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Avisando aqui, pq vcs lêem muito rápido, mas a página 80 ( capítulo 7 — crise ) não tinha sido entregue. Para quem começou pela 81, vai lá lerrr.

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Aquira Garden.

Hayden termina de limpar onde me acertaram, ouve um rebuliço bem grande, as câmeras olhadas, polícia acionada e uma varredura no quarteirão.
Todos os meninos fizeram uma busca aqui dentro também, olhando cômodo por comodo, mas nada encontrado. As imagens das câmeras coincidentemente pararam há uma hora atrás e não voltaram ainda, eles a desligaram.

Ainda não consigo entender o que houve, minha cabeça dói muito desordenando meus pensamentos, mas consigo me lembrar do que vi. Havia três máscaras...eu acho. Um que me tocou, os olhos azuis familiares e quem me acertou. Foi tudo muito rápido.

— tenho remédio na bolsa, ajuda? — Liz pergunta chorosa a Hayden, já desistindo da possibilidade de que eu iria morrer. Ela e Sam não saíram do meu lado, somente deram espaço para que Hayden fizesse seu papel, suponho que ele só as deixou ficar devido à Liz, ela chorando com medo de que eu morresse e Sam acalmando, porém precisando ser acalmada também estava engraçado, me manteve entretida e acordada. Hayden disse que em hipótese alguma, eu poderia ceder ao sono novamente.

Até ele ter certeza de que eu não tive um traumatismo craniano, pelo menos.

— não, medicá-la agora com esse tipo de remédio não adiantaria, na verdade é perigoso piorar a dor de cabeça, devido ao sono — acaricia minhas bochechas, analisando meu rosto — você está bem, só uma ferida da pancada no chão. Te acertaram por trás, então sua dor mesmo é aqui...— toca meu pescoço por trás, calculado o impacto e eu seguro sua mão em impulso da dor — e seus reflexos estão bons — diz retirando a minha mão com dor, dando para ver a marca de minhas unhas.

— mas não foi na frente? — Sam pergunta.

— O impacto mesmo foi no pescoço, com força o suficiente para desmaiá-la, a pessoa que a atacou sabia o ponto certo para não matá-la ou pelo menos ela teve sorte. A ferida na testa provavelmente foi com o impacto no chão, e devido à sua diabetes irá demorar mais para cicatrizar — Hayden explica — ela está bem, porém irá ficar em observação. Não a necessidade de hospital aparentemente, eu mesmo faço, te observar já é uma rotina — diz tranquilo.

— que alívio, mas ela não vai morrer mesmo, né? — Liz pergunta de novo, com carinha de choro e Hayden a olha começando a ficar irritado, mas apenas nega. Ela suspira vindo até mim e me abraçando — tô feliz que você está bem, Quira. — diz e eu sorri acariciando seus cabelos.

— obrigado pela preocupação, gatinha — ela me olha com os olhinhos azuis marejados e aliviados.

— melhor deixar ela descansar Liz, vamos? — Sam estende a mão para ela e Liz assente, segurando, mas antes de ir me dá um beijo.

— melhoras flor, se preciso me chame! — assinto.

— digo o mesmo, amiga! — Sam diz e elas saem. A porta se fecha e eu suspiro, olhando para Hayden pensativo.

— você estava sendo ameaçada e não me disse? — pergunta, então seus olhos azuis deslizam para mim. Abaixo meus olhos, envergonhada com mais uma mentira — quando eu acho que você aprendeu a lição, tudo se torna uma mentira novamente — suspira as palavras, se levantando — quero ler cada ameaça uma por uma depois, agora tire a roupa! — manda e eu o olho sem entender. Ele cruza os braços e me olha à espera — ele lhe tocou, quero ver se lhe machucou e se ocorreu mais algo enquanto estava apagada, não tenho segundas intenções! — avisa.

— Own, ok! — me sento com dificuldade, sentindo meu pescoço doer e a cabeça latejando. Retiro minha blusa e a calça envergonhada, mas sem receio, ele não irá me fazer mal algum, sei disso. Seus olhos rolam pelo meu corpo, mas ele se vira indo até o banheiro, provavelmente lavar a mão, já que limpava meu machucado. Termino de retirar minhas roupas, ficando completamente nua, abraço meu corpo me escondendo como posso. Hayden volta me olhando e eu coro, ele tão sério assim me dá vergonha, muita. Percebendo isso seus olhos relaxam.

Silênt nigthOnde histórias criam vida. Descubra agora