CAPÍTULO 15

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[POV Luiza Campos]

- Samantha acordou. - sussurrei em seu ouvido enquanto a abraçava e olhava o pager com uma das mãos.

- Vou com você.

- Deixa eu colocar seu tênis pra você. - ela não bateu de frente comigo, realmente estava abalada.

- Obrigada.

Coloquei seus sapatos rapidamente.

- Tô aqui se precisar de ajuda. - Valentina ficou de pé e parou por cinco segundos para encontrar seu equilíbrio.

- Vamos. - seguimos até o quarto de Samantha na UTI.

Chegando ao quarto a paciente estava acordada e ainda bem grogue por conta da medicação conversando com o presidente Benson.

- Fico feliz que se sinta melhor, senhorita Albuquerque.

- Eu também. - seu semblante era tão sério quanto o de Valentina.

- Boa noite, doutora Albuquerque. Me apresentei para a paciente.

- Obrigada por salvar minha vida.

- Sorellina... E lá se foi minha tentativa de fazer uma surpresa pra você.

- Oi Sam. - Valentina respondeu em tom preocupado. - Você precisa descansar.

- Pelo que tudo indica suas funções neurológicas não foram comprometidas. Vou pedir mais alguns exames e o próximo passo é a reconstrução da sua mão.

- Vou poder operar de novo?

- Posso ver o raio-x da mão dela? - Valentina estendeu a mão esperando pelo tablet.

- Claro.

- Você vai precisar de uma reconstrução total da sua mão esquerda. - Albuquerque concluiu.

- Não, você não está vendo direito. Me deixa ver!

- Samantha.

- Valentina. - Albuquerque colocou o tablet na frente da irmã exibindo as fraturas que levaram à sua recomendação.

- Não.. - Samantha começou a convulsionar.

- Ministrando diazepam. - Amber, a enfermeira assistencial do caso avisou.

Quase que imediatamente Samantha apagou.

- Vou levá-la para a tomo. - juntamente com outros enfermeiros, Amber preparava Samantha pra ir para a tomografia.

- O ortopedista que vai assumir seu lugar por enquanto está aqui, vai assumir o caso da sua irmã. - ela precisa de tempo para se recuperar, iremos reconstruir sua mão. Enquanto isso você precisa descansar.

- Ok, me avise caso haja mudança no quadro dela.

- Certo.


[POV Valentina Albuquerque]

Sempre fui o tipo de pessoa que tentava sempre ser o mais racional quanto possível e Samantha não era diferente. Ambas sabíamos que ela ficaria sedada até estar forte o suficiente para conversar sobre sua mão.

Já se aproximava da meia noite e após pensar mil vezes se deveria, me troquei e segui rumo a minha casa.


Eram pelo menos 3 horas da manhã e se consegui dormir por 1 hora era muito. Resolvi checar o celular e ver se alguém do hospital havia me atualizado sobre minha irmã.

Predestinadas - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora