**Espero que estejam gostando!!!
***A partir desse capítulo haverão momentos em que vou indicar músicas para escutarem em determinadas cenas.
Boa leitura!**[POV Luiza Campos]
Desde o caos com o pai de Albuquerque tudo voltou a ser como era antes, voltamos a ser chefe de cirurgia e chefe da ortopedia, ela parecia estar bem com isso afinal em 20 dias não havia feito nem menção de vir sequer se desculpar.
Impressionante como mesmo com tudo que aconteceu ela continua linda.
Meu subconsciente não respeita minha vontade de ficar brava com ela.
Vê-la desfilar por aí de avental no centro cirúrgico e nike zoom era a melhor parte dos meus dias sem graça já que agora nem academia eu tinha para poder treinar.
Hoje foi um dia cheio, o mau tempo sempre causa vários acidentes com múltiplas vítimas, fiz no mínimo 6 cirurgias de emergência. Durante o dia uma sensação de aperto no peito não me deixava em paz, parecia que algo ruim ia acontecer, mas até agora tudo bem.
Passa das 21h e eu preciso urgentemente de um banho e da minha cama, ás vezes é só o cansaço me vencendo.
O pequeno aparelho eletrônico vibrou em meu bolso.
"Recepção P.S."
Estranho esse tipo de chamada, chamamos assim quando se trata de algo sério de cunho interno.
Virei o corredor à direita em direção ao elevador.
- Corre, Campos. - Eduarda segurou o elevador pra mim.
- Obrigada, Duda. - sorri. - Sabe do que se trata?
- Parece que um dos nossos se feriu...
- Como assim? Sabe quem? - meu coração começou a bater tão forte que era possível ouvi-lo em meu ouvido.
- Acho que estão chamando pra falar isso, não tinham grandes informações até então.
Chegando no 1° andar, chegamos até a recepção a tempo de ouvir o pronunciamento do presidente do hospital.
- Nossos paramédicos ficaram presos no local do resgate por conta do mau tempo, mas já estão a caminho de nosso pronto socorro. - o senhor Benson limpou sua garganta. - A vítima é nossa ortopedista, no local do acidente ela conseguiu apenas dizer o nome do nosso hospital. Ela tem 26 anos e está com ferimentos graves sendo o pior deles no abdômen por trauma perfurante.
- Você viu a Albuquerque? - perguntei sentindo minha garganta quase se fechar
- Não depois das 19h, ela comentou que ia embora 20h foi a última cirurgia que tive com ela. - Eduarda notou onde eu queria chegar. - Acha que é ela?
- Peço que se mantenham calmos, sei que por se tratar de alguém conhecido e que faz parte de nosso quadro de colaboradores é mais difícil manter a imparcialidade. - o presidente do hospital se afastou da escada que era de onde dava seu recado.
- Vou preparar o leito 1 pra ela. - a chefe da enfermagem mencionou enquanto organizava o leito em questão.
- Senhor Benson, gostaria de estar a frente desse caso. Quero poder ajudar.
Se realmente aconteceu algo com ela eu precisava estar aqui pra ela.
- Doutora Campos, entendo. Eu sinto muito mas você já trabalhou o máximo que podia por hoje, seria imprudente da minha parte deixar uma cirurgiã concluindo um plantão de 36 horas operar alguém com quem tem vínculo emocional mesmo que mínimo.
Meu vínculo com ela não é mínimo. Não mesmo.
- Quanto tempo até a ambulância chegar aqui?
- 20 minutos. - seu semblante era confuso. - Vá descansar, Luiza. Seus colegas vão precisar de você quando voltar.
- Ok. - desviei meu olhar do dele e corri em direção ao elevador.
(Dê play na música Say You Love Me – Jessie Ware)
Eu precisava encontrar Valentina, ela não respondia o pager, simplesmente sumiu do hospital e em um ato de rebeldia com o meu lado emocional eu apaguei seu contato do meu celular.
-Você viu a doutora Albuquerque? - eu saí perguntando isso para todo ser humano que cruzava meu caminho.
Tinha um último lugar, o seu escritório. Não acho que ela seja o tipo de cirurgiã que durma no trabalho, mas não custa nada tentar.
Nunca senti tanta urgência em ver que alguém estava bem, a ideia mesmo que mínima de que era a Valentina no acidente me fazia perder a força.
É, isso prova um ponto.
Bati na porta do escritório incessantemente se ela estiver lá dentro e estiver dormindo ficará furiosa.
- Onde você estava?
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Predestinadas - Valu
FanfictionLuiza e Valentina são cirurgiãs de um dos hospitais mais renomados dos Estados Unidos, ambas são bem sucedidas e parecem ter o próprio futuro garantido, mas as relações complicadas em que se envolveram nunca permitiram que fossem realmente felizes. ...