Capítulo 66

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Ao longo da semana, Dakota e Dexter não desgrudaram. Foram em cada ponto turístico do estado da Califórnia, passaram horas na praia, enquanto eu e Patricia estivemos trabalhando feito loucos. As coisas na empresa tinham complicado e felizmente, papai me deixou adiar a presidência por um tempo, do contrário, acredito que talvez estivesse louco ou prestes a tal coisa. Eu chegava em casa, tomava banho e caia na cama. Felizmente meu amigo nunca estava. Claro que eu estava sentindo muita falta da Minha Garota, mas o que eu poderia fazer além de vê-la um momento ou outro na empresa? Patricia dizia que Dexter veio para cá a fim de passar um tempo com o amigo, não ouvi-lo transar.

Duas batidas discretas contra a porta quase passaram despercebidas por mim. Talvez eu estivesse alucinando, porém, decidi ordenar que entrasse. Talvez não estivesse. A porta foi aberta por uma Patricia de sorriso amarelo, o que me fez retirar os óculos de leitura e apertar um pouco a ponte. Faltava pouco menos de cinco minutos para o expediente acabar, mas eu teria que prolongar um pouco, com uma bendita plantar para analisar. Não queria levar trabalho para casa.

— Baby. — Ela fechou a porta e se aproximou a passos curtos, graças à sua saia lápis. — Sinto tanta saudade de você — disse, manhosa.

— Você é teimosa. — Sentei-a no meu colo. — Poderia muito bem dormir uma noite comigo.

— Sabe que eu não resistiria e costumo gemer alto. — Ela deu um sorriso malicioso e eu sorri imensamente.

— Algum problema? — questionei, enquanto ela brincava com minha gravata.

— Grey me ligou.

Inspirei fundo e esperei que ela prosseguisse, mas não fez.

— O que ele queria? — Insisti.

— Pediu minha ajuda para preparar uma surpresa para Dakota.

Não sei porque, mas eu não caí nessa.

— Que tipo de surpresa?

— Ao que tudo indica, ele vai oficializar. Com direito a anel de compromisso, como usamos. — Ela me olhou com intensidade e eu me senti desarmar.

— Eu preciso dizer para ter cuidado? — Me preocupei. — Eu não confio nesse homem nem um pouco, Patricia.

— Ei, Baby, ele é namorado da Dakota. Ele não vai fazer nada.

Suspirei, me sentindo derrotado.

— Não quero saber quem ele é. Eu quero que tenha cuidado.

— Qualquer problema, eu acerto um gancho nele. — Ela brincou, porém permaneci sério. — Não se preocupe. — Paty afagou meu rosto. — Ele não vai fazer absolutamente nada.

Eu concordei.

— Tenha cuidado. Do contrário, eu acabo com aquele filho da puta.

— Pode deixar.

Patricia me deu um beijinho, porém eu intensifiquei. Estava morrendo de saudades de tê-la em meus braços e as rapidinhas que tivemos por aqui não foram suficientes para matar minha... Nossa saudade. Ela enfiou as mãos por meus cabelos, desgrenhando-os, puxando-me mais para perto. Mordi levemente seu lábio inferior e o seu gemido resultou em minha excitação.

— Vai antes que eu perca a cabeça — falei, quando nos afastamos.

— Pode perder, eu não ligo.

Levantei com ela nos braços e a sentei sobre a mesa, sem me importar com o que estava por ali. Fechei a porta e quando voltei, Patricia já levantava a saia. Ajudei-a, abri minha calça, abaixando-a até os joelhos junto com a cueca e me enfiei na Minha Garota.

Amiga da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora