26° capítulo

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Não fazia a mínima ideia de que esse era o plano de Mia, sempre achei que ela entendia o nosso trato, mas pelo jeito estou enganado. Começo a pegar as minhas roupas pelo quarto, me vestindo o mais rápido que posso.

- Onde vai? -  pergunta, segurando o cinto de seu roupão, como se estivesse desesperada.
- Não vou ficar aqui. - digo, calçando meus tênis.
- Vai me deixar sozinha? - sua voz sai manhosa, como se estivesse prestes a chorar.
- Mia, se eu continuar aqui, vou acabar falando ou fazendo coisas que vão te magoar. - falo. Olho para ela como uma última vez, pois depois de hoje talvez seja realmente. Pego as chaves do carro, saindo do apartamento e batendo a porta assim que saio.
  No caminho, enquanto ando pelas ruas agora praticamente vazias, penso nas palavras de Mia, me perguntando onde eu dei a entender que tinha a possibilidade de algo a mais. Somente a Cely, minha consciência faz questão de me lembrar.

Quando chego no hotel, consigo ver uma moça na varanda. A ponta do cigarro aceso mostra que está fumando. Cely. Estaciono o mais rápido que posso, subindo até a varanda onde nos reencontramos na noite do coquetel. Como eu já imaginava, é ela que está aqui e ainda não sentiu a minha presença. O cheiro é de maconha e me pego pensando onde ela arranjou isso.

- Você é a pior médica da história. - digo, assustando-a, que dá um leve pulinho.
- Qualquer dia desses  vai me matar de um susto. - respondeu, mas não está brava.
- Como foi o jantar? - pergunto, mas não sei se quero saber a resposta. Não quero ouvi-la dizer que fez as pazes com Georg ou qualquer coisa do tipo.

- Ah, foi... Uma bosta! - ela diz, dando risada.
- Ah, é?
- Meu pai começou a falar sobre os negócios, depois já estava falando que poderia me dar um consultório muito melhor, que o Georg deveria me convencer a me mudar para Los Angeles de novo. Quando vi, já estava contando da nossa separação para eles.
- Pelo menos tem essa parte boa. - digo, brincando, mas Cely muda de expressão, dando um trago no baseado.
- Ele não te pediu para ficar, né? - Eu sei que esse imbecil não pediria.
- Não... - me respondeu. - Mas ele tem razão, sabe? Entendo seus motivos.
- E se os seus pais estiverem certos? O que Berlim vai ter a lhe oferecer agora? - pergunto, tentando convencê-la de que aqui é o seu lugar.
- Georg disse que vai comprar a minha parte do apartamento, eu posso alugar um cantinho para mim. Eu tenho o meu consultório.

  Cely cita apenas as suas obrigações, como se ela se forçasse a continuar em Berlim apenas por ter essas coisas por lá.

- Onde pegou isso? - mudo de assunto, apontando para o beck em seus dedos.
- No seu quarto. - ela responde, fazendo uma carinha de menina levada. Minha menina.
- Não acredito! - faço uma cara de surpresa, quando na verdade nem ligo por ela ter mexido em minhas coisas.
- Que horas é o seu vôo?
- Às 09:00. - tiro meu celular do bolso, vendo que são quase três da manhã e decido arriscar.
- Deixa eu me despedir de você. - Digo, parando em sua frente, ficando a pouquíssimos centímetros dela.
- O que quer dizer com isso?
- Dorme comigo. Prometo que te levo no aeroporto às 09:00. - falo, colocando seus cabelos atrás da orelha, me dando uma visão melhor de seu rosto. Ela fecha os olhos, se deixando levar pelo meu toque em seu rosto.

- Não sei, Tom... - diz, praticamente gemendo e eu sei que ela quer.
- É a nossa despedida. - começo a beijar seu pescoço, de modo lento. - Daqui a pouco você vai embora e vai esquecer de mim de novo. - digo, até convencê-la. Cely segura meu rosto, me dando um beijo que quase leva todo o meu ar embora.

- Me leva para o seu quarto. - ela pede e eu faço, sempre foi assim. Segurando suas mãos, nós saímos correndo pelos corredores, parando em lugares aleatórios e nos beijando, sem pressa ou medo de que alguém nos veja. Quando Cely me pressiona contra a porta do meu quarto, tento pegar o cartão em meu bolso, mas sou surpreendido por sua mão que simplesmente entra na minha cueca, pegando em meu pau, me tocando no meio dos corredores.

- Cely. - falo seu nome, com a voz tão rouca que eu mal reconheço.
- O que? - se finge de boba enquanto continua me masturbando e me beijando. Alcanço o cartão, conseguindo abrir a porta. Quase caímos, mas conseguimos nos equilibrar. Cely tira suas roupas enquanto tiro as minhas, nós dois com tesão e pressa para nos amar.
- Eu te amo. - digo, beijando-a.
- Fala de novo. - me pediu.
- Eu te amo, Cely. Porra! O que eu preciso fazer pra você entender isso?
Ela continua me masturbando, mas agora tem livre acesso sem as roupas em meu corpo.

- Preciso te dizer uma coisa, antes que descubra e fuja de novo. - preciso contar sobre a Mia, não posso correr o risco de lhe perder de novo.
- Eu já sei. - diz, entre nossos beijos e amassos.
- Sabe o quê? - Caralho, estou tentando raciocinar, mas com as mãos de Cely em volta do meu pau isso é impossível.
- Vai me contar que estava transando? Já sei. - diz, me pegando de surpresa. Como ela sabe?
- Está cheirando a sexo e porra. - disse, dando risada.
- E está tudo bem pra você? - pergunto enquanto ela me joga na cama, subindo em cima de mim.
- Se está aqui comigo agora e de pau duro, deve ser porque não ficou satisfeito. - assim que acaba de falar, posiciona meu pau em sua entrada e senta em mim de um modo lento que quase me faz gozar. Espera, Tom, porra.

- Porra, Cely. - falo enquanto ela senta pra mim.
- Eu te amo, Tom. - ela disse, e pela segunda vez eu quase gozo.
- Não fala isso. - digo, me concentrando em não gozar rápido. - Não precisa mentir pra mim.
- Eu não estou mentindo. -  segura meu rosto, fazendo com que eu olhe para ela. Seus olhos parecem estar pegando fogo de tanto desejo que a neles. Cely cavalga em mim, de um jeito que nenhuma mulher jamais fez. Nem mesmo Mia, que mais parece uma dessas atrizes pornô.

- Fica de quatro. - peço, me lembrando de como eu a imaginei enquanto estava com Mia. Ela me obedece, ficando na posição mais perfeita, seus seios e rosto encostando na cama, as pernas entreabertas, me dando total acesso a ela. Passo a língua em sua buceta, chupando-a, sentindo o seu gosto, me deliciando com os seus gemidos. Entrando dentro dela, sinto a sua umidade, que só me deixa ainda mais alucinado. A maconha parece estar fazendo efeito em Cely. Dou-lhe um tapa em sua bunda, que deixa a marca da minha mão.

- Isso. - ela geme, me fazendo estocar mais rápido, sentindo que ela está perto de gozar. Facilito o processo para ela, massageando seu clitóris enquanto a penetro. Suas pernas tremem, seu corpo se arrepia e eu diria que ela está revirando os olhos.

- Goza pra mim, Linda. - ordeno.
- Goza comigo. - suas palavras parecem ter poderes, me levando ao orgasmo junto com ela, que geme alto o meu nome.






Obs: Só eu acho Tom uma vibe bem West Coast da Lana? ✨🥵🛐

𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora