Hayden Grayford
— tá mãe, eu já entendi, eu lhe aviso quando chegarmos e ficarei fora das mídias até te ver.
— espero mesmo Hayden, não se atrase para o vôo amanhã, quero você para o almoço — diz com seu tom mandão e reviro os olhos. Apenas desligo a ligação, deixando-a falar sozinha.
Levo o ante braço na frente dos olhos sendo atingido pela luz assim que paro frente a porta do avião. Paro alí mesmo, olhando para a grande área exclusiva onde aterrissamos, sentindo o ar gelado porém não tanto quanto no Canadá, confesso gostar do clima de Ghost town, posso dizer ser uma das únicas coisas que senti saudade daqui.
Respiro fundo. Desço os degraus.
— Ae mano, tem um esqueiro? Tô louco para fumar um, já que a loira lá dentro disse que não podia, estou limpo a tempo demais — kaiky chama minha atenção e eu nego, arrancando um suspiro dele — Spenser?
— também não, e você não está limpo, quatro horas não faz milagre. No mínimo quatro anos para tirar toda maconha do seu sangue — spenser ri e Kaiky o dá um tapa na nuca.
— que engraçado você, mais um pouquinho dá para substituir o Patati e o Patatá — rosna — se você não tivesse esquecido a mochila com meus baseado e o cigarro do Hayden, não seria você — reviro os olhos com a briga idiota, eles são meus melhores amigos, mas não os vejo como ser humano, bando de burros.
Mais burro ainda fui eu, de deixar a anta do Spenser responsável por algo, agora estou sem meu cigarro e isso me estressa.
— aí seus imbecis, calem a boca — esbravejo.
— fala assim com ele não que ele chora, sabe disso, aí depois quem tem que aturar ele implorando por conchinha e reclamando que você só o maltrata, sou eu — Kai rosna.
— como se eu ligasse — bufo.
— ranzinza — Spenser ataca.
— aliás, chegamos mais cedo por quê? Era para chegarmos amanhã, não? — assinto.
Era de fato, minha mãe me quer aqui amanhã, não obedeço suas ordens, mas recebi uma proposta boa do hospital daqui. Kaiky e Spenser estão tentados a voltar a jogar, quase me obrigaram a aceitar. Minha mãe me quer longe dos holofotes, mas sejamos sinceros, eu não estou nem aí. Hoje à noite tem festa do time de basquete, sempre houve uma para nós, mas depois que fomos cursar faculdade fora do país, tudo acabou, não que eu achasse que o imbecil do Allan e do Ryle fosse conseguir pelo menos manter nossos títulos, mas confesso que três derrotas seguidas é humilhante. Sim, já estou contando com a derrota deles essa noite, o jogo começa daqui uma hora, a festa é daqui quatro, será constrangedor haver uma festa para comemorar a derrota, então aparecer vai ser um choque. Sem contar que amarei ver a cara de raiva do meu irmão.
— A festa é hoje. Fiquem longe dos holofotes até lá — falo me afastando em direção a Ferrari que aluguei.
— mas você não vem para minha casa conosco? — Spenser questiona e eu apenas ignoro, a resposta não é nescessário. Entro e dou partida rumo ao local que mais senti saudades, espero que lá continue tão vazio quanto antes.
Acelero o máximo, fazendo vinte quilômetros em dez minutos, mas isso devido a maldição do trânsito. Minha vontade de parar na primeira mercearia que encontrar e comprar um cigarro é enorme, mas não posso deixar vazar que voltei antes da hora. Tenho um assunto a resolver primeiro e saberem que estou de volta, pode me dar mais trabalho e eu não quero isso.
Adentro a floresta de árvores altas, rumo ao lago cristalino, sentir o ar fresco daqui e a linda paisagem, quase me faz me sentir um pouco melhor. Me sento à sua beira, encostando-me no muro quase da minha altura, uns dez centímetros mais baixo apenas.

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Silênt nigth
Mystery / ThrillerAquira Garden não planejava viver sua vida como um eterno segredo, mas foi inevitável. Aquela noite tudo mudou bruscamente, não somente sua vida diária, mas seu ponto de vista também. Se existir mesmo anjo da guarda com certeza é ele, mas suas armad...