Silênt nigth

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Oiii, boa noite, bom dia, boa tarde meus amores 🫶

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Adentro a cozinha da casa dos Grayford, abro a geladeira e apanho um copo de suco, seguindo em direção ao quarto de Sam.

Suspiro.

Não sei se estava preparada para revê-lo depois de todos esses anos, mas foi menos doloroso para mim do que imaginava, o odeio por aquilo, mas não ficarei presa no passado.

— Quira? — ouço a voz de Allan e eu paro, me virando, vendo o mesmo parado na porta de seu quarto, todo de preto e a jaqueta do time.

Sorri para ele.

— oi, ainda não foi para o jogo? — questiono e ele nega.

— vou agora. Não vai me ver jogar? — nego e ele se aproxima.

— e por que deveria? você já tem torcida demais — finjo naturalidade em minha fala — Melissa e Larissa principalmente — ele sorri de canto. Colocando a mão na parede ao meu lado, servindo como barreira, me mantendo presa ali.

— com ciúmes, meu amor? — dou uma risada amarga. Ele enrosca o dedo em uma mecha do meu cabelo e encara minha boca, fazendo meu coração saltar as batidas — mas não vou sem meu beijo dá sorte — antes que consiga raciocinar ou sair, ele enlaça meus lábios, segurando minha cintura.

Sei as intenções claras de Allan, assim como as de Ryle, mas não consigo me conter, eu amo isso. Não é o melhor beijo que já experimentei, mas com certeza é muito, MUITO bom.

Círculo seu pescoço adentrando seus fios com uma mão, enquanto tento não derrubar o copo na outra. Ele prensa meu corpo na parede e me beija com vontade.

— que pouca vergonha! — ouço a voz de Summer e arregalo os olhos. Desaceleramos a velocidade e ele se afasta com um sorriso de canto, de quem conseguiu mais uma vez.

Eu jurei que isso não aconteceria. Ele é um galinha, só quer me comer e jogar fora, mas confesso ser cada dia mais difícil evitar. Eu amo ele.

Ele revira os olhos fitando Sam, que está com uma carranca, ela sabe que sou louca com o irmão dela e que já rolou uns beijos pelo canto da casa, mas não aprova.

— nem vem, tô afim de me irritar com você não! — Allan corta qualquer possibilidade de discussão, passando por ela e indo em direção à porta da garagem.

— babaca! — Sam rosna. Em seguida olha para mim e bufa uma risada — nem falo nada com você, vagabunda mesmo — dou risada.

— amiga, eu entendo, ele beija bem e é gostoso, quando pego ele, eu não fico com peso na consciência não — Morgana enrosca o braço em meu ombro e andamos até o quarto, passando pelo porta toda preta, pichada com letras brancas escrito " fock you, never, prohibited, Do not enter" sem contar as caveiras e rabiscos.

De fato nunca entrei, me dá medo só isso, sempre está trancada pelo que ouvi.

— aí meu deus — Liz grunhi acelerando os passos, sempre é assim. Ela morre de medo, acha que tem monstros lá dentro e confesso até eu achar um pouco. Sam disse que nos surpreenderia com o como é, mas nunca descreveu, ela adora deixar nossa imaginação por conta própria.

— terra chamando Quira! — Summer grita no meu ouvido, quase me fazendo dar um pulo. Caminho até a grande cama, vendo outro colchão de casal no chão, com cobertas e travesseiros já, meio que ele sempre fica alí, já que dividimos, duas em cima e duas embaixo.

— que? — questiono e ela sobe na cama também.

— o filme, já assistiu? — aponta para a TV e eu nego vendo uma noite de crime estampado.