Continuação da fanfic Eu vejo você. Onde conto a história de amor entre Cely e Tom que acaba após uma aposta feita por ele junto com seu melhor amigo. Um romance mal acabado pode ressurgir e abalar uma vida inteira. Se Cely tivesse que escolher, que...
Acordo com a luz do sol entrando pela janela e vejo uma das cenas mais lindas em minha frente. Tom ao lado de uma bandeja com café da manhã. Frutas, frios, torradas, suco e xícaras de café decoradas com corações. De tudo isso, seu sorriso é o que mais me encanta.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Que coisa linda! - digo, me levantando para que eu possa beijá-lo. - Eu pedi para trazerem. - ele diz, meio tímido. Quem diria, Tom Kaulitz fazendo surpresas de amor.
- Será que quando a gente casar vai continuar sendo romântico assim? - pergunto, beliscando algumas frutas da bandeja. - Com certeza! - diz, brincando. - Sou um romântico incurável. - Tom repetiu a frase de cinquenta tons de cinza, que assistimos a alguns dias atrás. Dou risada com a expressão que usou. Enquanto tomamos café na cama, me pego pensando que Tom é justamente aqueles caras clichês de filmes românticos ou de livros de romance. Li ele em vários livros e finalmente o encontrei. Seu jeito marrento, brigão e mulherengo se desfizeram ao encontrar a menina nerd, boba e apaixonada.
- Às vezes acho que você saiu de um desses livros de romance. - digo, de boca cheia. A comida é deliciosa. - Desses eróticos e problemáticos, né? - diz, me fazendo dar risada. - Talvez. Mas acho que nesses livros os casal não chega a casar. - respondi, observando ele me olhar. - Então eu não quero. - disse, dando risada.
- Sofie! - tinha me esquecido completamente da minha amiga. Será que já tomou café? - Já levantou. Trombei com ela enquanto fui fazer o pedido lá embaixo. - disse enquanto tirava a bandeja quase vazia de cima da cama. - Aliás, pode parar de implicar com a minha amiga? - peço, revirando os olhos para ele. - Você pede pra caralho, Cely. - me respondeu, revirando os olhos igual a mim. - Me ajuda com o vestido. - pedi mais uma vez. - Tá vendo? - diz, apenas reforçando que eu peço demais. - Georg não reclamava. - brinco com ele, rindo da cara de bravo que faz. - Não sabia que você era sadomasoquista. - rebateu, me fazendo rir ainda mais. - Se eu soubesse, teria te acordado na porrada então. - diz, rindo junto comigo enquanto termina de amarrar meu vestido.
- Amo você. - digo, ficando de frente para ele. - Amo você. Até a eternidade. - respondeu, me pegando de surpresa.
Antes de irmos até o ônibus, passamos no quarto de Sofie para que ela fosse conosco. Ainda não estou acostumada com o fato de não precisar pagar por nada e ter sempre uma tropa de homens ao meu redor.
- É tão esquisito ter meia dúzia de homens ao nosso redor. - digo, me agarrando no braço de Tom enquanto seguimos no carro. - Imagine pra mim, que nunca vi isso antes. - Sofie diz. - Imigini pi mi, qui ninca vi isso intis. - Tom repete a frase de Sofie, de um jeito engraçado, como se fosse um mimimi. Como castigo, Sofie lhe dá um tapa no braço. - Que mania de encostar em miiiiiiiiim! - ele diz, fazendo com que nós duas caiamos na risada. Adoro esse clima descontraído, cheio de leveza e brincadeira. Os últimos dias não têm sido muito fáceis para nós e esses breves momentos são uma válvula de escape.
Assim que chegamos onde o ônibus está estacionado, sinto um arrepio percorrer o meu corpo, pois eu sei quem está aqui. Vejo os meninos sentados nas poltronas, conversando sobre alguma coisa e Andrei está junto.
- Debilitada! - Bill me cumprimenta de um modo engraçado, se levantando para me abraçar. Cumprimento aos outros enquanto Tom sobe com as malas.
- Oi Andrei. - cumprimento, sem muita cerimônia. - Oi, Cely. Bem vinda de volta. Espero que esteja bem. - diz, me pegando de surpresa. Até alguns dias atrás ele não ia muito com a minha cara. O que mudou? - Não vou fazer almoço, hein? - Gustav diz, levantando os braços. - E quem vai fazer? - Bill pergunta, desesperado. - Eu e Sofie podemos fazer. - digo, puxando Sofie para perto de mim. - Você nem sabe cozinhar! - Tom diz, descendo as escadas. - Ha ha ha. Você adora a minha comida. - digo. - Você também gosta da minha comida. - ele diz, mas pela malícia em sua voz, sei que não está falando sobre cozinhar.
- PELO AMOR DE DEUS, QUE NOJO! - Bill diz, percebendo o que seu irmão quis dizer. Todos nós damos risada enquanto Sofie e eu seguimos para a mini cozinha do ônibus.
O restante dos meninos se dissipou, cada um foi fazer alguma coisa ou foi para algum lugar. Tom, o rei do sono voltou a dormir, Gustav estava fazendo uma espécie de churrasqueira do lado de fora do ônibus, Andrei e Daniel resolviam outras coisas nas poltronas junto com Bill.
Sofie e eu seguimos na cozinha, decidimos fazer Wiener Schnitzel acompanhado de batatas fritas, arroz e purê. O clássico não pode dar errado.
- Podemos começar a falar sobre o casamento Toly. - Bill diz empolgado, lançando um olhar para mim. - Toly? - pergunto, confusa. - É! - diz, revirando os olhos, como se fosse algo óbvio o que ele disse. - Mistura de Tom e Cely = Toly. - Vão realmente casar? - Andrei pergunta. - Se Tom não fugir do casamento. - brinco. - Não vai fugir nada. Vou organizar tudo, quero que seja em um iate gigantesco, cheio de flores brancas na decoração. Ai, já imagino tudo! - disse, empolgado.
- Posso falar com você? - Georg chegou de mansinho, me assustando. Imediatamente todos olham para a cozinha, justamente pelo último acontecimento. Lanço um olhar para que fiquem tranquilos, nada vai acontecer, já que estão todos aqui.
- Sou toda ouvidos. - digo, sem olhar para ele. - Queria me desculpar pelo acontecimento horrível de ontem a noite. - pediu. - Eu perdi a cabeça, não sei o que aconteceu comigo. - Tudo bem. - minto. - Eu sei que não está tudo bem. Você se imagina no meu lugar? Sendo trocada por alguém, sendo ignorada, excluída da vida de quem você mais ama. - suas palavras me fazem pensar no que ele diz. Eu realmente não sei como reagiria se estivesse em seu lugar, tendo que ver de perto a minha felicidade com Tom. Ouvir sobre planos de casamento e filhos de alguém que você acabou de se separar.
- Não posso dizer que entendo, porque eu realmente não estou no seu lugar, Georg. - paro o que eu estava fazendo para que possa olhá-lo. - Mas isso não te dá o direito de ser agressivo, grosseiro com as pessoas. O que você está passando agora é apenas o que Tom precisou passar a sete anos atrás. - Tem razão. - ele diz. - Eu sei que você sabe o que é melhor para você. E eu sei o que é o melhor para você. - sei que ele está tentando me dizer que é o melhor pra mim. Assim que Georg sai da cozinha, sinto os olhares confusos de todos sobre mim. Acho que nenhum aqui entenderia o que Georg e eu vivemos ou como nós nos comunicamos muito bem sobre nós dois.
- Já posso começar a enviar os convites? - Andrei me pergunta. - Tudo bem. - concordo, observando Bill batendo palminhas de felicidade.
Gustav armou uma espécie de mesa gigantesca aqui fora, para que todos nós possamos almoçar juntos. A quantidade de comida que parece ter sido feita para um batalhão preenche totalmente a mesa enorme. As expressões de todos enquanto comem é muito boa.
- Isso tá muito bom! - Andrei diz, de boca cheia. - Que minha mãe não ouça isso, mas está muito gostoso. - Bill disse. - A Cely arrasa na cozinha. - Tom diz ao meu lado. - Ué, você disse que eu não sabia cozinhar. - digo, fazendo todos darem risada. - E eu também não fiz sozinha, Sofie fez comigo. - Obrigado, Esquisita. - Tom diz e todos repetem o que ele disse, como um coral. Continuamos juntos enquanto almoçamos, conversamos e brincamos uns com os outros. Pude sentir o olhar de Georg para mim durante todo o almoço. Tentei desviar de seu olhar, mas era impossível, algo me atraia ali. Será que realmente sou sadomasoquista igual Tom sugeriu?