CAPÍTULO 19

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[POV Valentina Albuquerque]

Após as muitas carícias que trocamos no banho, agora nos vestíamos no quarto de Luiza e uma certeza se construía em meu peito. Estou apaixonada. Estou MUITO apaixonada por ela.

- Achei seu sutiã! - Campos balançava o sutiã ao lado da cabeça depois de pegá-lo embaixo da cama.

- Obrigada! - respondi com o mesmo tom de empolgação e sorri, terminando de colocar meus sapatos sentada na poltrona próximo a janela do quarto.

Luiza vestia uma calça social na cor preta que caía com perfeição em seu corpo maravilhosamente definido e um sutiã na mesma cor. Essa postura de chefe da cirurgia é muito sexy.

- Amor, você precisa parar de ser tão gata. - levantei da poltrona onde estava e caminhei até ela, a abraçando por trás.

- Mas tô só me vestindo, meu bem. - Luiza virou-se de frente para mim. - E você precisa parar de me abraçar sem estar completamente vestida, aí eu te agarro e sou a errada.

- Eu não ligaria. - sorri beijando sua testa. - Mas dirigi muito e estou com muita fome.

- Não ia voltar de carona com o helicóptero do hospital pra cá?

- Vim do Hopkins pra cá de carro, amor. Se fosse vir de helicóptero chegaria amanhã pela tarde. - expliquei. - E eu precisava te ver.

- Se está tentando me fazer amar você, está conseguindo.

Senti minhas bochechas corarem, talvez porque era mais fácil ouvir essa possibilidade na minha cabeça do que ouvi-la falar em voz alta.

- Eu.. é, não estava tentando não, na verdade. - Recomponha-se!

- Amor, eu não esperava por isso... - ser sincera e bem resolvida quanto ao que sinto me parece a melhor e única solução.

- Calma, eu ainda não disse aquilo - seu tom de voz era calmo, compreensivo. - Vamos descer?

Já estava vestida. Com um estilo mais despojado e confortável do que costumava usar.

- Vamos, estou pronta. - arrumei o cabelo e segui atrás de Luiza.

Agora na cozinha, consigo observar melhor sua casa, é moderna, grande, com porcelanatos brancos no chão e toda a cozinha com mobília e eletrônicos em preto. Seguindo a mesma linha que o quarto.

- Que cozinha incrível. - pensei alto enquanto observava o lugar. - Você tem muito bom gosto, Campos.

- Obrigada.

Lá no quarto Luiza vestiu uma blusa de seda branca com mangas 3/4 e prendeu seu longo cabelo ondulado em um coque desarrumado.

- Como gosta do seu café?

- Preto, com pouco açúcar e canela. - respondi.

- Diferente. - Luiza sorriu. - Angela, por favor, prepare 1 café preto com pouco açúcar e canela e um café preto sem açúcar.

Luiza não olhava para nenhum objeto em específico, mas presumi que era uma assistente pessoal inteligente.

- Claro, Senhorita Campos. - e a cafeteira começou a emitir sons que indicavam seu funcionamento.

- Olha só, que high tech. - brinquei.

- Achou que só você fosse toda trabalhada na tecnologia? - Luiza riu.

- Certíssima. Como estão as coisas no trabalho? - a mulher entregou a xícara com café para mim.

- Estão complicadas. - o semblante de Luiza mudou após responder a pergunta.

Predestinadas - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora