta logo à nossa frente, pulando de alegria. - bem, na verdade ela disse com certeza. - continuou, dando risada.

- Me solta agora. - digo, quase sem ar, presa em seu abraço apertado.
- Desculpe, me empolguei. - diz, me colocando de volta no chão.

Somos abraçados por Gustav e Bill, que nos desejam felicidades e coisas boas. A energia nesse momento é deliciosa e eu agradeço por tê-los nesse momento feliz.

- Agora ela não foge mais. - Gustav disse, brincando.
- Não duvido nada. - Bill continuou.
- Não tenho mais motivos para fugir. Não dessa vez. - respondi, olhando para Tom que está abraçado comigo. Ficamos aqui por mais algum tempo, antes que o show comece. Gustav faz uma chamada de vídeo para Linda, contando a novidade do nosso noivado e aproveitando para nos mostrar a pequena Lotti.

- Então acho que já temos os padrinhos da nossa pequena. - Linda disse.
- Seria muita alegria para uma única noite! - digo a ela, contente pelo convite.
- Eu não estou preparado para ser padrinho. - Tom diz, nervoso, fazendo todos darem risada.
- Você vai ser padrinho, não pai. - Bill diz, como se fosse algo óbvio.
- Nunca se sabe. - Tom diz.
- O quê??? - perguntei, surpresa.
- Você está grávida, Cely? - Linda perguntou.
- Não!! Sem chances disso acontecer. - respondo a ela.
- Para de ficar falando essas coisas. - digo a Tom, que agora ri.

Ouço o telefone de Tom vibrar, por várias vezes seguidas, até me tirar do sério. Começo a encará-lo, mas sendo sínico que é, finge que nada está acontecendo. O apresentador começa a chamar pelos meninos e eu espero Gustav e Bill saírem, para que nós dois fiquemos sozinhos

- Não vai atender seu celular? - pergunto, arqueando uma sobrancelha.
- Não deve ser ninguém importante. - ele diz, mantendo a pose de fingido.
- E os cartões liberados para ela? Vai mantê-los quando estivermos casados? - vou direto ao ponto.
- Mexeu no meu celular? - pergunta, mudando de assunto.
- Não vamos casar? - lancei logo minha carta forte, antes que ele pudesse dizer algo.
- Podemos conversar sobre isso quando eu voltar? - sugeriu enquanto saia. - Para mostrar que não estou fugindo, pode ficar com isso. - diz, me entregando seu celular e saindo do camarim, me mandando um beijo. Antes mesmo que eu possa pensar em ficar sozinha, Adam surge no camarim.