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Chegamos na página 100 🥳🎊🥂 São cem páginas de muita história, amor, traição e superação. Agradeço a todas que chegaram até aqui, principalmente aquelas que comentam e votam, como forma de incentivo e carinho. Amo cada uma de vocês ❤️

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Hayden Grayford.

Ver minha irmã e meu filho vivos, foi o melhor presente que o destino poderia me dar. A dor que senti ao saber que tinha perdido-os para sempre, nunca será esquecida e sou muito grato por poder dar somente mais um beijo e dizer que os amo novamente, mas agora tenho que encarar mais um pesadelo, o qual escondi de mim mesmo, mesmo sabendo que tal momento chegaria uma hora ou outra. Olho para meu pai e vou até ele, de cabeça erguida e coração despedaçado. Ele olha para Asafe e me fita novamente.

— um filho e uma irmã? Isso sim que é surpresa! — diz tranquilo.

— Pai eu...preciso falar com você! — ele cerra os olhos e assente, descolando o quadril de sua Bugatti.

— Sei que temos muito o que conversar, mas primeiro vamos sair daqui e colocá-lo na cama. Você na idade dele ficava muito manhoso com sono, não o condenaremos — me dá um sorriso e eu assinto, ainda atordoado. Dou um passo, me virando para Mel novamente, mas paro com sua fala — Filho? Vamos para casa, jantar! — assinto, sentindo o peso das palavras.

Filho e casa, não mereço ouvir nenhum dos dois vindo dele.

— Hayden? — Kai me chama, se aproximando com seu cigarro — você... — tomo de sua mão.

— maconha? — assente, dou uma tragada, sentindo meu peito acelerar, pisco focando, vou inalar novamente, mas Kai tira de minha boca.

— Vai com calma, parceiro — diz rindo e eu quero socar sua cara — você quem vai levar seu filho, sua mulher e sua irmã para casa. Tem certeza? — inclina a cabeça para o lado e eu bufo, revirando os olhos.

— seu noiado insuportável, essas horas da noite me dando lição na qual nem você cumpre? Você está com minha irmã de garupa, cuidado com as bostas que faz — vejo o capacete na mão de Sam e ele sorri.

— ah, para. Todo mundo sabe que eu dirijo e jogo melhor sob efeito disso — arquei a sobrancelha, vendo-o tragar— que foi, parceiro? O que está havendo? Sei que não é só o fato de sua irmã e filho quase morrer...ah, saquei — diz olhando para Estefan, entrando no carro.

— É... também — ele me olha em quem não está vendo nada de bom pela frente também.

— você vai dar conta! — suspiro assentindo — Dá As aí, ele fica comigo esta noite, converse com seu pai e dilua toda a situação, você não está muito apto a ser um pai no momento — apaga seu cigarro pisando em cima, vindo pegar As.

— Tem certeza? — o entrego As e ele pega com cuidado o menino que dorme. — você está apto a ser um bom tio? — vejo seus olhos azuis um pouco vermelhos e ele ri.

— não matei ninguém até hoje — dá de ombros e eu inclino a cabeça para trás, passando as mãos no rosto, dando uma risada sinceramente preocupada.

— eu não sei porque confio em você! — ele ri acariciando a criança em seus braços.

— também sei não. Passa a chave do carro, vai com seu pai, levo Asafe para sua casa e passo a noite lá com ele — assinto tirando a chave do bolso.

— dá janta para ele e compra um sorvete — assente — miojo não é janta! — ele apaga o sorriso e abre a boca — não, não é! — interrompi e ele faz uma carranca.

— aff, tá bom, vou fazer uma massa sofisticada e apetitosa, com temperos artesanais e testada por grandes chefes, desenvolvida na Itália e preparada em três minutos — diz indo para o meu carro colocar Asafe, franzo o nariz.

Silênt nigthOnde histórias criam vida. Descubra agora