CAPÍTULO 43

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[POV Valentina Albuquerque]

- Você é minha, Valentina. E agora que te encontrei não vou ousar te perder de vista outra vez. - recuei sentindo a mesa de madeira atrás de mim quando me choquei com ela.

Olhei para fora através da grande parede de vidro blindado da sala de conferências e Luiza estava encostada na parede do outro lado do corredor, com os braços cruzados olhando diretamente pra mim com certa preocupação, mas como quem esperasse o comando pra entrar nessa sala.

- Eu não sei de onde você tirou isso de que sou propriedade sua, aliás não sou um objeto pra ser  de alguém desse jeito. - me aproximei ficando cara a cara com Giovanna enquanto que, sem que ela visse, gesticulava para Luiza para que ela não entrasse na sala. - E fique tranquila porque também não quero te perder de vista, não até você pagar por absolutamente tudo que fez não só pra mim, mas também pelo que está fazendo com tanta gente inocente.

- É isso que vamos ver, Albuquerque. - Giovanna sorriu de forma melancólica.

- Com certeza você verá, Luschesi. - me afastei e saí da sala sem olhar para trás. Segui em direção à Luiza.

Ao contrário de todas as vezes que tentei bater de frente com Giovanna, dessa vez eu me senti mais racional, sem deixar minhas emoções me dominarem totalmente como quando soube que ela simplesmente mandava aqui. Além disso, também me senti forte o suficiente para falar o que precisava.

Enquanto caminhava na direção de minha namorada, finalmente soltei o ar que até então eu nem sabia que estava preso em meus pulmões. Ver que Luiza estava por perto para intervir caso necessário me deixou ainda mais confiante e confortável para finalmente me impor. Ela foi vital nesse processo.

Meu coração parecia querer sair pela boca, eu sentia sim muito medo por ela estar por perto e por saber que Giovanna não tem escrúpulos. Mas por outro lado, um misto enorme de alívio e felicidade tomava conta de mim, sentia como se tivesse finalmente encontrado minha voz.

- Tá tudo bem? - Luiza me olhava sem entender.

- Me leva pra sua sala - Luiza prontamente começou a me conduzir até sua sala de chefe da cirurgia geral.

Ao entrarmos em sua sala ela trancou a porta tanto da sala quanto de seu quarto de descanso para que tivéssemos privacidade.

- Princesa, eu não entrei na sala porque você disse que queria enfrentar ela. Fiz mal?

- Claro que não, amor. Eu sei que pedi que fosse assim e agradeço por ter me dado esse espaço. Eu precisava enfrenta-la sozinha naquele momento.

Embora Luiza sempre estivesse ao meu lado me defendendo de todas as coisas ruins que se desenrolaram até aqui, haviam situações que eu precisava lidar sozinha e até nisso ela foi perfeita, principalmente por ter me apoiado e cuidado ao mesmo tempo em que me deu o espaço necessário para superar essa questão.

- Amor, sabe quantas vezes eu tentei reagir a uma agressão? Várias. E você sabe quantas vezes consegui encontrar palavras para reagir a alguma ofensa dela? Nenhuma.

- Meu bem, eu tô tão feliz por você! Tão orgulhosa, você é a pessoa mais forte que conheço! - Luiza abriu um largo sorriso.

- Você foi crucial nisso. Você... Olha Luiza Campos...você é o amor da minha vida. - a puxei para um abraço apertado. - Eu te amo tanto..

Luiza a essa altura não sabia se sorria ou se chorava.

- Eu amo você. - respondeu.

Dê play na música Bleed For You - Elvis Drew feat. Nazaki

Nos soltamos do abraço e nos entreolhamos, era possível sentir o hálito fresco de Luiza de tão próximas que nossas bocas estavam. Seus olhos desviaram dos meus para a minha boca, minhas mãos deslizaram rapidamente por suas costas até chegarem em sua nuca e ali todos os nossos sentidos já gritavam o que queriam: eu preciso sentir minha mulher e preciso agora.

Puxei Luiza para um beijo lento e carregado de emoções. Sua língua deslizava sobre a minha com tranquilidade me fazendo suspirar enquanto eu segurava em seu cabelo sem muita força.

Luiza me envolveu pela cintura e sem interromper o beijo me conduziu até sua cama. Ela me deitou lentamente sobre a mesma ficando por cima de mim e uma a uma nossas roupas foram ficando espalhadas pelo chão até estarmos apenas com nossas roupas íntimas.

Parei de beija-la para olhar em seus olhos rapidamente, antes de inverter nossas posições, ficando agora por cima de Luiza. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, segurei os braços de Luiza ao lado de sua cabeça entrelaçando os dedos de minhas mãos nos dela para que pudesse explorar cada centímetro de seu corpo com a minha boca.

O peito de Luiza subia e descia rápido, denunciando uma respiração cada vez mais ofegante enquanto eu deslizava meus lábios pelo seu pescoço intercalando beijos com leves mordidas. Chegando no vale entre os seios de Luiza, soltei suas mãos para que pudesse massageá-los devagar ao passo em que beijava sua barriga, descendo até seu quadril.

Depois de certo tempo, me sentei na cama e puxei Luiza para meu colo, retomando um beijo agora mais intenso enquanto Luiza deslizava lentamente as pontas dos dedos por minhas costas. Entre um beijo e outro, nos olhávamos e eu tinha cada vez mais certeza de que estava frente a frente com a mulher da minha vida.

Luiza chupou o lóbulo de minha orelha antes de gemer baixo em meu ouvido, me fazendo arfar e sorrir em resposta. A conduzi até a cama ficando por cima dela de novo. Lentamente deslizei a mão por sua barriga até chegar no cós de sua calcinha onde parei tudo que estava fazendo para olhá-la.

- Eu te amo - sussurrei com os lábios próximos aos dela enquanto deslizava minha mão para dentro de sua calcinha.

- Eu te... - introduzi dois de meus dedos em sua vagina quente, apertada e completamente molhada. Fazendo-a perder o ar antes que pudesse sequer terminar de falar. - ...eu te amo. Com certeza o eu te amo mais sincero que já ouvi.

Sem desgrudar meu corpo do dela, usei o peso de meu quadril para introduzir meus dedos dentro dela com a força certa e a cada movimento de vai e vem, Luiza deixava escapar gemidos baixos que me enlouqueciam. Aumentei a velocidade sentindo meu coração disparar e minha respiração por vezes falhar, assim como a dela.

Encostei minha testa na de Luiza e fechei os olhos enquanto sentia aquela sensação se construir dentro de nós, sua vagina fazia pressão sobre meus dedos e eu já não tinha mais controle do orgasmo que me dominava covardemente. Nossos corpos tremiam levemente enquanto aquela onda de eletricidade nos percorria, como se corresse de mim para ela e dela para mim usando meus dedos como canal para tal.

Aos poucos a tensão muscular foi cessando enquanto tentávamos recuperar o fôlego. Após retomar o controle de meu corpo, deitei ao lado de Luiza e de frente para ela busquei seu olhar.

- Você é a melhor pessoa que eu poderia ter escolhido para dividir a vida - sorri ao me deparar com uma Luiza cansada e sonolenta. - Obrigada por tudo, meu amor.

- Não tem que me agradecer por nada, princesa. Será sempre eu por você e você por mim,

- E nós duas contra o mundo, se for necessário. - falamos ao mesmo tempo.

Predestinadas - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora