49° capítulo

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Cá estamos nós mais uma vez em um hospital. Odeio essa sensação de estar mal ao ponto de ficar internada. O médico que me atendeu foi muito solicito, me explicou que foi apenas um sangramento decorrente do episódio traumático de hoje a noite. Sofie por estar exausta acabou dormindo na poltrona ao lado, agarrada a um desses lençóis verdes de hospital. Estou aguardando a ação dos remédios para que eu possa ir embora.

O fato de terem três seguranças me esperando do lado de fora, deve deixar essa situação bem esquisita. Mesmo de longe, Tom continua sendo extremamente cuidadoso. Confesso que não imaginei que ele ficaria quando lhe pedi, já que além de cuidadoso é teimoso e possessivo. Falando nele, ouço a porta se abrindo devagar, mostrando seu corpo, que entra cuidadosamente no quarto.

- Se você me fizer ficar longe de você mais uma vez, eu juro que compro uma algema e te deixo presa em casa. - ele diz, assim que deixa um beijo em minha testa.

- Não foi dessa vez que você se livrou de mim. - digo, tentando brincar com a situação degradante em que estamos. Eu nunca imaginei que Georg fosse um perigo para mim, nunca pensei que ele poderia ser violento e isso me assustou demais. As palavras de Tom hoje mais cedo ecoam pela minha cabeça, esfregando na minha cara que ele tinha razão.

- Descarregou? - Tom pergunta, apontando para Sofie que continua dormindo.
- Eu sinto muito pelo que aconteceu. - digo, segurando sua mão.
- Você não tem que se desculpar, linda. - diz, dando um beijo em minha mão. - fiquei com tanto medo por você, com tanto ódio dele, com tanta raiva de Bill, e você também que ... - interrompo.

- Raiva de Bill? - pergunto, confusa.
- Bill acabou contando ao Georg que você havia retirado o diu, que estávamos planejando ser pais. - assim que Tom para de falar, me dou conta do porque tamanha fúria de Georg.
- Acha que ele fez isso, pensando que você estava grávida? - a pergunta dele me pega de surpresa. Não quero acreditar que ele teria coragem de fazer algo assim, agredir uma grávida. - Nem pensa nisso. - Tom diz, interrompendo minha linha de raciocínio.

- O que?
- É óbvio que ele teria coragem pra fazer isso. E fez! Tenho certeza que ele achou isso.
- Mas teria chance de ser filho dele, Tom. - digo, me apegando ao Georg bonzinho que está em minha mente.
- Mas ele nem sabe disso. Achou que era um filho nosso e quis se vingar. - ele diz, tentando me convencer.
- Você fala muito alto! - Sofie diz, acordando.
- Xiu, quietinha. - Tom responde, me fazendo rir do modo que falou.

Mais ou menos uma hora depois, o médico veio ao meu quarto, liberando minha alta. Durante a ida para um hotel, estranho a quantidade de seguranças e percebo a falta de meu fiel escudeiro, Adam. Começo a pensar que ele deve estar fazendo a segurança dos outros meninos ou em seu horário de descanso, pois já passam das três da manhã.
Sofie ficou em um quarto ao lado do nosso. O hotel é simpático, mas o cansaço não me deixou observá-lo bem. Tom começa a tirar os sapatos, enquanto tenta desamarrar sozinha o laço do vestido em minhas costas.

- Sabe que pode pedir minha ajuda, né? - diz, percebendo minha luta em vão.
- Me ajuda? - peço, desistindo.
Tom vem até mim, puxando uma das pontas para que o laço se solte. Seu corpo próximo ao meu me aquece, me passando uma tranquilidade gostosa.

- Não sei o que teria feito se algo tivesse acontecido há você hoje. - disse, encostando sua cabeça em meu ombro.
- Está tudo bem. - digo, tranquilizando-o. - Minhas metas para o resto do ano é não voltar mais para o hospital. - brinco com a situação, enquanto ele puxa meu vestido, fazendo com que ele caia sob meus pés. A nudez já é algo comum entre nós, então o fato de estar apenas de calcinha aqui em sua frente, não o afeta tanto quanto antes. Ou talvez seja o fato de estar completando debilitada depois de tantas coisas.

- Mais seguranças. - digo, enquanto observo o grupo de homens de terno do lado de fora, pela janela do quarto.
- São para a nossa segurança. - disse, mas tenho certeza que são pra mim.
- E Adam? - pergunto.
- Eu o demiti. - respondeu com calma em sua voz.
- O que? Porque? - isso me pegou de surpresa. Além de ser "meu" segurança, Adam se tornou meu amigo.
- Ele devia ter lhe protegido. - diz, sem manter contato visual comigo.
- Não, Tom. Ele não tinha como me defender de um de seus patrões. - digo, tentando convencê-lo.
- Ele tinha que estar ali, Cely. - continuou com o mesmo argumento.
- Ninguém imaginou que Georg fosse fazer algo assim, Tom. Ele não tem culpa. - não posso deixar Adam pagar por algo que ele não tem culpa.
- Ele devia estar na porra daquela porta, Cely! Ele tinha que te proteger, como eu te protegeria! - Tom grita, finalmente demonstrando a sua frustração enquanto soca um dos móveis do quarto. - Eu devia te proteger. - disse, baixinho.
Caminho até ele, abraçando-o por trás.

Seu cheiro é bom, uma mistura de menta e cigarro. Odeio vê-lo assim, sei o quanto ele se cobra em tantas coisas e quando algo acontece comigo ou sai de seu controle, ele simplesmente não sabe lidar.

- Não vou mais desgrudar de você. Tudo bem? - digo, prometendo para ele que algo assim não vai acontecer de novo.
- Desculpa. - pediu, e acho que tenha sido porque gritou.
- Vem tomar banho comigo?
O fato de ter ficado no hospital me trás uma sensação de sujeira e as manchas de sangue em minha perna só reforçam isso. Seguro sua mão, puxando-o comigo até o banheiro.

Na banheira, me sento de frente para ele. Cuidando de mim, Tom pega uma dessas esponjas de banho e começa a limpar o rastro de sangue em minhas pernas. O cheiro do sabonete líquido me lembra rosas, que se espalha por todo o banheiro. O amor realmente está em pequenos detalhes, como ele estar me ajudando no banho depois de um dia exaustivo ou simplesmente pelo jeito como vejo seus olhos brilharem ao olhar pra mim, como se eu fosse a mulher mais atraente do universo.

- Não quero que demita Adam. - peço, usando meu charme.
- Já demiti. - rebateu, friamente.
- Mas ele é o meu segurança. -digo.
- Era.
- Então eu não quero mais nenhum outro segurança. - teimo.
- Não começa, Cely. - ele diz, soltando minha perna. Me aproximo dele lentamente, tentando ver até onde o estressei. Sabendo que ele não resiste a mim, sento-me em seu colo, colocando minhas pernas uma de cada lado de seu corpo.

- Cely... - ele me repreende, mas sei que quer.
- Por favor. - insisto, deixando mordidinhas no lóbulo de sua orelha.
- Eu sabia que tinha alguma coisa nessa história. - ele ri, colocando suas mãos em meu quadril, apertando.
- Por favor. - repito minha súplica.
- Tá. - disse e eu posso jurar que o vi revirando os olhos. Conseguindo o que eu queria, dou-lhe um beijo como recompensa por ter feito algo que pedi.

Nosso beijo é intenso, lento e sexy. Há conexão, há desejo, amor. Não precisaria de sexo para entender o que temos ou o quanto nos amamos.

- Chega. - ele diz, se afastando de meus beijos. - Vou acabar te fodendo nessa banheira e terminando de fuder com a sua buceta.
- Tom! - digo, completamente perplexa pelo seu linguajar. Se bem que eu já estou acostumada com as atrocidades que ele diz.

Enquanto visto uma de suas blusas largas, me lembro de uma vez que transamos no meu primeiro apartamento. Tom me pediu para que eu olhasse o espelho enquanto ele me fodia de quatro: Olha pra mim enquanto eu te fodo. Queria fazer isso desde a primeira vez que te vi, disse depois de deixar minha bunda completamente vermelha com a marca de suas mãos.

- Sabe, estava me lembrando de uma coisa. - digo, olhando para ele que estava deitado.
- Hmm... - ergueu a sobrancelha me olhando.
- Quando transamos na frente do espelho.
- Estava lembrando disso, é? - perguntou, com malícia em sua voz.
- Olha pra mim enquanto eu te fodo. - repeti sua frase, imitando a sua voz. Tom ri, pela imitação horrível que acabei de fazer.

- Vem deitar, menina. - disse, levantando as cobertas para que eu me juntasse a ele. - Se não vou acabar repetindo o que eu disse aquela noite.

Me junto a ele na cama, indo dormir quando a maioria das outras pessoas deve estar acordando. O cansaço, o calor do seu corpo e seus carinhos me fazem adormecer rapidamente, aproveitando esses poucos minutos de paz no nosso mundinho.




Alguém acordada aí? 🤭✨

𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora