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Quero só ver as irmãs da igreja comentando, vão tudo sumir, só as corajosas kk

" Cabaré abriu cedo ".

*********

Hayden termina de reunir as caixas de pizza e me olha.

— hum...faz smoothie, para mim? — pede manhoso se levantando, para ir guardar na cozinha.

— eu faço! — fico em pé na cama e ele vira-se entendendo o recado. Pulo em suas costas — avante para cozinha, torre de 2 metros!

— 2,1 — brinca.

— torre de 2,1 metros! — corrijo — você é bem alto — olho para o chão em visão do alto.

— acho que sim — escoro meu pescoço em seu ombro, apertando as pernas em seu quadril — sempre tive uma curiosidade, sobre seu smoothie — declara e eu já até sei o quê — o que vai dentro?

— segredos! — ele suspira, sabendo que não adiantará pressionar para saber.

— odeio mistério!

— falou a pessoa mais misteriosa que eu conheço — retruco.

— não sou misterioso, só não exponho completamente meus pensamentos, sou normal por isso, nem tudo se deve falar. Já pensou se falassemos tudo o que pensamos? Literalmente tudo. Eu seria preso em meia hora.

Dou risada. Beijo seu pescoço, no ressalto de sua veia pulsante, apenas porquê me deu vontade repentina. Ele tem razão.

— falaria o quê? — questiono.

— não queira saber. Você já sabe que não sou normal, então...— diz tranquilo, se abaixando para que eu desça. Vai até a geladeira, guarda as pizzas e eu pego o liquidificador — não posso ver mesmo? — nego — aff — se vira, indo até a cadeira do balcão.

— fiz uma nova versão com amendoim, você vai amar! — ele dá uma risada sem humor, seca.

— com certeza — debocha. Acrescento os ingredientes no liquidificador e bato, assim que ligo, ele se vira — quer que pegue o gelo? — assinto.

— por que quis smoothie? — ele se aproximou da geladeira — virou realmente fã?

— sim, de fato. Eu não sou muito de gostar dessas coisas, mas o seu, eu amo! — me animo convencida, ele traz os gelos de coco.

— sei que sou perfeita, para! — monto o copo com leite condensado nas bordas, que escorre para o fundo e acrescento os gelos de coco. Hayden se apoia no balcão, olhando a preparação enquanto acaricia minha cintura, intimamente — você está parecendo criança, enquanto a mãe prepara o almoço — ele arqueia a sobrancelha, me arrancando um sorriso em humor.

— devo me ofender? — nego.

— não, você nem tem cara de ter sido uma criança ansiosa — viro o líquido nos copos.

— e não era, minha mãe nunca cozinhava também — diz frustrado.

— como aprendeu a cozinhar, então?

— com meu pai, nas raras vezes que fazíamos o jantar juntos — ele suspira pegando um copo — era legal, de certa forma.

— Allan e Sam mal sabem fritar um ovo, então entendo porquê você é o filho prodígio — ele toma um gole e fecha os olhos, deliciando o sabor.

Tomo um gole também. É realmente bom isso, lembro que fiz na extrema sorte. Sabe quando você quer tomar alguma coisa, aí sai colocando tudo que têm na geladeira? Então, foi isso.

Silênt nigthOnde histórias criam vida. Descubra agora