CAPÍTULO 18

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*Esse é um dos meus capítulos preferidos por um milhão de motivos diferentes!

**Tem duas músicas para ouvirem nesse capítulo, esperem que gostem.

***Boa leitura!

[POV Luiza Campos]

"21 de setembro de 2023 - 6h" A viagem de Albuquerque se estendeu mais do que esperado, após diversas complicações da cirurgia. Não tínhamos previsão de retorno.

Samantha Albuquerque foi transferida para o Hopkins para ser operada nesse meio tempo por sua irmã.

A saudade apertou muito nesse fim de semana, foram muitos desencontros e estava difícil para nós duas toda essa distância. Mas para uma coisa isso serviu, nos aproximamos muito conversando por mensagem, descobri muito sobre ela e ela sobre mim.

- Então você está ficando com a gata da Albuquerque? - Eduarda me olhava com um sorriso malicioso no rosto.

- Sim Duda, faz algum tempo na realidade. - depois de um fim de semana de Eduarda perguntando insistentemente, revelei.

- E você gosta dela?

- Sim, gosto. Apesar do que aconteceu com o pai dela quase ter nos afastado...

- Você disse que ele tem uma doença degenerativa não é?

- Ele tem Alzheimer em estágio avançado. Sei como essa condição pode ser triste e cruel, mas...

- Se nos momentos lúcidos ele fala e faz coisas bizarras como essa tem traços de quem ele é nisso.

- Exatamente. Então estou bem atenta a qualquer intervenção dele.

Eduarda está comigo em casa, é segunda de manhã, depois de um domingo bem solitário, visto que era para Valentina ter retornado ontem de manhã e quando estava prestes a embarcar em seu helicóptero, o paciente teve uma emergência.

Havíamos planejado sair para jantar assim que ela chegasse e deixasse suas coisas em casa.

- Estou feliz que esteja finalmente conseguindo se abrir, literalmente, - ela deu uma risadinha. - para alguém.

- Oi oitava série? - brinquei. - Obrigada por ficar feliz por mim, amiga, você sabe que seu apoio significa muito pra mim.

- Claro. Mesmo você sempre ignorando todos os meus conselhos sempre, dou o meu melhor.

Após um fim de semana com muito treino, muita conversa e filmes clichês, minha melhor amiga e irmã de consideração precisa ir para seu turno no hospital que diferente de mim, inicia as 7h.

- Te amo, Duda. - abracei a mulher de um metro e meio. Antes de abrir a porta para que pudesse sair.

"Um metro e meio não, quase um metro e sessenta. Me respeita" sorri ao lembrar do seu melhor e único argumento que usava quando alguém a chamava de baixinha.

- Te amo, Lu. Obrigada pelo fim de semana, nos vemos no hospital. - Martin abriu a porta e ao acompanhá- lá até a calçada, do outro lado da rua uma cena me tirou o fôlego.

- É a minha deixa. - Martin falava ao fundo enquanto saía com o carro.

Do outro lado da rua, com os braços cruzados, apoiada em seu Audi A3 com uma jaqueta de couro preta estava Valentina Albuquerque, - com o cabelo solto e diferente do liso escorrido, agora seu cabelo estava ondulado - a razão de todos os meus suspiros e sonhos.

Que mulher, céus! O que eu faço? - Valentina sorria diante da minha expressão de completa surpresa e caminhava em minha direção.

Deixei todo e qualquer receio de lado e corri para seus braços, quando cheguei perto pulei no seu colo, agarrando seu pescoço e escondendo meu rosto nele.

Predestinadas - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora