52° capítulo

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- Qualquer dia desses você vai acabar nos pegando no ato. - digo saindo do box, me enrolando na toalha.
- Olha que T-U-D-O! - Bill diz, me mostra um iate enorme. Acho que nunca vi nada tão grande assim em toda minha vida.
- Já resolvi as flores, o buffet, os convites. Falando em convites, você tem pai, mãe? - ele perguntou, irônico.
- Claro que tenho, Belinda. - digo, pensando se valeria a pena convidar meus pais. - Poderia separar dois convites para mim?
- Não quer que eu envie junto com os outros? - perguntou, solicito.
- Não, tenho que entregá-los pessoalmente. Vou precisar achar uma casa também. - digo, enquanto me enxugo com outra toalha. - Seu irmão cismou que quer uma casa com jardins e quintal, acredita?
- Vamos ter quatro filhos, precisamos de espaço. - Tom diz, aparecendo de volta no quarto.
- O que? - pergunto. - Você está ficando louco se acha que vou parir quatro crianças. - digo, jogando nele a toalha molhada.
- Veja pelo lado bom, eles terão um bom pai. - disse, dando um tapa forte em minha bunda.
- Que delícia! - Bill diz, nos fazendo dar risada.
Escolho uma calcinha dentre tantas que trouxe em minha mala, vestindo-a o mais rápido que posso. Rendas brancas são as preferidas de Tom, e como não sou boba, tenho um estoque enorme delas.

- Usar renda branca é golpe baixo. - ele diz, olhando minha bunda ainda amostra.
- Vocês exalam tesão, que horror! - Seu irmão diz, fingindo estar surpreso.
- Não tenho culpa do seu irmão ser um completo tarado. - digo, olhando para Tom, que está jogado na cama. Seus braços cruzados atrás da cabeça, lhe dão um ar de despojado.
- Já tem data para ir pra L.A? - Bill me perguntou, enquanto eu vestia uma calça jeans.
- L.A? - Tom perguntou.
- Tenho que entregar os convites do casamento para meus pais. E temos que achar uma casa também, esqueceu? - digo, vestindo um moletom, sem nada por baixo.
- Hmm... - ele resmungou, me puxando para junto de si na cama.
- Vou conhecer seus pais? - perguntou.
- Porque faz tanta questão? Te garanto que o "Dr Albert" não é um poço de simpatia.
- Caralho, pelo visto só vou conhecer seus pais no dia do casamento. - disse, puto.
- Se eles forem, tem esse ponto. - digo, pois é a verdade. - Esqueceram de toda aquela confusão a sete anos atrás? Meu pai ainda lhe odeia.
- Não teve nenhuma confusão. - disse, dando uma de bobo.
- Vocês vão me responder ou não? O que acharam do iate? - Bill insistiu.
- Tanto faz. - Tom e eu respondemos juntos.
- Nossa, os noivos mais animados da história! - Bill diz, cheio de ironia em sua fala.

Nossa ideia de dia perfeito é dormir e foi isso que fizesse enquanto o ônibus seguia para Lipsia. Os meninos tem um show aqui, na cidade onde nasceram. Acordo com batidas na porta do quarto e com o calor do corpo de Tom por cima do meu.

- Pode entrar. - digo, mas Tom não acorda.
- Cely, Bill pediu para que eu acordasse vocês. - Sofie diz, escondidinha atrás da porta.
- Que horas são? - pergunto, confusa.
- Quase 18:00.
- Já vamos. Obrigada, Sofie. - digo, mandando um beijinho para a mesma, que sai de fininho.

Começo a desenhar o contorno do rosto de Tom, com a ponta do dedo. Passando pelo seu nariz perfeito, sua boca que parece ter sido desenhada pelos deuses e por fim, encostando no seu piercing.

