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Depois de passar alguns minutos à procura de algo que ele possa vestir, encontro uma calça moletom que meu pai não usa tem tempo e que creio servir

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Depois de passar alguns minutos à procura de algo que ele possa vestir, encontro uma calça moletom que meu pai não usa tem tempo e que creio servir. Camiseta não precisa, eu pego uma minha mesmo, compro do tamanho GG para ficar bem largo, creio que servirá também.

  Caminho rumo ao meu quarto novamente, vou rumo ao meu guarda roupas. Ouço a porta se abrindo — encontrei uma calça, acho que serve. Tenta a camiseta também! — pego a maior que tenho na cor preto, e me viro para ele paralisando ao me lembrar que ele está só de toalha. A minha toalha está pendurada em seus quadris, cobrindo-o intimamente, e o peitoral malhado nú. Ele se senta na cama à minha espera e me viro novamente, pegando outra camiseta como segunda opção. Ouço um ofego e pelo canto do olho vejo o mesmo se levantar, parecendo incomodado em ficar sentado. Cerro meus olhos, dor?

Me viro novamente, o fitando em pé, no canto, de cabeça baixa permitindo seus cabelos negros, lisos e molhados cair sobre seus olhos, é tão constrangedor para ele o fato de estar quase pelado em meu quarto, quanto para mim.

Me aproximo e ele ergue o olhar para mim, mantemos assim, olhando nos olhos apenas, me recuso a olhar para seu corpo, sei o quão ruim é ser olhada sem permissão. Mas então desvio meu percurso até minha cômoda no canto do quarto, pego uma pomada que guardo para mim. Coloco sobre as roupas e estendo para ele, que me olha confuso, talvez do como eu sei.

— não preciso disso! — diz em tom baixo e envergonhado, pegando apenas as roupas, as analisando em dúvida, me analisando com o olhar, de cima a baixo — porque usa roupas de menino? — pergunta novamente, sem maldade ou intenção clara de me ofender, então encaro a pomada em minha mão, suspirando — pelo mesmo motivo de que tenho uma pomada para esses tipos de coisa — ele me olha fixamente, trocamos olhares intensos, um consolando o outro. Engulo em seco envergonhada e estendo novamente desviando o olhar, fico com aquilo estendido por alguns segundos, ele não se moveu, nem pegou, apenas permanecendo em silêncio me olhando, eu sentia seu olhar, mas não quis encará-lo de volta. Quando estava quase me conformando com a possibilidade dele não pegar, sinto o produto ser retirado de minha mão — ok — quase sussurra, indo para o banheiro.

— ah, melhor trocarmos. Se troca no quarto, enquanto tomo banho, também preciso — me lembro e ele para assentindo, então eu corro para meu guarda roupa, pego uma blusa, calça e calcinha rapidamente sem enrolar, e fecho a porta, sentindo seu olhar em mim. Tranco minha porta em um procedimento padrão, me despi e entro no chuveiro sentindo o jato de água quente escorrer por meu corpo, levando a camada de suor, sangue e terra, que se grudava feito uma segunda pele embora.

Suspiro relaxando os músculos, sentindo-me rodando. Minha cabeça dói, está mais difícil respirar, uma leve vontade de vomitar me é presente, não é muito e sei o que é isso. Esqueci de tomar minha insulina.

Balanço a cabeça saindo de meus pensamentos, tentando terminar aquele banho mais rápido possível.
Espalhou o sabonete pelo corpo, esfregando para sair toda terra e sangue, enxágue.

Silênt nigthOnde histórias criam vida. Descubra agora