Naquela torre em outro sonho, passos pesados são escutados subindo os degraus, na sala do trono, está em total silêncio, as pessoas que lá estão, não se movem, e ainda continua apenas a sombra delas. O silêncio é quebrado, quando a mulher do trono diz:
- Devemos nós referenciar a vossa majestade?
Logo após sabemos que quem havia lá chegado, era Marduk, que estava com um olhar sério.
- Eu devia imaginar que você estaria envolvida, Māyā, a Deusa da irrealidade de Chaos.
Os ombros de Marduk pesam, como se uma alta força gravitacional o mandasse para baixo, mas ele resiste, entretanto seu corpo está pesado.
Marduk olha para os lados, e enxerga os outros membros da Eclíptica, inclusive seu pai, eles se encaram mais não falam nada.- Māyā somente você e esses 11, que ameaçam Chaos? Eu mato todos vocês agora, inclusive você pai.
- Filha da puta, quem você acha que é para falar assim com seu pai!?
Apsu estica as mãos e um portal com movimentos de ondas, surge entre suas mãos, e um dragão marítimo começa a sair, mas ele é cortado por Māyā, que desativa o poder da constelação de leão.
- Ele está certo. Se Marduk quiser ele mata a todos nós, agora mesmo. (O silêncio perdura por todo o ambiente, e é cortado com uma revelação da líder e representante de peixes). — Afinal, você é um Outer God, não é mesmo Marduk?
Marduk, treme um pouco, mas logo volta a compostura. E a líder dos avatares de Nyrlatatothep, continua a dizer verdades com uma voz doce e calma.
- Entretanto você vive fugindo de seus compromissos, até mesmo reduz seu poder, mantendo o mesmo após derrotar sua mãe. Você ama viver entre os Deuses, e isso irrita os exteriores, por isso, Nyrlatatothep mandou a gente, exterminar chaos e tudo que nele existe, para você retornar aos seus afazeres.
- Você está dizendo, que Nyrlatatothep, quer extinguir um sonho, e dar mais chances de Azatoth acordar, só para ter mais um deles na corte celeste?
- Você ainda não entendeu, Rei dos Deuses? Você é egoísta, e com a falta de um Outer God, na corte celeste,
Mantém a instabilidade dos sonhos de Azatoth. Mas, você só pensa em sí próprio, Rei dos Deuses. (Diz Māyā).Marduk dá mais um passo, com seus pés pesados pelo gritante efeito gravitacional do local, e ele continua a andar, até sentir uma lâmina em seu pescoço, era o representante de Capricórnio, Executor Escarlate.
- Se eu fosse fazer, eu tiraria essa lâmina, se não você irá se arrepender. (Ameaça o rei).
O olho da espada começa a olhar para Māyā, a espera de seu comando, entretanto a mulher apenas olha para Marduk, deixando-o fazer o que bem entender, e ela já começa a falar novamente:
- Antes que você faça algo, será totalmente incapaz, a não ser que você se desprenda de seu corpo divino, e assuma sua verdadeira indentidade, mas isso você destruiria Chaos, não é mesmo?
Marduk fica calado, pois sabe que ela está dizendo a verdade, mas não para por aí e continua a falar:
- Eu também não posso me esquecer, tenho um recado de Nyrlatatothep, em relação ao seu “Ragnarok”, se o Ragnarok se encerrar antes do nosso ataque, e os Deuses perderem, eles serão totalmente extintos, isso incluí sua forma celeste, tirando de você aquilo que mais ama. Se os humanos perderem, você causa a extinção deles, como já iria fazer.
Os punhos de Marduk se fecham de ódio, ele morde seus lábios ao ponto de sair sangue.
- Agora saia, eu já disse tudo que você precisa saber. Até daqui a pouco Rei dos Deuses (Diz a de peixes, com uma voz muito doce e mandando um beijo para Marduk).
Marduk, começa a ser mandado para fora desse novo sonho, e retornando para Chaos, enquanto está sendo retirado ele apenas fala:
- Eu ainda vou te matar, Maya.
- Eu estarei esperando Marduk.
[....][....]
já em Chaos, Marduk está sentado em um cometa, onde o mesmo o soca, e causa uma enorme destruição.- Maldito Nyrlatatothep! Desgraçado!
- Respira irmãozinho, o Rei dos Deuses, não deve estar com a cabeça quente!
Marduk olha para cima, e enxerga o rosto de seu irmão mais velho, a qual ele viu morrer, está na sua frente, como uma luz, iluminando a situação.
- Mar-reizinho, você se esqueceu? Deuses sumérios são impossíveis de morrer, não se preocupe, eu como seu irmão mais velho, cuidarei de tudo, só descanse irmãozinho, e confie em Annu. (Diz Annu, estendendo a mão para Marduk).
Entretanto, Marduk segura a mão de seu irmão para levantar, e depois tenta abraçar seu irmão, mas era como se aquilo fosse apenas uma imagem, e seu irmão realmente não existe ali, mas era tudo aquilo que o Rei precisava, alguém que o ajude, alguém que esteja lá para o levantar quando preciso, ele não aguenta mais ter que fazer tudo sozinho, o Rei ficará lá por algum tempo, parado, olhando para o nada, sem pensar ou algo do tipo, enquanto de seu rosto, caem lágrimas, que se perdem no vazio sem fim do Deus grego.
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Ragnarok: the fate of humanity
SonstigesApós os Deuses terem sido derrotados pelos os humanos no passado, dois mil anos depois, fartos da prepotencia mortal, que agora se consideram superiores aos humanos, as divindades, resolvem fazer uma revenche, um Segundo Ragnarok na mecânica de torn...