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Hayden...

— apenas não gosta ou...? — questiona e eu a olho fixamente, cerrando o maxilar.

— não é de sua conta, foca no seu jogo e menos na minha vida — digo sem me preocupar em ser educado. Ela me olha sem entender e assente.

— desculpa — diz em rendimento.

Por que ela quer saber em?
Não é da conta dela, já estou estressado o suficiente em saber que passarei a noite acordado. Não vou me entregar ao sono, não com ela ou qualquer pessoa ao meu lado, principalmente ela, não quero deixá-la me ver de tal forma se aqueles malditos pesadelos começarem.

Sou acostumado com plantões de 48horas, já me ocorreu de 72horas. Eu suporto mais uma noite tranquilamente.

•••

— aí você fez o que? — questiono diante a sua teoria de que havia  um desconhecido em sua casa, vestido de policial a paisana enquanto estava bêbada. Ela ri.

— eu não sei, mas no outro dia acordei com sua irmã na minha casa, junto com Liz e Morgana, todas com uma vassoura na mão e cara de apavoradas questionando cadê o rato — Franzo o nariz.

— ué, que rato? — questiono e ela dá mais uma risada sincera.

— fiz a mesma pergunta — a olho fixamente em humor — por isso que não bebo muito, se bebo acontece isso — assinto diante o acontecido engraçado.

— faz sentido. Ganhei! — jogo minhas últimas cartas e ela bufa revoltada, ela me olha com a mesma raiva pela décima vez.

— já estamos há duas horas jogando e eu só ganhei uma, que inferno — diz raivosa.

— só ganhou uma porque me distraiu com aquela maldita charada. Aquilo foi roubado demais — rosno e ela gargalha.

— a charada ou a partida?

— os dois — esclareço e ela ri — falsa.

— teu rabo, você que se distraiu e não viu qual naipe eu não tinha, e a charada foi boa vai — olho com cara de palhaço.

— nossa sim, claro que foi, porque foi genial me falar: Jéssica engravidou de Maria aos quinze anos, quantos anos Maria tem atualmente? Resposta: zero, Maria foi abortada — digo incrédulo com a resposta mais merda que já vi na vida e ela ri feito uma chaleira, misturado um porco asmático. É engraçada sua risada — palhaçada isso, me deixou pensar por dez minutos.

— foi muito bom ver você ficar estressado porque qualquer número que falava tava errado — ri feito hiena — confessa, foi engraçado.

Faço uma carranca.

— pior que sim. Parece as piadas do Spenser, comete 10 crimes e ofende 27 minorias à cada resposta.

— aí Quira, vai lá pegar o almoço na portaria por favor, mandaram mensagem dizendo que chegou! — Morgana grita e ela bufa.

— eles pediram comida? — questiono e ela dá de ombros se levantando.

— pelo jeito sim, vem comigo? — chama-me estendendo a mão para que eu me levante, seguro, porém puxo ela para mim — filho da mãe — me dá um tapa enquanto abraço seu corpo, deixando-a presa — isso foi golpe baixo.

— literalmente — afirmo, ela dá risada — tô com preguiça e sono, fica aqui e manda qualquer outro imbecil ir, o que acha? — proponho.

— É interessante a ideia, mas devia ter dado antes de eu levantar — fala brava e a olho em humor — e você vai também, vem comigo — diz animada e eu bufo soltando-a, deixando ela sair e me levanto também. Maldade me fazer andar até a portaria, é consideravelmente longe. Ponto positivo é que eu não durmo, estou morto de sono e ficar deitado só piora.

Silênt nigthOnde histórias criam vida. Descubra agora