- O que tá fazendo? - perguntou, ainda sem abrir os olhos.
- Estou imaginando que você deve ter sido desenhado a mão. - digo, enquanto ele me abraça ainda mais forte.
- Temos que ir. - falo, para que ele se levante. Relutante, Tom se levanta, batendo o pé enquanto caminha o banheiro. Enquanto toma banho, escolho uma roupa para hoje a noite. Escolho uma blusinha que deixa minha barriga a mostra, uma das minhas mini saias favoritas e uma bota linda que ganhei de Sofie em meu aniversário.
Tom acaba demorando tanto no banheiro que consegui me arrumar e ele ainda não saiu. Estranhando sua demora, começo a chamá-lo.

- Tudo bem aí? - pergunto, mais alto que o normal para que ele me ouça através da porta.
- Olha o que eu fiz! - ele diz, saindo do banheiro nu. Tom se depilou!
- Nossa. - antes de entender, fico meio confusa.
- Não gostou? - perguntou, com uma cara de decepção. Começo a rir dessa situação.
- Não é isso, só achei estranho. - digo, indo até ele, lhe dando um beijo de leve.
- Espera, espera. Me deixa ver você. - pediu, segurando minha mão enquanto dou uma voltinha para que ele veja tudo. - Você tá gostosa pra caralho! - disse, dando um tapa forte na minha bunda.
Com a força do movimento, o vento que sua mão fez, faz com que minha saia levante um pouco.

- Quê? Não, não vai usar isso! - ele diz, puto.
- E porque não? - pergunto, caminhando até o espelho mais a frente. Não acho que esteja tão curta, tudo bem que ela só tem 1 palmo, mas não mostra nada. Ele caminha até mim, lentamente, se posicionando logo atrás de mim. Ele me olha pelo reflexo do espelho e eu posso sentir seu olhar me queimando por onde passa.

- Isso fica tão... - sussurrou em meu ouvido. - exposto. - disse, me fazendo sentir sua ereção entrando por baixo da saia e tocando em minha bunda.
Em um momento de fraqueza, jogo minha cabeça para trás, encostando em seus ombros. O quanto isso é ousado me deixa completamente louca por ele.

- Se eu não estivesse atrasado, Cely. As coisas que eu faria com você... - ele diz, roçando em mim. - Caralho.
Deixo escapar um gemido baixo, aproveitando a sensação de estar tão próxima a ele.

- Vamos! - Bill gritou lá de baixo.
- Puta que pariu. - Tom diz, bufando por ter sido atrapalhado mais uma vez por seu irmão.

- Desce. Com você aqui não vou conseguir me concentrar. - ele diz, se afastando de mim, com meu pau duro. Tento me recompor, me olhando no espelho mais uma vez e passando a mão por minha saia, na tentativa de tirar qualquer amassado.

- Estou te esperando. - digo, assim que saio do quarto, lhe dando liberdade para se vestir.

Quando desço as escadas, todos os olhares são direcionados a mim e fico me perguntando se tem algo de errado comigo.

- Meu Deus, você está linda, amiga! - Sofie diz, assim que me junto a eles.
- A bora que me deu. - digo, levantando um pouco o pé para que ela possa ver.
- Nossa, não levanta esse perna mais, Cely! - Bill diz, olhando para minha saia. - consegui ver sua calcinha daqui.

Fico tímida com o que Bill diz e sinto meu rosto ficar vermelho de tanta vergonha. Abaixo meu olhar, procurando algum buraco para que possa me enfiar.

- Você está linda, Cely. - Georg diz, fazendo todo mundo olhar para ele.
- Obrigada. - digo, sem jeito. Antes que alguém possa dizer algo, ouço Tom descendo as escadas.

- Quando uma mulher se veste desse jeito, não é assim que você deve elogiar, Georg. - Tom diz, se juntando a nós. O deboche em sua voz é perceptível.

- Cely já é linda, mas com essa roupa ela fica extremamente gostosa. - ele diz, se aproximando de mim. Sinto sua mão em minha cintura, me fazendo arrepiar com o que ele disse e com o seu toque firme. - Deve ser por isso que você perdeu essa mulher.

Tom disse, fazendo todos darem risada. Todos ali sabiam que Tom estava certo, principalmente eu.

𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora