CAPÍTULO 14

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[POV Valentina Albuquerque]

- Como assim "onde eu estava?" - do nada uma furiosa Campos bateu em minha porta. Seu olhar carregava uma angústia sem tamanho e estavam marejados.

- Céus... - abri mais a porta permitindo sua entrada. - O que aconteceu?

- Eu achei que.. - as lágrimas caíam desenfreadamente agora. - você tinha se machucado.

A levei até a cadeira do escritório e ajudei a se sentar.

- Vou pegar água pra você. - me dirigi até o filtro próximo da entrada do quarto. - Eu estou bem, só precisei vir dormir pra não apagar dirigindo pra casa.

-Droga, Albuquerque.. - Luiza passava as mãos pelos cabelos como se aquilo organizasse seus pensamentos. - Não dá.

- Luiza, eu preciso que você respire e me diga o que está acontecendo. - Tirando a parte que ela achou que eu tinha me machucado, não estava entendendo mais nada. Seus olhos castanhos me olhavam com intensidade.

- E eu preciso de você, Valentina... - aquele tom de voz me atingiu como um soco.

Um turbilhão de sensações tentavam escapar por cada centímetro de minha pele.

Meu instinto foi puxá-la para cima deixando-a em pé, a olhei nos olhos e como se minha vida dependesse disso a abracei. Forte. Tentando mostrar que nada mais iria se colocar entre a gente dessa forma.

- Me perdoa? Sei que deveria ter ido falar com você. - desabafei.

- Eu entendo, você estava cuidando do seu pai recém operado.

- Isso não me isenta de não ter tido a menor responsabilidade afetiva com você. - eu dizia enquanto secava as lágrimas nas bochechas de Luiza. - Nunca mais farei isso, eu prometo.

- Eu senti tanto, mas tanto sua falta... - seus braços que antes estavam repousados na minha cintura agora passavam pelo meu pescoço.

- E eu a sua, Luiza. - sorri tirando uma mecha de seu cabelo da frente dos seus olhos.

Meu corpo gritava desesperadamente pelo dela e não podia esperar mais. Deixei apenas uma das mãos apoiada em sua cintura e com a outra acariciei seu rosto lentamente enquanto aproximava nossos lábios.

Sua boca se abriu levemente como quem desse permissão para que o beijo continuasse. Só após o primeiro contato de minha língua com a sua, me dei conta de que estava louca de saudade de sentir o gosto de seu beijo.

As mãos de Luiza que estavam ao redor de meu pescoço rapidamente desceram até meus ombros me empurrando contra a porta do escritório logo após fechá-la.

A segurei firme pela cintura e inverti nossa posição, agora com ela contra a porta me afastei o suficiente para encontrar seu olhar e antes de dar continuidade ao beijo, tranquei a porta.

Podia jurar ter visto os pelinhos de seu braço se eriçarem após esse ato.

Quando comecei a deslizar minhas mãos por baixo de sua camisa, Luiza fechou os olhos jogando sua cabeça para trás e senti sua pele quente arrepiar ainda mais, quanto mais subia as mãos, mais irregular sua respiração ficava.

Suas mãos agora entrelaçadas no meu cabelo me puxavam para um beijo voraz, tornando aquele escritório o lugar mais quente que eu já havia estado.

- Quer ir pro quarto? - perguntei ofegante entre os selinhos que ela me dava.

- Por favor. - Campos desgrudou os lábios dos meus e olhou como se pudesse fazer qualquer coisa comigo. Até porque ela podia.

A puxei por uma das mãos pelo escritório até chegarmos no quarto. Suas mãos desceram até minha bunda, apertando-a com gosto.

Predestinadas - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora