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Spenser Fornaly

Achei Hayden bem estranho hoje, mas sei que ele não irá me dizer o que aconteceu, ele nunca diz. Mesmo assim vim vê-lo, sei que ele está passando por uma barra e Kai no momento está ocupado com seus próprios problemas com a droga. Sinceramente, não sei mais como me manter firme pelos dois.

Desligo o carro, vendo o seu parado na frente da casa, ele está com certeza. Entro vendo a porta já aberta e franzo o nariz, não gosto desse lugar, tudo aqui é estranho e cruel. Ouço barulho vindo do segundo piso e sigo em sua direção.

— Hayden parceiro, eu preciso...— paro ao ver uma pequena menina banhada de sangue, puxando o homem enorme. Frederick? Ele está...morto? — porra! — vocifero em choque. Meus olhos se arregalam, a menina se vira lentamente e eu fixo meus olhos nela, em seus olhos azuis apavorados.

Jesus Cristo, o que está havendo aqui?

Intercalo meus olhos entre eles, em real desespero.

— por favor, não chame a polícia! — diz em desespero. Ela é a cara de Hayden, isso é estranho.

— quem é você? Cadê Hayden? — pergunto sério.

— Hayden os matou, foi esconder nosso pai. Ele me deixou com esse corpo e eu não sei o que fazer, mas não chame ninguém por favor, por ele — arqueio a sobrancelha.

Merda Hayden, o que você fez?

Não é uma grande surpresa ele matar Paulo, mas assim do nada e Frederick junto?

— porra, Hayden! — rosno, indo até o corpo — temos que sumir com essa merda! — digo pegando as pernas — para onde ele foi? Vou buscá-lo.

Ela me olha com cara de paisagem e eu reviro os olhos — Qual foi, ele é meu melhor amigo, claro que eu vou esconder um corpo ou até mesmo matar por ele, mesmo que aquele puto só faça merda e me irrite... " Nosso pai? " — questiono, arqueando a sobrancelha — vocês são irmãos? Quê? Como isso é possível?

— te explico depois, para onde levamos? — pergunta e eu penso.

— pro porta-malas do meu carro, vou estacionar na garagem lá embaixo, assim ninguém vê! — digo indo até onde fica o controle da casa e corro para meu carro.

Pego meu celular ligando para Hayden, mas o celular só dá em caixa postal. Merda Hayden, cadê você irmão? Entro no carro, o levo para a garagem, fecho o portão e subo vendo a menina parada frente o corpo, o analisando. Ela me olha e se abaixa pegando as pernas e eu pego o tronco, o levando para baixo.

— como isso aconteceu? — questiono.

— Hayden estava descontrolado, algo lhe aconteceu e ele descontou neles. Conhece Hayden, ele é impulsivo.

Não, ele não é, ele é calculista, até o que ele fala é calculado. Cerro os olhos, levando para o porta-malas, algo de bem ruim aconteceu, ele deve não ter suportado mais os abusos. Não o julgo.

— vocês vão me explicar essa história, e principalmente como ele tem uma irmã e eu não sabia! — rono, fechando o porta-malas.

— ué, ele não te contou? — seu tom é ácido e eu a olho voltar para dentro — achei que fosse o melhor amigo, eu repensaria as amizades se fosse você — provoca com deboche e some na escada.

Encaro em sua direção.

Dou um sorriso de canto, sentindo uma leve raiva. Que garota insuportável, precisa nem de DNA, tem o mesmo deboche de Hayden. Vou atrás dela.

— sabe onde tem pano? — me pergunta e eu assinto indo até a área de limpeza. Mesmo odiando aqui, sempre vim com Kai, quando Hayden ficava de castigo e não podia sair, ficávamos com ele para passar o tempo. Pego um balde com água e ela vê os panos, pegando um monte.

Silênt nigthOnde histórias criam vida. Descubra agora