A cidade de Westfield vivia mais um dia de intensa movimentação. Nada parecia poder parar o ritmo frenético da mega metrópole que se encontrava noite e dia em atividade. E nada poderia representar melhor aquela interminável agitação do que o metrô de Westfield. Vagões ultramodernos carregavam cerca de quase dois milhões de passageiros até diversas cidades em várias partes do Estado. E entre esse número incrível de passageiros, estava o policial Alex Stevens, que acabara de concluir mais um dia de trabalho e estava muito ansioso para retornar ao seu lar.
Alex tinha trinta e sete anos de idade e estava há quinze anos na polícia. Ele possuía uma grande experiência em táticas de combate e também noções e conhecimento sobre a Inteligência. Tinha grande senso tático e nunca agia sem antes avaliar todas as probabilidades e consequências dos próximos passos. Seu pai era um tenente aposentado e se mudara há pouco tempo junto com a esposa, mãe de Alex, para Cleveland, onde pretendia passar tranquilamente seus próximos anos de vida. Ele sempre causou inspiração em Alex, desde que era criança. Pelo menos duas vezes no ano vinha visitar o filho em Westfield e também ver sua neta, Amber, de quatro anos de idade.
Alex era apaixonado por Amber e também por Annete, sua esposa, com quem era casado há doze anos. Naquele dia em especial, conseguiu uma licença para sair algumas horas mais cedo do expediente. Era aniversário de Annete e ele queria muito lhe fazer uma surpresa, levando -a para jantar no restaurante onde tiveram o seu primeiro encontro. No entanto, aquela noite reservava um outro evento, que mudaria para sempre não somente a sua realidade, mas a vida de todos os habitantes de Westfield e provavelmente, todos os habitantes dos Estados Unidos.
Alex gostava de viajar no primeiro vagão, pois era mais vazio e ele conseguia dormir um pouco durante o trajeto de mais ou menos trinta minutos. Naquela noite, entretanto, ele foi despertado por uma movimentação no mínimo atípica nos vagões mais adiante. Era algo como pessoas correndo e gritando e alto batendo com uma força incrível no teto e nas paredes do vagão. O ruído parecia chegar cada vez mais perto e então ele resolveu se levantar abruptamente e se dirigir cuidadosamente até a origem dos ruídos. Mas o que será isso? , pensou consigo mesmo. Uma sensação de pavor tomou conta do seu corpo. Era algo que ele não sentia há anos.
Alex pegou a Magnum de seu coldre e caminhou cautelosamente pelo vagão. À medida que se aproximava da porta de acesso, o ruído de gritos aumentava, assim como as batidas de seu coração. Ele imaginou que terroristas sequestraram o trem. E até o momento, ele estava sozinho. Rapidamente, lançou mão de seu rádio comunicador e tentou chamar reforços para combater o que quer que estivesse acontecendo naquele metrô.
- Unidades de Westfield, na escuta?
Nenhuma resposta no rádio. Alex pensou que poderia haver uma espécie de interferência devido à velocidade do transporte. Ele tentou mais uma vez.
- Atenção, unidades de Westfield! Aqui é o agente Stevens da base de São Francisco! Há uma ocorrência atípica no metrô da linha 26, sentido centro de Westfield. Creio se tratar de um sequestro! Alguém na escuta?
Ainda sem resposta. Nem sequer um chiado no rádio.
- Mas que droga!
Não adiantava insistir na comunicação, ele concluiu. Teria que investigar por conta própria, longe de sua jurisdição. Ele empunhou novamente a Magnum e avançou um pouco mais rápido até o próximo vagão. Com cuidado, levou a mão até a maçaneta da porta de acesso e a abriu, revelando o motivo de todo o pânico e agitação. O que Alex Stevens viu naquele momento ficaria gravado para sempre em suas memórias.
Totalmente incrédulo, Alex presenciava o que parecia ser a cena do mais terrível dos pesadelos. Ele se deparou com diversos passageiros, homens, mulheres e crianças, caídos ao chão repletos de ferimentos gravíssimos. Pessoas pisoteavam umas às outras na tentativa de fugir de um único homem, que corria de maneira alucinada atrás dos outros passageiros para... mordê-los! O homem em questão parecia estar totalmente sob efeito de alguma droga desconhecida e poderosa ou então sob efeito de algum acesso poderosíssimo de fúria. Ele emitia grunhidos estranhos, como um animal feroz que estava enjaulado e obcecado pela liberdade. Os olhos dele pareciam não possuir mais a íris e sua mordia o ar sem parar e ele expelia uma espécie de baba de cor negra que escorria sem parar em seu uniforme. Ele parecia ser um operário da construção civil. À medida que corria e alcançava as outras pessoas, mordia os seus pescoços, pernas, braços e o que mais estivesse ao seu alcance. Instintivamente, Alex mirou sua Magnum em direção ao homem e exclamou:
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CODINOME: DELTA
HorrorWestfield é uma grande e importante metrópole. Regida quase que completamente pelo capitalismo, abriga diversas empresas e oferece oportunidades a muitas pessoas, o que a torna uma cidade convidativa e perfeita para se viver. Porém, tudo muda radica...