CAPÍTULO 34

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***Oi! Esse capítulo ficou curto porque a outra parte dele sai amanhã! Não fiquem bravas comigo, por favorzinho!

**Boa leitura!


[POV Valentina Albuquerque]

- Não te falei sobre ela antes porque o assunto não veio a tona. - expliquei colocando a chave do carro no aparador próximo à porta após entrarmos na casa de Luiza.

- Mas amor, ela é sua ex namorada e pra você tudo bem ela ainda ficar segurando na sua mão e te beijando daquele jeito? - Luiza estava visivelmente incomodada, parecendo se esforçar para não deixar sua emoção falar antes de sua razão.

- Oi? - ela entendeu tudo errado. - Quem te disse que que ela é minha ex namorada?

- Sua mãe disse que ela era uma ex. Uma ex mal resolvida. - Luiza se sentou no canto do sofá de três lugares de sua sala com as pernas próximas ao seu peito, encolhida.

- Amor, nós nunca namoramos. Apenas ficamos algumas vezes. Há no mínimo 6 anos, foi até antes de eu me casar. Nunca namoramos porque eu nunca quis. - acariciei sua perna carinhosamente enquanto falava. - Minha mãe colocou na cabeça dela que é mal resolvido porque eu não correspondo e pra ela é só questão de tempo até eu ceder e namorar com a Jordan.

- E o compromisso de amanhã? - Luiza me olhava atentamente.

- É uma reunião anual onde todos os clubes de boxe de Nova York participam, ela estará lá com todos os outros atletas da academia. Inclusive, assim como você se for fazer parte da equipe.

- Mas por que ela agiu daquele jeito, com tanto contato físico e etc?

- Ela sempre agiu assim, eu não ligo porque o sentimento não é correspondido e ela bem sabe disso. - sentei no outro canto do sofá em que Luiza estava, mas de frente pra ela.

- Mas amor, se não é correspondido você precisa ser responsável com os sentimentos dela por você e não deixar ela ficar achando que tem abertura pra te tocar dessa forma. - Luiza parecia bem mais calma. - Mesmo que tivessem namorado, que ela fosse uma pessoa importante pra você ainda, eu não ligaria de irem no mesmo evento.

E Luiza tinha razão, do meu ponto de vista era normal e sem valor aquela interação, mas para Jordan, cada atitude minha tinha um peso diferente.

- Você tem razão, preciso estabelecer limites, amor. - me aproximei sentando do lado de Luiza. - Você me desculpa por hoje?

Nem todo relacionamento entre duas mulheres precisa ser repleto de ciúmes, brigas e desentendimentos essas coisas fazem parte de qualquer relação, mas não devem ser o foco. Constantemente exaltam DR's e atritos sem se lembrarem de que aprender algo com uma conversa e/ou ficar bem com quem se ama é o que realmente importa.

- Tá tudo bem - Luiza continuava fechada. - O sentimento não é recíproco né?

- Claro que não. Eu amo você e só você. - sorri beijando o rosto de Luiza devagar.

- E eu amo você. - Luiza respirou fundo e ao final da frase relaxou no sofá.

Me afastei um pouco mais para dar o espaço que ela precisava naquele momento. Ficamos em silêncio por um longo minuto. Suspirei fundo e em um movimento conduzido totalmente pelo coração, me lancei em direção a ela, que para minha surpresa fez exatamente a mesma coisa ao mesmo tempo que eu.

Nossos corpos se chocaram quando iniciamos um beijo intenso, puxei o quadril de Luiza na direção do meu na intenção de debruçar sobre ela no grande sofá de couro preto de sua sala.
Após conduzir Luiza até o sofá, interrompi o beijo e mordisquei o seu lábio inferior. Me afastei para olhar em seus olhos.

- Me desculpa se o hoje te deixou insegura. Você é a minha maior e única certeza todos os dias, meu amor.

- Demorei muito pra te encontrar, não quero te perder... - Luiza encostou sua testa na minha.

- E não vai. - subi uma das mãos pela barriga de Luiza devagar.

- Você não perde tempo, né? - finalmente um sorriso escapou de seus lábios.

- Não posso me dar ao luxo de perder sequer um segundo com você. - sussurrei baixinho em seu ouvido enquanto contornava seus seios com as pontas dos dedos.

- E eu também amo isso em você...

- Por que sinto que vem um "mas"? - escondi o rosto em seu pescoço.

- Porque tem - Luiza riu e saiu de baixo de mim na mesma velocidade que eu caí sobre ela antes.

Ela atravessou a sala correndo em direção a cozinha enquanto eu beijava o sofá com o rosto escondido nele.

- Luizaaaa, o que está acontecendo? - ela procurava algo na ilha da cozinha.

- Achei! -  Luiza apareceu com duas taças e uma garrafa de vinho da mão.

- O que é isso? Eu sei que é um vinho, mas qual a ocasião? - ajoelhei no sofá.

- Precisamos comemorar a mais nova treinadora e proprietária da maior academia de boxe de Nova Iorque! - Luiza servia o vinho em duas taças de vidro. 

Em meio ao tanto de desdobramentos que aconteceram nas últimas horas, me esqueci totalmente de que a academia era minha, uma conquista enorme ofuscada por um drama familiar que quase me engoliu. De novo.

- Um brinde à professora, - Luiza beijou brevemente minha testa. - atleta, - em seguida beijou minha bochecha. - cirurgiã e chefe mais incrível que conheço. - Luiza finalizou me dando um selinho.

- Obrigada pelo reconhecimento, amor. - brindamos antes de bebermos um pouco do vinho daquela taça.

Depois de comemorarmos a conquista da academia, tomamos um banho relaxante e fomos dormir, afinal, muitas coisas estariam por vir no dia seguinte.

Predestinadas - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora