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Oiiie, boa noite meu povo. Voltei com os dois últimos capítulos, quem está feliz?

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Hayden Grayford

Pisco meus olhos, mas mal enxergo. Prendo minha respiração movimentando meus braços para não afundar, mas algo me puxa para baixo. Olho para todos os lados à procura de algo, mas tudo está escuro como um grande vazio, tento subir, mas meu corpo não vai, pressionado para baixo.

Eu não consigo respirar...

Uma pedra enorme prende meu tornozelo, me levando cada vez mais fundo. O silêncio do fundo do mar me apavora, o frio percorre meu corpo.

— Hayden? — ouço a voz maldita me chamando, olho para o lado vendo uma porta se abrir lentamente.

— Hayden...amor, cadê você? — o chamado de Quira soa atrás de mim, me viro à sua procura. Ele está vindo.

— Hayden? — Paulo chama.

— eu estou aqui, amor! — abraço Quira apertado, mas ela não retribui ou sequer reage.

Meu fôlego, eu preciso subir, eu não estou respirando. Tento respirar, mas a água me engasga.

— Hayden, você foi burro — ouço Quira falar, olho para ela e meu peito acelera ao ver sangue, muito sangue — você deveria ter sido mais atento, mas seu ódio nos matou.

Seus olhos se fecham e o corpo declina para trás, tento segurá-la mas não consigo, ela afunda cada vez mais. Nado para baixo, tentando alcançá-la.

Estou desesperado.

— papai? — a voz me para. Olho para o lado vendo uma pequena menina, no máximo três anos, seus olhos são tão azuis quanto o mar iguais aos meus, mas seu semblante é delicado como o de Quira. Ela me dá um grande sorriso, repleto de covinhas e meu coração se enche — você tem que subir! — me diz.

— sua mãe precisa ir comigo — olho para o lado vendo mais nada, somente os borrões de sangue — você...— as palavras me faltam ao me virar para a pequena garota novamente e ver apenas um feto à minha frente, ensanguentado.

— o coração, está parando de novo! — ouço uma voz desconhecida, longe.

O bip das máquinas de eletrocardiograma soam sem parar, meu ar, eu preciso respirar.

— Ele não está respirando.

" Parceiro vem, já podemos entrar " — Kai chama e eu entro no quarto de hospital, tomando meu galão de água, depois de ser drenado.

— você está bem ruim! — digo a Spenser, ele sorri coçando a cabeça.

— fazer o que, sou vida louca — brinca.

Reviro os olhos, me impulsionando para cima da maca, me sentando ao seu lado.

— você deveria ser mais cuidadoso, sabe o porquê — tiro um cigarro do bolso, mas a enfermeira já diz:

— não pode fumar aqui, Sr! — tiro dos lábios e ela dá um meio sorriso, saindo da sala. Bufo, acendendo meu cigarro.

— você também não deveria fumar, tem asma e isso é um hospital — dou de ombros, isso nunca me impediu. Kai estende a mão, pedindo uma tragada.

— que merda você fez? — Kai questiona a boa pergunta.

— moto, perdi o controle bêbado, acho que caí numa pedra no canto da estrada, até me acharem perdi sangue. Foi muito? — nego, acho que foi uma bolsa só.

Silênt nigthOnde histórias criam vida. Descubra agora