- Qualquer dia desses você vai acabar nos pegando no ato. - digo saindo do box, me enrolando na toalha.
- Olha que T-U-D-O! - Bill diz, me mostra um iate enorme. Acho que nunca vi nada tão grande assim em toda minha vida.
- Já resolvi as flores, o buffet, os convites. Falando em convites, você tem pai, mãe? - ele perguntou, irônico.
- Claro que tenho, Belinda. - digo, pensando se valeria a pena convidar meus pais. - Poderia separar dois convites para mim?
- Não quer que eu envie junto com os outros? - perguntou, solicito.
- Não, tenho que entregá-los pessoalmente. Vou precisar achar uma casa também. - digo, enquanto me enxugo com outra toalha. - Seu irmão cismou que quer uma casa com jardins e quintal, acredita?
- Vamos ter quatro filhos, precisamos de espaço. - Tom diz, aparecendo de volta no quarto.
- O que? - pergunto. - Você está ficando louco se acha que vou parir quatro crianças. - digo, jogando nele a toalha molhada.
- Veja pelo lado bom, eles terão um bom pai. - disse, dando um tapa forte em minha bunda.
- Que delícia! - Bill diz, nos fazendo dar risada.
Escolho uma calcinha dentre tantas que trouxe em minha mala, vestindo-a o mais rápido que posso. Rendas brancas são as preferidas de Tom, e como não sou boba, tenho um estoque enorme delas.- Usar renda branca é golpe baixo. - ele diz, olhando minha bunda ainda amostra.
- Vocês exalam tesão, que horror! - Seu irmão diz, fingindo estar surpreso.
- Não tenho culpa do seu irmão ser um completo tarado. - digo, olhando para Tom, que está jogado na cama. Seus braços cruzados atrás da cabeça, lhe dão um ar de despojado.
- Já tem data para ir pra L.A? - Bill me perguntou, enquanto eu vestia uma calça jeans.
- L.A? - Tom perguntou.
- Tenho que entregar os convites do casamento para meus pais. E temos que achar uma casa também, esqueceu? - digo, vestindo um moletom, sem nada por baixo.
- Hmm... - ele resmungou, me puxando para junto de si na cama.
- Vou conhecer seus pais? - perguntou.
- Porque faz tanta questão? Te garanto que o "Dr Albert" não é um poço de simpatia.
- Caralho, pelo visto só vou conhecer seus pais no dia do casamento. - disse, puto.
- Se eles forem, tem esse ponto. - digo, pois é a verdade. - Esqueceram de toda aquela confusão a sete anos atrás? Meu pai ainda lhe odeia.
- Não teve nenhuma confusão. - disse, dando uma de bobo.
- Vocês vão me responder ou não? O que acharam do iate? - Bill insistiu.
- Tanto faz. - Tom e eu respondemos juntos.
- Nossa, os noivos mais animados da história! - Bill diz, cheio de ironia em sua fala.Nossa ideia de dia perfeito é dormir e foi isso que fizesse enquanto o ônibus seguia para Lipsia. Os meninos tem um show aqui, na cidade onde nasceram. Acordo com batidas na porta do quarto e com o calor do corpo de Tom por cima do meu.
- Pode entrar. - digo, mas Tom não acorda.
- Cely, Bill pediu para que eu acordasse vocês. - Sofie diz, escondidinha atrás da porta.
- Que horas são? - pergunto, confusa.
- Quase 18:00.
- Já vamos. Obrigada, Sofie. - digo, mandando um beijinho para a mesma, que sai de fininho.Começo a desenhar o contorno do rosto de Tom, com a ponta do dedo. Passando pelo seu nariz perfeito, sua boca que parece ter sido desenhada pelos deuses e por fim, encostando no seu piercing.
- O que tá fazendo? - perguntou, ainda sem abrir os olhos.
- Estou imaginando que você deve ter sido desenhado a mão. - digo, enquanto ele me abraça ainda mais forte.
- Temos que ir. - falo, para que ele se levante. Relutante, Tom se levanta, batendo o pé enquanto caminha o banheiro. Enquanto toma banho, escolho uma roupa para hoje a noite. Escolho uma blusinha que deixa minha barriga a mostra, uma das minhas mini saias favoritas e uma bota linda que ganhei de Sofie em meu aniversário.
