CAPÍTULO 71

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[POV Valentina Campos Albuquerque]

- Tina, sua cicatrização, mesmo com os contratempos, está perfeita. Vou te liberar para praticar atividade física com média intensidade. - Samantha terminou de me examinar e como esperado tudo estava em perfeita ordem.

- Eu já teria me liberado a décadas. - vesti minha regata novamente.

- Que bom que você não está no lugar de médica agora não é mesmo?

- Tá vendo porque eu sou a irmã mais legal? Grossa

- Não me testa, Valentina.

- Mais ameaças vazias... - provoquei e como resposta ia levar um soco no ombro quando minha cunhada chega com um timing perfeito.

- Samantha Albuquerque! Você não ia bater na sua irmã recém operada, ia?

- Ia, mas era com motivo - minha irmã revirava os olhos como quem sabia que essa história já se repetiu antes durante nossa infância inteira.

- Parei de ouvir quando disse que ia - Eduarda encarava sua namorada com muito mais seriedade do que costumo esperar dela.

- Insuportável! - Samantha falou baixinho ao passar por mim e sair do cômodo onde estávamos.

Desde que viemos para casa, se passaram duas semanas, nesse tempo aproveitamos para descansar, recarregar as energias e trabalhar em nossa mente o que passamos no mês passado.

Fizemos fisioterapia e nos estabelecemos na casa que comprei pra gente logo após o casamento. Contratamos uma equipe de segurança para vigiar o perímetro caso os genitores de Luiza nos encontrassem. Sobre eles, não tivemos mais notícias, eles desapareceram no mapa de novo, mas tanto a intuição de Luiza quanto a minha me diz que eles estão à espreita.

Hoje, minha irmã e minha cunhada vieram nos fazer uma visita mais médica do que pessoal, já que finalmente vão nos liberar para a prática de atividade física.

Nesse meio tempo nos conectamos ainda mais como casal e conversamos muito sobre nosso futuro. Sobre nossa família.

- Amor! - Luiza me chamava ao longe, parecia estar no andar de baixo.

- Tô indo! - desci as escadas com certa pressa sem entender muito bem do que poderia se tratar.

Ao chegar na sala de estar, Luiza que estava do outro lado, atravessou a sala sorrindo e me abraçou forte.

- Tudo bem? - falei em seu ouvido.

- Eu fui liberada! - sua voz estava embargada, a alegria era tanta que ela estava chorando.

- Jura??? - a agarrei pela cintura e a tirei do chão por um curto período de tempo. - Tô tão orgulhosa, meu amor!

- Tina! - minha irmã me repreendeu pelo esforço excessivo.

- Deixa elas, amor. Finalmente vão voltar a transar, não aguentava mais a Lu reclamando!

- Eduarda! - após me soltar do abraço, foi a vez de Luiza repreender a amiga.

- O quê gente? Tô defendendo vocês ainda

- Discreta como um elefante numa loja de cristais. - Samantha estava vermelha de vergonha pela namorada, mas a própria sequer se incomodou. - Vamos, temos muita coisa pra resolver no hospital.

- Vamos, temos mesmo. Tchau Valentina, espero novidades sobre esse casal transante em breve. Beijo, Lu.

- Céus! Como pode ser tão cara de pau? - acompanhamos as duas até a porta principal.

Predestinadas - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora