CAPÍTULO 22

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[POV Valentina Albuquerque]

Não demorou mais que dois segundos para que eu abandonasse qualquer resquício de sanidade e fosse até aquele vestiário na intenção de ter Luiza em meus braços de novo. Ao chegar lá, Luiza já estava nua e no chuveiro, com seu cabelo preso agora em um coque, me encarando. 

- Oi... - ela sorria sob a luz forte do vestiário que deixava seus detalhes perfeitos ainda mais visíveis. - Não é contra as regras da academia a professora ter esse tipo de relação com a aluna?

- Oi. - comecei a tirar a roupa para que pudesse me juntar a ela. - Pode até ser com outras pessoas, mas como faço as regras aqui, isso não importa.

Respondi me juntando à Luiza e em seguida a virando de costas para mim e encostando-a na parede enquanto sentia a água quente do chuveiro correr por entre nossos corpos.

(Dê play na música Powerful - Major Lazor ft. Ellie Goulding)

Fiz uma trilha de beijos do meio das suas costas até o lóbulo de sua orelha, que prendi brevemente entre meus lábios, ao mesmo tempo subi as mãos pelo abdome de Luiza e ao chegar em seus seios os apertei com gosto. Em resposta, senti seu corpo se arrepiar e sua respiração se tornar mais pesada.

Luiza virou-se rapidamente de frente para mim e me empurrou contra a outra parede do boxe do chuveiro. Me encarando dos pés a cabeça, ela deu um passo em minha direção e iniciou um beijo intenso acariciando meu rosto com uma de suas mãos.

Durante o beijo de tirar o fôlego, agarrei Luiza pelas coxas e a puxei para cima, a segurando no colo e as mãos de Luiza passaram ao redor de meu pescoço. Iniciei uma trilha de beijos pelo seu pescoço me aproximando cada vez mais do seu ouvido e sorri no momento em que um gemido fraco escapou de sua boca. Deixei suas pernas penderem até tocarem o chão novamente e apertei sua cintura com força.

- Sexo no chuveiro... - ela começou a sussurrar no meu ouvido.

- É superestimado. - sorri completando seu raciocínio.

- Exatamente. - Luiza fechou o registro do chuveiro momentos antes de eu conduzi-la para o fundo do vestiário, onde haviam alguns armários e pouquíssima luz.

Ao chocar nossos corpos contra um dos armários, retomamos um beijo intenso e Luiza deslizou as mãos por minha barriga com o objetivo de alcançar o meio de minhas pernas.

- Quem disse que você pode colocar a mão aqui? - sussurrei sorrindo e encerrando o beijo, virando-a de costas pra mim novamente. - É minha vez de te fazer gozar até não aguentar mais.

Desci a mão direita por sua barriga lentamente e devagar deslizei dois de meus dedos sobre seu clitóris quente e úmido com movimentos circulares.

- Valen... - sua voz saía fraca e sua respiração estava extremamente ofegante.

- Oi? - Luiza acompanhava meus movimentos colocando sua mão direita sobre a minha.

- Me fode. - aquele pedido se misturou com um gemido a medida que eu acelerava os movimentos no seu clitóris. - Agora!

Luiza tentou empurrar meus dedos para dentro de si, mas tirei a mão antes que pudesse fazê-lo.

- Amo te ver assim - sorri com a visão de uma Luiza totalmente entregue e cheia de tesão.

Com a mão esquerda cuidadosamente apoiada em seu pescoço, introduzi dois dedos da mão direita em sua vagina devagar e o mais fundo que pude.

- Ohhh! - Luiza rebolava em meus dedos enquanto gemia tentando aumentar ainda mais o contato e aquilo me deixava louca. Sua vagina estava tão quente, tão molhada e sentir todas aquelas sensações ouvindo ela implorar por mais chegava a ser enlouquecedor.

Luiza colocou a boca bem perto de meu ouvido e gemeu baixinho enquanto nossos corpos se movimentavam como um só. Dentro dela ficava cada vez mais apertado e eu sabia o que aquilo queria dizer.

- Não..não para! - sua respiração ficava mais pesada a cada movimento de entra e sai de meus dedos em sua vagina. Durante todo o tempo, fazia questão de beijar o contorno de seus ombros e nuca e a cada toque sua respiração se tornava mais intensa.

A essa altura aquela sensação também se construía dentro de mim, com nossos corpos colados um no outro, era possível sentir seu coração acelerado, gotas de suor escorrendo entre nós e nossa respiração ofegante se misturar ao eco do vestiário vazio. Dar prazer para Luiza me deixava extremamente excitada.

Ao sentir que ela chegava ao seu limite, acelerei os movimentos até finalmente sentir seu corpo contrair em resposta ao orgasmo que estava tendo, poucos segundos depois seu líquido escorria por meus dedos, o que me deixou a beira de eu mesma ter um orgasmo.

(Dê play na música Dangerous Woman - Ariana Grande)

Luiza virou de frente para mim, me encarando como se estivesse faminta e eu fosse sua presa. Lentamente ela se abaixou na minha frente e ergueu uma de minhas pernas, apoiando-a no banco do vestiário, sem desviar seu olhar do meu. E tudo que eu podia fazer era observar, não tinha condições e sequer a menor vontade de resistir àquele olhar.

- Amor... - minha voz falhava.

- Shhh - Luiza passou a língua por minha coxa fazendo questão de limpar o líquido que havia escorrido ali enquanto agachava. Após estar totalmente agachada, senti sua língua quente deslizar dolorosamente devagar até meu clitóris, onde agora fazia movimentos lentos e circulares.

- Céus! - deixei a cabeça pender para trás na tentativa de lidar com aquela onda de prazer que praticamente tomava meu corpo, mas foi em vão. Olhei novamente para baixo e seus olhos castanho escuros estavam cravados nos meus, carregados de tesão e malícia.

Luiza cravou seus dedos em minhas coxas e introduziu sua língua em meu canal vaginal, com gosto, como se eu fosse sua. Até porque já sou dela há muito tempo.


Agarrei em seu cabelo e comecei a rebolar em seu rosto vagarosamente afim de sentir mais de sua língua dentro de mim em meio a vergonhosos gemidos.

-Luiza... - minha respiração extremamente ofegante me impedia de falar com clareza.

- Não vou parar, meu bem. Não até fazer você gozar, - Luiza beijava a parte interna de minha coxa. - na minha boca.

Joguei minha cabeça para trás sentindo como se eletricidade pura corresse em minhas veias, e assim que ela me puxou mais para si, explodi em um orgasmo intenso e muito melhor do que jamais imaginei que poderia sentir.

Luiza se levantou limpando o canto de sua boca buscando meu olhar e ao encontrá-lo sorriu para mim. Em seguida, ela me envolveu em seus braços, percorrendo meu colo e pescoço com seus lábios, me dando tempo para recuperar o fôlego.

-É... - senti minhas bochechas esquentarem de vergonha com o que iria dizer, mas fazer o quê? Precisa ser dito. Busquei seu olhar e acariciei calmamente seu rosto.

- Oi princesa? - seu olhar era compreensivo, mas acusava certa preocupação com o que eu diria.

- Estou completamente apaixonada por você. - se antes minhas bochechas estavam quentes, agora pegavam fogo.

Os olhos de Luiza brilharam como eu nunca havia visto antes e seu largo sorriso era o mais lindo que eu já havia visto na vida.

- E eu por você, meu bem. - seus lábios tocaram os meus brevemente. - É impossível não se apaixonar por você.


Predestinadas - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora