63° capítulo

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Alguns convidados vêm nos cumprimentar antes de seguirem até a parte de cima, onde acontecerá a festa, como Gustav e sua esposa. E entre esses convidados, alguém muito especial, a qual eu nem tinha notado sua presença.

- Será que posso abraçar os meus filhos? - Dona Simone, mãe dos gêmeos, perguntou. Com tamanha emoção na cerimônia, acabei não prestando atenção nos convidados.

- Mãe. - Tom diz, ao vê-la ao seu lado. - Não sabia se a senhora ia vir.
- Foi uma surpresa. - Bil diz, agarrado a sua mãe.
- Fico muito feliz que a senhora esteja presente nesse momento. - agradeço a ela.
- Eu precisava vir. E precisava me desculpar também. - ela diz, segurando minha mão e a mão de Tom.
- Não tem que se desculpar por nada, a senhora apenas estava cuidando do seu filho e eu entendo seus motivos. - digo, pois é a verdade.
- Obrigado por ter vindo, Dona Simone. - Tom diz, provocando sua mãe, que lhe dá um tapinha no braço.

Quando não há quase mais ninguém para nos cumprimentar, vejo Georg e Mia vindo até nós. Por incrível que pareça, ela está composta e bem vestida junto a ele, que é sempre muito elegante de terno.

- Viemos apenas parabenizar os noivos. - Georg diz, com sua taça de champanhe na mão.
- Espero que sejam felizes. - Mia diz, mas consigo sentir a tristeza em sua voz. Entendo ela, Tom realmente é um homem maravilhoso e perde-lo não deve ser fácil.

- Vocês vão ficar andando juntos? - Tom pergunta, apontando para os dois.
- Obrigada aos dois. - agradeço, tentando cortar o assunto que meu marido começou.
- Estamos nos conhecendo melhor. - Mia diz, lançando um sorriso bobo para Georg e eu sei que não estão mentindo. Bom, isso é novidade.
- Desejo apenas coisas boas para vocês. - digo. - Agora se não se importam, vamos subir para aproveitar nosso casamento.
- Tudo bem, a festa está linda. - ela diz, passando o olho por todos os lados.
- Bill vai adorar saber disso. - digo, enquanto saio de mãos dadas com Tom.

- Sabia disso? - pergunto a Tom, enquanto subimos as escadas.
- Sabia que ele ia vir acompanhado, mas não sabia que estavam juntos. - ele diz, assim que chegamos na parte de cima.
As mesas ficam espalhadas pelo local, que tem uma iluminação amarelada, repleta de luzinhas que dão um charme a mais. As milhares de flores brancas, espalhadas por aqui deixam um ambiente mais romântico e claro.

Há uma pista de dança bem no centro, onde há uma espécie de tapete enorme com as nossas iniciais entrelaçadas no meio.

- Agora. - Bill diz no microfone, chamando a atenção de todos. - A valsa dos noivos!

Bibbo sempre inventando algo, sempre inovando. Obedecendo o meu (agora oficialmente) cunhado, Tom e eu seguimos até o centro, esperando que a música comece.
Para a minha surpresa, a música que toca é uma versão instrumental de can we be, a mesma música que tocava enquanto ele me pediu em casamento e a mesma que ele citou naquele bilhetinho que vinha com as flores.

- Eu sei que isso é coisa sua. - digo, enquanto começamos a dançar.
- Todos os detalhes desse casamento, tem um dedinho meu no meio. - ele diz, pertinho do meu ouvido, me fazendo arrepiar. - Não vejo a hora de te foder.
- Tom! - repreendo-o, me afastando para que possa olhar para ele, que ri junto comigo.

Os casais a nossa volta são contagiados pela música e começam a dançar junto conosco. De longe vejo Sofie e Bibbo dançando e a cena é engraçada, já que ele está parecendo um padre com essa roupa. Georg e Mia dançam e dão risada, como um casal normal e eu fico feliz por isso, sinto uma sensação de alívio.

Meu maior medo era um escândalo no casamento ou que eles continuassem infernizando a nossa vida, como fizeram desde que Tom e eu recomeçamos. Bendita hora em que decidi fugir com ele.

- Bendita hora que você decidiu fugir comigo. - ele diz, repetindo exatamente a mesma frase que eu havia pensado.
- Tem certeza que não lê mentes? - pergunto, estreitando os olhos para ele.
- Tenho. - respondeu, dando risada.
- Fico pensando no que você estaria fazendo agora, se não estivesse comigo. - digo.
- Não existe essa possibilidade. Eu estaria me casando com você. - ele começa a me girar, seguindo a música. - em todos os multiversos capazes de existir.

- Ah é? - pergunto, com ironia.
- Você me deu muito trabalho, Senhora Kaulitz. - esse nome saindo de sua boca parece uma oração, de tão bonito que é.
- Senhora Kaulitz. - repito, confirmando o que escolhemos diante de Bill.
- Posso roubar o noivo um pouquinho? - Dona Simone pergunta, chegando do nada.
- Mãe, não vou dançar com você. - ele diz, fazendo charminho.
- Todo seu. - digo, entregando a mão dele a ela.
Olho por todos os lados por um instante, mas logo sou carregada por uma avalanche de passos de dança, chamados Bibbo e Sofie.

Começamos uma espécie de ciranda, girando de mãos dadas e aproveitando feito crianças. Tenho certeza de que estou no lugar certo e com as pessoas certas, essa é a minha família: Tom, Bibbo, Dona Simone, Gustav e talvez até o Georg. Não me arrependo de nenhuma decisão. Todas que tomei, me trouxeram até aqui.

Noite a dentro foi apenas de festa, muita comida, boas conversas e boas risadas. A maioria dos convidados foi embora e agora só ficaram pessoas mais próximas, como amigos e familiares dos meninos.

- Já sabe onde vão passar a lua de mel? - Sofie pergunta, enquanto caminhamos até os corredores dos quartos.
- Ele ainda não me contou. Mas o Bibbo deve saber. Não é Bibbo? - pergunto, para que Bill nos ouça.
- Pior que não. - ele diz e a sua cara confirma que ele realmente não sabe.

Não demora muito até que chegamos no nosso quarto, onde ficaremos essa noite. Nos despedimos de todos que já estão alterados, alguns cambaleando, vestidos amarrados e saltos nas mãos.
Quando entramos, sinto a necessidade de sair desse monte de pano. Talvez o champanhe de hoje a noite tenha me deixado um pouco animadinha demais.

- Fica de vestido. - Tom diz em meu ouvido, usando aquela voz rouca que faria qualquer mulher gozar apenas de ouvir uma ordem sua. - Quero te foder assim.

𝙲𝚘𝚖 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘𝚜 𝚘𝚕𝚑𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora