CAPÍTULO 39

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[POV Valentina Albuquerque]

O dia seguinte após tomar uísque sempre te faz prometer nunca mais beber nada além de água pelo resto da vida.

Como em todos os dias, Frida abriu as persianas ás 8h da manhã, fazendo com que a claridade invadisse o ambiente e me acordasse de forma natural. Ser acordada por sons altos ou despertador sempre me deixou de mau humor, então toda chance de evitar estresse, eu aproveitava.

Mesmo sabendo que era hora de levantar, demorei a abrir os olhos porque já sabia da dor de cabeça que viria quando o fizesse. Então sem mexer o resto do corpo estendi uma das mãos para sentir Luiza do outro lado da cama, até perceber que ela não estava. Na mesma hora me virei bruscamente e abri os olhos, nada dela no quarto.

- Ai! - exclamei após a pontada de dor que senti na cabeça. Me sentei na cama e a náusea veio com força.

- Princesa? - passos apressados se tornaram audíveis. - Tá tudo bem?

- Minha cabeça... - sussurrei escondendo o rosto nas mãos. Te procurei na cama e não te achei, aí levantei rápido demais.

- Aqui, - Luiza se aproximou da mesa de cabeceira do meu lado da cama e pegou alguns comprimidos que estavam lá junto a um copo d'água. - trouxe um pra enxaqueca e outro para seu estômago.

- Obrigada.. - sussurrei baixinho por conta da dor tomando os remédios em seguida. - Aliás, como você está, meu amor?

Luiza usava apenas minha camisa social de seda que fazia de pijama e um short curto no mesmo tecido na cor preta. Gostosa como sempre. Por mais que estivesse visivelmente cansada de ontem, ela parecia feliz, arrisco dizer que pelo mesmo motivo que eu.

- Bem, saí da cama mais cedo pra preparar nosso café da manhã. - Luiza se sentou ao meu lado na cama. - Por que não vai tomar um banho pra aliviar essa enxaqueca? Os remédios farão efeito nesse meio tempo.

- Primeiro preciso dar um bom dia decente pra minha namorada maravilhosa. - virei seu rosto na direção do meu segurando-o pelo queixo delicadamente e toquei seus lábios com os meus por longos segundos. - Bom dia, meu amor. E obrigada por cuidar de mim. Afinal, o que seria de mim sem a Super Doutora Luiza?

- Olha, pensando bem, não sei não - Luiza riu. - Até porque ô mulher fraca pra bebida viu!

- Achei ofensiva essa sua fala - rimos juntas do meu drama.

- E não precisa me agradecer por cuidar da mulher que eu amo. Bom dia, meu bem.

- Eu também te amo, princesa. - sussurrei antes de beijar sua testa. - Então vou seguir minhas recomendações médicas, quer vir comigo?

- Não é uma má ideia até porque já pensei em pelo menos dez coisas diferentes que faria com você naquela banheira, - Luiza prendeu meu lábio inferior com os seus brevemente puxando-os para si. - mas preciso concluir o café da manhã e me arrumar também. Te espero na cozinha, vê se não demora, tá?

- O que está fazendo de bom? - estiquei o pescoço na direção da cozinha enquanto caminhava para o banheiro na tentativa de ver o que Luiza fazia na bancada.

- Nada que você deva ver agora, senhorita Albuquerque! Já pro banho! - Luiza ria cobrindo meus olhos com as mãos e me dando vários tapinhas na bunda.

- Tô indo, mas quanto mistério, né? - ri de seu desespero.

Após um breve e relaxante banho quase frio, me sentia bem melhor. No fim das contas, os remédios comuns e o banho em si, eram complementos, o verdadeiro remédio para toda e qualquer dor ou fase ruim se chamava Luiza Campos.

Predestinadas - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora