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Aperto o botão do controle ouvindo o apito em sinal de que o carro trancou, caminho até o grande ginásio onde meus amigos treinam para o campeonato no qual não irei participar

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Aperto o botão do controle ouvindo o apito em sinal de que o carro trancou, caminho até o grande ginásio onde meus amigos treinam para o campeonato no qual não irei participar. Me causa raiva eles irem sem mim, mas não importa, irei para o Canadá. Arranco um cigarro do bolso, acendendo a ponta que se dissolve em cinzas. Puxo uma grande tragada sentindo a ardência gostosa varrer minha garganta até o pulmão, então solto lendo o grande aviso de que não pode fumar dentro do ginásio.

Adentro o elevador inclinando a cabeça para trás, exausto e raivoso com tamanho tédio, quero uma diversão, mas comer puta e encher a cara já não me entretém como antes, minha diversão se tornou mais sofisticada ultimamente.

As portas se abrem e caminho rumo até a geladeira da área vip, repleta de cervejas e apanho uma rumo a arquibancada, sentando-me enquanto rolo os olhos pela quadra de basquete, onde Kai corre batendo a bola no chão, arremessa para Spenser que dribla o adversário correndo até o meio e passando novamente para Kaiky que arremessa direto para cesta marcando ponto. Muito bem, muito bem.

Tomo um gole da cerveja amarga, reencostando-me na cadeira desconfortável. Vim como apoio, não, vim para jogar na cara deles se eles estiverem muito ruim sem mim.

— não vai jogar também? — ouço uma voz feminina atrás de mim, uma voz rouca e sútil. Cerro os olhos me recusando a olhar para trás, levando a garrafa aos lábios — não precisa né, parece que eles dão conta sem você — declara e eu cerro o maxilar vendo Spenser marcar mais uma cesta.

— sou o capitão, tenho que me orgulhar da minha equipe, independente se jogo ou não. Foi escolha minha — declaro em tom frio, ouço uma risadinha sútil. Qual é a dela?

— claro, que nobre — debocha. Olho pelo canto dos olhos permitindo-me ter apenas a visão de seus cabelos pretos.

— namorada de alguém? — questiono voltando para a quadra, não sabia que nenhum dos outros jogadores namorava. Ela estala a língua.

— não, vim atrás de você mesmo — arquei a sombrancelha. Essa nem disfarça, muito bem, 3 pontos pela coragem.

— ah é, quer autógrafo? — debocho levando a garrafa aos lábios e ela ri.

— não, você é útil demais para só um rabisco na camiseta ou em um papel — me intriga.

— pois então, o que quer de mim Srta? —questiono curioso e ouço um suspiro. Uh, isso está interessante, por que tanto mistério para pedir meu número?

— vire-se — pede e eu cerro os olhos, mas então obedeço, fitando a menina de moletom cinza, com capuz sobre a cabeça, os fios pretos, longos e sedosos saem para fora. Seus olhos azuis claros me impactam e eu cerro os olhos analisando-a, cada parte de seu rosto totalmente familiar.

— quantos anos? — questiono.

— 17 — cerro o maxilar me deparando com algo inacreditável, uma linda garota, totalmente igual a mim, porém menor e feminina — quem é você? — meu tom sai ríspido, questiono sério e ela pisca três vezes, um tanto quanto descepcionada, mas separa os lábios.

Silênt nigthOnde histórias criam vida. Descubra agora