Tom acaba demorando tanto no banheiro que consegui me arrumar e ele ainda não saiu. Estranhando sua demora, começo a chamá-lo.- Tudo bem aí? - pergunto, mais alto que o normal para que ele me ouça através da porta.
- Olha o que eu fiz! - ele diz, saindo do banheiro nu. Tom se depilou!
- Nossa. - antes de entender, fico meio confusa.
- Não gostou? - perguntou, com uma cara de decepção. Começo a rir dessa situação.
- Não é isso, só achei estranho. - digo, indo até ele, lhe dando um beijo de leve.
- Espera, espera. Me deixa ver você. - pediu, segurando minha mão enquanto dou uma voltinha para que ele veja tudo. - Você tá gostosa pra caralho! - disse, dando um tapa forte na minha bunda.
Com a força do movimento, o vento que sua mão fez, faz com que minha saia levante um pouco.- Quê? Não, não vai usar isso! - ele diz, puto.
- E porque não? - pergunto, caminhando até o espelho mais a frente. Não acho que esteja tão curta, tudo bem que ela só tem 1 palmo, mas não mostra nada. Ele caminha até mim, lentamente, se posicionando logo atrás de mim. Ele me olha pelo reflexo do espelho e eu posso sentir seu olhar me queimando por onde passa.- Isso fica tão... - sussurrou em meu ouvido. - exposto. - disse, me fazendo sentir sua ereção entrando por baixo da saia e tocando em minha bunda.
Em um momento de fraqueza, jogo minha cabeça para trás, encostando em seus ombros. O quanto isso é ousado me deixa completamente louca por ele.- Se eu não estivesse atrasado, Cely. As coisas que eu faria com você... - ele diz, roçando em mim. - Caralho.
Deixo escapar um gemido baixo, aproveitando a sensação de estar tão próxima a ele.- Vamos! - Bill gritou lá de baixo.
- Puta que pariu. - Tom diz, bufando por ter sido atrapalhado mais uma vez por seu irmão.- Desce. Com você aqui não vou conseguir me concentrar. - ele diz, se afastando de mim, com meu pau duro. Tento me recompor, me olhando no espelho mais uma vez e passando a mão por minha saia, na tentativa de tirar qualquer amassado.
- Estou te esperando. - digo, assim que saio do quarto, lhe dando liberdade para se vestir.
Quando desço as escadas, todos os olhares são direcionados a mim e fico me perguntando se tem algo de errado comigo.
- Meu Deus, você está linda, amiga! - Sofie diz, assim que me junto a eles.
- A bora que me deu. - digo, levantando um pouco o pé para que ela possa ver.
- Nossa, não levanta esse perna mais, Cely! - Bill diz, olhando para minha saia. - consegui ver sua calcinha daqui.Fico tímida com o que Bill diz e sinto meu rosto ficar vermelho de tanta vergonha. Abaixo meu olhar, procurando algum buraco para que possa me enfiar.
- Você está linda, Cely. - Georg diz, fazendo todo mundo olhar para ele.
- Obrigada. - digo, sem jeito. Antes que alguém possa dizer algo, ouço Tom descendo as escadas.- Quando uma mulher se veste desse jeito, não é assim que você deve elogiar, Georg. - Tom diz, se juntando a nós. O deboche em sua voz é perceptível.
- Cely já é linda, mas com essa roupa ela fica extremamente gostosa. - ele diz, se aproximando de mim. Sinto sua mão em minha cintura, me fazendo arrepiar com o que ele disse e com o seu toque firme. - Deve ser por isso que você perdeu essa mulher.
Tom disse, fazendo todos darem risada. Todos ali sabiam que Tom estava certo, principalmente eu.
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𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜
FanficContinuação da fanfic Eu vejo você. Onde conto a história de amor entre Cely e Tom que acaba após uma aposta feita por ele junto com seu melhor amigo. Um romance mal acabado pode ressurgir e abalar uma vida inteira. Se Cely tivesse que escolher, que...