Capítulo 12

665 42 2
                                    

Patricia e eu estávamos sentados no sofá da sala, vendo a um filme de romance escolhido por ela. PS: Eu Te Amo. Era a primeira vez que eu via algo desse gênero e até que estava gostando. Paty havia chorado em cada carta que Holly recebera do seu falecido marido, Gerry. Mas era muito romântica mesmo. Ela recostou seu corpo contra o meu e foi deslizando, pouco a pouco. Consegui colocar uma almofada, pensando que ela ia dormir, mas Paty me fitava como se eu fosse um alienígena. Desliguei a TV e lhe dei a minha atenção.

— Algum problema, Minha Garota? — Afaguei o seu rosto.

— Nós realmente estamos namorando?

Eu sorri imensamente para ela.

— Claro que estamos. Quer que eu compre um anel de compromisso para deixar claro? — perguntei.

— Não precisa de tanto... — Ela sorriu. — Eu já tenho você aqui. — E indicou o coração.

— Ah, meu Deus. O que eu fiz para merecer você? — Puxei-a para o meu colo. — Não te mereço.

Patricia se aninhou em meus braços e eu beijei sua testa. Ela me proibira de fazer o almoço, cuidando de tudo sozinha, enquanto eu ainda trabalhava. Então lanchamos vendo TV. Eu já não me importava com a nossa diferença de idade; o que eram sete anos afinal? O que me importava era amá-la. Paty não era uma mulher difícil de amar. Era divertida e havia me arrancado mais risos nesses dias do que eu poderia imaginar. Era adorável e dançava muito bem. Sem contar que ela me amava. E eu não tinha dúvida alguma com relação à isso.

— Eu esqueci de perguntar — iniciei. — O que você disse à minha irmã?

— De quê? — Ela franziu o cenho.

— De onde você estava?

— Não devo satisfações à Jo. Claro que sou a melhor amiga mais nova dela, mas não lhe conto tudo da minha vida.

— Que delicadeza. — Levei a mão ao peito, fingindo ter sido atingido por uma facada.

Ela riu.

— Desculpa. — Paty beijou meu peito.

Eu fiquei tentado a fazer algumas perguntas a ela, mas não queria lhe magoar. Minha irmã havia me contado algumas coisas sobre a vida da Paty, coisas como a morte de seus pais, com quem ela morava, como se conheceram e se tornaram grandes amigas, apesar da diferença de idade. É, minha irmã realmente era mais chata que eu com esse papo de idades.

— Tudo bem, mocinha. Vai dormir comigo essa noite?

— Não posso. — Ela se afastou. — Eu tenho que ir.

— Quer que eu te leve?

— Podemos namorar um pouco antes? — Paty mordeu o lábio inferior, provocante.

Eu sorri e levantei com ela em meus braços, indo em direção ao quarto. Não íamos fazer amor, mas eu precisava sentir o corpo dela no meu. Deitei Patricia delicadamente em minha cama e comecei a beijar seu pescoço, sentindo sua pele macia. Ela prendera os cabelos num rabo de cavalo, o que facilitou meu acesso.

Paty enfiou as mãos em meus cabelos, puxando-os, fazendo-me gemer contra a sua boca. Eu apertei sua cintura e ela arfou.

— Pare de me provocar. — Adverti.

— Eu só quero fazer amor com o meu namorado.

— Patricia... — Fiz o que pude para pôr repreensão em meu tom.

— Já sou sua mesmo. Não posso?

— É minha, mas não precisamos fazer amor o tempo todo para ter essa certeza.

Amiga da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora