50° capítulo

569 44 43
                                    

Acordo com a luz do sol entrando pela janela e vejo uma das cenas mais lindas em minha frente. Tom ao lado de uma bandeja com café da manhã. Frutas, frios, torradas, suco e xícaras de café decoradas com corações. De tudo isso, seu sorriso é o que mais me encanta.

- Que coisa linda! - digo, me levantando para que eu possa beijá-lo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


- Que coisa linda! - digo, me levantando para que eu possa beijá-lo.
- Eu pedi para trazerem. - ele diz, meio tímido. Quem diria, Tom Kaulitz fazendo surpresas de amor.

- Será que quando a gente casar vai continuar sendo romântico assim? - pergunto, beliscando algumas frutas da bandeja.
- Com certeza! - diz, brincando. - Sou um romântico incurável. - Tom repetiu a frase de cinquenta tons de cinza, que assistimos a alguns dias atrás. Dou risada com a expressão que usou.
Enquanto tomamos café na cama, me pego pensando que Tom é justamente aqueles caras clichês de filmes românticos ou de livros de romance. Li ele em vários livros e finalmente o encontrei. Seu jeito marrento, brigão e mulherengo se desfizeram ao encontrar a menina nerd, boba e apaixonada.

- Às vezes acho que você saiu de um desses livros de romance. - digo, de boca cheia. A comida é deliciosa.
- Desses eróticos e problemáticos, né? - diz, me fazendo dar risada.
- Talvez. Mas acho que nesses livros os casal não chega a casar. - respondi, observando ele me olhar.
- Então eu não quero. - disse, dando risada.

- Sofie! - tinha me esquecido completamente da minha amiga. Será que já tomou café?
- Já levantou. Trombei com ela enquanto fui fazer o pedido lá embaixo. - disse enquanto tirava a bandeja quase vazia de cima da cama.
- Aliás, pode parar de implicar com a minha amiga? - peço, revirando os olhos para ele.
- Você pede pra caralho, Cely. - me respondeu, revirando os olhos igual a mim.
- Me ajuda com o vestido. - pedi mais uma vez.
- Tá vendo? - diz, apenas reforçando que eu peço demais.
- Georg não reclamava. - brinco com ele, rindo da cara de bravo que faz.
- Não sabia que você era sadomasoquista. - rebateu, me fazendo rir ainda mais. - Se eu soubesse, teria te acordado na porrada então. - diz, rindo junto comigo enquanto termina de amarrar meu vestido.

- Amo você. - digo, ficando de frente para ele.
- Amo você. Até a eternidade. - respondeu, me pegando de surpresa.


Antes de irmos até o ônibus, passamos no quarto de Sofie para que ela fosse conosco. Ainda não estou acostumada com o fato de não precisar pagar por nada e ter sempre uma tropa de homens ao meu redor.

- É tão esquisito ter meia dúzia de homens ao nosso redor. - digo, me agarrando no braço de Tom enquanto seguimos no carro.
- Imagine pra mim, que nunca vi isso antes. - Sofie diz.
- Imigini pi mi, qui ninca vi isso intis. - Tom repete a frase de Sofie, de um jeito engraçado, como se fosse um mimimi. Como castigo, Sofie lhe dá um tapa no braço.
- Que mania de encostar em miiiiiiiiim! - ele diz, fazendo com que nós duas caiamos na risada. Adoro esse clima descontraído, cheio de leveza e brincadeira. Os últimos dias não têm sido muito fáceis para nós e esses breves momentos são uma válvula de escape.

Assim que chegamos onde o ônibus está estacionado, sinto um arrepio percorrer o meu corpo, pois eu sei quem está aqui. Vejo os meninos sentados nas poltronas, conversando sobre alguma coisa e Andrei está junto.

- Debilitada! - Bill me cumprimenta de um modo engraçado, se levantando para me abraçar. Cumprimento aos outros enquanto Tom sobe com as malas.

- Oi Andrei. - cumprimento, sem muita cerimônia.
- Oi, Cely. Bem vinda de volta. Espero que esteja bem. - diz, me pegando de surpresa. Até alguns dias atrás ele não ia muito com a minha cara. O que mudou?
- Não vou fazer almoço, hein? - Gustav diz, levantando os braços.
- E quem vai fazer? - Bill pergunta, desesperado.
- Eu e Sofie podemos fazer. - digo, puxando Sofie para perto de mim.
- Você nem sabe cozinhar! - Tom diz, descendo as escadas.
- Ha ha ha. Você adora a minha comida. - digo.
- Você também gosta da minha comida. - ele diz, mas pela malícia em sua voz, sei que não está falando sobre cozinhar.

- PELO AMOR DE DEUS, QUE NOJO! - Bill diz, percebendo o que seu irmão quis dizer. Todos nós damos risada enquanto Sofie e eu seguimos para a mini cozinha do ônibus.

O restante dos meninos se dissipou, cada um foi fazer alguma coisa ou foi para algum lugar. Tom, o rei do sono voltou a dormir, Gustav estava fazendo uma espécie de churrasqueira do lado de fora do ônibus, Andrei e Daniel resolviam outras coisas nas poltronas junto com Bill.

Sofie e eu seguimos na cozinha, decidimos fazer Wiener Schnitzel acompanhado de batatas fritas, arroz e purê. O clássico não pode dar errado.

- Podemos começar a falar sobre o casamento Toly. - Bill diz empolgado, lançando um olhar para mim.
- Toly? - pergunto, confusa.
- É! - diz, revirando os olhos, como se fosse algo óbvio o que ele disse. - Mistura de Tom e Cely = Toly.
- Vão realmente casar? - Andrei pergunta.
- Se Tom não fugir do casamento. - brinco.
- Não vai fugir nada. Vou organizar tudo, quero que seja em um iate gigantesco, cheio de flores brancas na decoração. Ai, já imagino tudo! - disse, empolgado.

- Posso falar com você? - Georg chegou de mansinho, me assustando. Imediatamente todos olham para a cozinha, justamente pelo último acontecimento. Lanço um olhar para que fiquem tranquilos, nada vai acontecer, já que estão todos aqui.

- Sou toda ouvidos. - digo, sem olhar para ele.
- Queria me desculpar pelo acontecimento horrível de ontem a noite. - pediu. - Eu perdi a cabeça, não sei o que aconteceu comigo.
- Tudo bem. - minto.
- Eu sei que não está tudo bem. Você se imagina no meu lugar? Sendo trocada por alguém, sendo ignorada, excluída da vida de quem você mais ama. - suas palavras me fazem pensar no que ele diz. Eu realmente não sei como reagiria se estivesse em seu lugar, tendo que ver de perto a minha felicidade com Tom. Ouvir sobre planos de casamento e filhos de alguém que você acabou de se separar.

- Não posso dizer que entendo, porque eu realmente não estou no seu lugar, Georg. - paro o que eu estava fazendo para que possa olhá-lo. - Mas isso não te dá o direito de ser agressivo, grosseiro com as pessoas. O que você está passando agora é apenas o que Tom precisou passar a sete anos atrás.
- Tem razão. - ele diz. - Eu sei que você sabe o que é melhor para você. E eu sei o que é o melhor para você. - sei que ele está tentando me dizer que é o melhor pra mim.
Assim que Georg sai da cozinha, sinto os olhares confusos de todos sobre mim. Acho que nenhum aqui entenderia o que Georg e eu vivemos ou como nós nos comunicamos muito bem sobre nós dois.

- Já posso começar a enviar os convites? - Andrei me pergunta.
- Tudo bem. - concordo, observando Bill batendo palminhas de felicidade.


Gustav armou uma espécie de mesa gigantesca aqui fora, para que todos nós possamos almoçar juntos. A quantidade de comida que parece ter sido feita para um batalhão preenche totalmente a mesa enorme. As expressões de todos enquanto comem é muito boa.

- Isso tá muito bom! - Andrei diz, de boca cheia.
- Que minha mãe não ouça isso, mas está muito gostoso. - Bill disse.
- A Cely arrasa na cozinha. - Tom diz ao meu lado.
- Ué, você disse que eu não sabia cozinhar. - digo, fazendo todos darem risada. - E eu também não fiz sozinha, Sofie fez comigo.
- Obrigado, Esquisita. - Tom diz e todos repetem o que ele disse, como um coral.
Continuamos juntos enquanto almoçamos, conversamos e brincamos uns com os outros. Pude sentir o olhar de Georg para mim durante todo o almoço. Tentei desviar de seu olhar, mas era impossível, algo me atraia ali. Será que realmente sou sadomasoquista igual Tom sugeriu?

𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora