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- responda, futuramente me ameaçaria ou contaria para alguém sobre mim? - nego e ele cerra os olhos.

- não! Se quiser apago, ou você mesmo pode. Se diz não ser necessário pode fazer, você sabe o que está dizendo, pensa melhor que eu, foi só uma ideia de que seria bom. Eu juro que nunca te entregaria - explico sentindo um nó em minha garganta, seu olhar me corta, dói vê-lo achar que faria isso. Claro que ele não confia em mim, ele não tem motivos.

Ele me analisa seriamente, sinto meus olhos embasar, abaixo meu olhar.

- juro! - falo em um sussurro - não briga comigo, eu apago agora! - falo sentindo as lágrimas escorrer. Não quero que ele fique triste comigo.

- já ouviu sobre o mestre mandou Sunshine? - assinto em silêncio sem entender, sentindo meu coração saltar, errando as batidas, ele me chamou pelo " nome " sem apelidos. Tenho certeza que se o soubesse por inteiro teria me chamado, igual mamãe quando está brava - sabe como se joga?

- sim, o mestre manda, os participantes tem que obedecer - minha voz sai trêmula, engulo o nó em minha garganta.

- Quer brincar? - questiona em tom induzivo, foi uma pergunta, mas sinto que é quase uma ordem, ele quer que eu fale sim.

- sim, mestre! - mantenho minha cabeça baixa.

- muito bem, mas primeiro para de chorar! - limpo as lágrimas e assinto - se mestre mandou nunca, nunca mesmo abrir a boca sobre está noite. Você ficou em casa sozinha, dormiu e acordou normalmente. Esqueça de mim, assim que eu sair pela porta! - assinto - o que houve está noite?

- depois que conversei com minha mãe, jantei e dormi - digo a verdade a partir de agora.

- já ouviu o sobrenome Solhov? - questiona ríspido.

- quem? - fingo a sonsa - não! - ouço um suspiro.

- essa brincadeira só acaba quando seu mestre mandar, até lá, você obedecerá só a mim! Independente do que for a ordem, ouviu? - assinto em que sim - palavras!

- sim! - falo em tom baixo. Me parece legal no fundo.

- promete raio de sol? - questiona agora mais tranquilo e eu ergo meu olhar para ele.

- de dedinho - estendo o mindinho e ele me olhando fixamente, como se fosse uma besteira isso, então sorri largamente - qual é, nunca fez um juramento de dedinho? - ele cerra os olhos, mas então se clareiam e ele estende o mindinho.

- você será minha submissa para o resto da vida se jurar de dedinho, e se desistir ele cai sabia, então pense bem. Não abro mão do que é meu, mesmo que não nos vejamos mais - reflito. Não é tão ruim assim ser algo dele, não que seja algo importante, mas já é alguma coisa.

Entrelaçamos os dedinhos.

- juro! - seus olhos se curvam em um sorriso, pelo pequeno ato bobo, mas importante e que jamais quebraremos - só não manda eu me jogar dá escada ou de um prédio - digo e ele me puxa, me envolvendo com os braços, como um casulo de defesa, tornando aquele quarto um lugar seguro só para nós.

- vai pular sim - brinca me dando um beijo na bochecha e escondendo o rosto em meu pescoço. Coro com um sorriso estranhamente largo, não sei porquê - agora você é minha propriedade princesa, só minha em! - me cobra erguendo o pescoço para me olhar - vai me trocar? - nego sorrindo amarelo, seus olhos clareiam em uma risada - muito bem raio de sol, mas agora seu mestre mandou comer doce! - diz pegando minha mão e só aí percebo o quão trêmula está, sinal que minha glicose está baixa, hipoglicemia. Pisco assentindo e ele levanta, parando ao lado da cama, esticando a coluna.

Silênt nigthOnde histórias criam vida. Descubra agora