Entre Laços ~ Tom Riddle

Os segredos de Mary Slytherin

ꕥCapítulo 88ꕥ

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Tom emergiu da rede de flu com um impacto, caindo de joelhos em uma floresta desconhecida. O ar era úmido e pesado, o som abafado de folhas sussurrando ao vento ao seu redor. Ele olhou rapidamente ao redor, seu coração acelerado e a mente em pânico. Onde estava Lilith? O peso da preocupação pressionava seu peito, mas ele lutou para manter o foco. Ele tinha que encontrá-la.

Levando a mão ao bolso, agarrou a varinha e começou a caminhar pela floresta, o silêncio só interrompido pelo som de seus passos apressados. Seus olhos captaram algo no chão—manchas de sangue. Ele sentiu o estômago afundar ao reconhecer o padrão, as gotas vermelhas formando uma trilha que cortava a floresta. Lilith.

Sem hesitar, ele seguiu o rastro, o pavor crescendo dentro dele. O sangue estava fresco, o que significava que ela não estava longe, mas a quantidade o preocupava profundamente. Cada gota vermelha parecia pesar mais do que o anterior, o fazendo acelerar os passos, quase correndo entre as árvores.

De repente, o rastro de sangue levou a uma visão que fez seu coração parar: Lilith estava caída, seu corpo inerte no chão coberto de folhas, a varinha quebrada ao lado dela, inútil. O mundo ao redor de Tom pareceu congelar por um segundo. Todo o seu foco se voltou para ela. Ele se ajoelhou ao lado de Lilith, seus dedos tremendo ao tocar a pele fria de seu rosto.

— Te peguei, linda... te peguei. — Tom murmurou, sua voz quebrada pela emoção que transbordava de sua alma. Ele não conseguia imaginar um mundo sem Lilith, e vê-la assim, tão frágil e vulnerável, o aterrorizava como nada antes.

Tom sabia que não podia aparatar com ela naquele estado, não sem arriscar piorar seus ferimentos. Ele observou o sangue escorrendo de sua barriga, uma ferida profunda e maligna, resultado de um feitiço cortante. Com um movimento rápido e preciso, Tom conjurou um feitiço de cura, suas mãos trêmulas enquanto fazia o possível para estancar o sangramento. As palavras saíram de seus lábios com urgência, mas controladas, cada sílaba carregada de poder e desejo de salvá-la.

— Fique comigo, Lilith... não me deixe agora. — Ele sussurrou, os olhos queimando enquanto trabalhava.

A magia fluiu através dele, costurando a carne, mas ele sabia que não seria suficiente. Ela precisava de descanso, de um lugar seguro para se recuperar. Tom se levantou, os olhos varrendo a área ao redor em busca de abrigo. Não muito longe, ele avistou uma pequena caverna escondida entre as rochas e árvores densas. Era discreta, perfeita para se esconder temporariamente.

Com delicadeza, Tom ergueu Lilith em seus braços, seu corpo leve e frágil contra o dele. Ele se moveu rápido, mas com cuidado, protegendo-a como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo—e para ele, era.

Ao chegar à caverna, ele a colocou suavemente no chão, criando um pequeno ninho com suas vestes e conjurando um feitiço de aquecimento. Ele olhou para o rosto dela, o sangue agora parado, mas a palidez ainda presente. Seu coração doía ao vê-la assim, tão diferente da Lilith que conhecia—forte, teimosa, inabalável.

— Você vai ficar bem. — Ele prometeu, embora a incerteza ainda o consumisse. Com a mão ainda firme no rosto dela, ele acariciou sua bochecha delicadamente, sentindo o calor voltar lentamente.

A noite caiu ao redor deles, o silêncio da floresta preenchendo o espaço entre as respirações dela e os pensamentos dele. Ele não se permitiria descansar até saber que ela estava segura. Eles precisavam voltar para a mansão de Voldemort, mas por agora, tudo o que importava era que ela sobrevivesse. E Tom faria o que fosse preciso para garantir isso.

Enquanto a lua brilhava fraca através das folhas, Tom observou Lilith, suas emoções conflitantes oscilando entre raiva, amor e o medo visceral de perdê-la. Ele sabia que o futuro que os aguardava seria cheio de desafios, mas por agora, tudo o que ele queria era ver seus olhos abertos mais uma vez.