Capítulo 79

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Certo. Por aqui ser inverno, eu esperava encontrar muita chuva, do tipo dilúvio, porém, o tempo está seco e quente. Eu sabia que o Brasil era oposto aos Estados Unidos em algumas coisas, mas essa agora me surpreendeu. Patricia e eu estávamos no Aeroporto Santos Dumont, o melhor do Rio de Janeiro, exatamente no centro do estado. A nossa primeira estadia seria no Copacabana Palace, um luxuoso e famoso hotel, situado em frente à praia também chamada de Copacabana e assim que entramos no táxi, eu dei o endereço.

— Aqui é lindo! — Patricia exclamou, recostada a mim, olhando pela janela.

— E você precisa ver o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor.

— Sabe que só vamos entrar no quarto depois da meia noite, não é? — Ela me olhou e eu ri.

— Tudo o que você quiser, senhora Jones.

O caminho até o hotel foi breve. Diante dele, eu saí e mantive a porta aberta para que a minha esposa saísse. Ela soltou uma exclamação.

— Nossa! É ainda mais lindo do que nas fotos. E imenso demais.

— Não é? — Peguei as malas e paguei a corrida.

Um carregador de mala apressou-se a nos ajudar assim que entramos no hall. Fomos até a recepção e enquanto Patricia se deslumbrava com o interior, eu fiz o nosso check in e logo nos encaminhamos aos elevadores. Joanne conhecia a amiga que tinha, por isso, fez a reserva no quinto andar. Patricia jamais teria paciência suficiente para esperar tantos andares e poder desfrutar das belezas do local.

— Caramba! Eu não quero voltar a Califórnia nunca mais.

Eu ri.

— Vou avisar ao papai.

— Ficou louco? Acho que ele vem nos buscar, totalmente ensandecido.

— Ainda acha?

Saímos no andar e fomos até o nosso quarto.

— Vamos apenas tomar um banho e conhecer o bairro.

— Não quer descansar? — Sentei numa poltrona, observando Paty caminhar de um lado para o outro, analisando tudo de maneira minuciosa.

— Descansar? De noite. Agora eu quero ver tudo por aqui.

— Tudo bem. Vamos tomar o banho.

Paty foi até as malas, abrindo e pegando a primeira peça que achou: um vestido azul marinho, de alças finas e saia levemente rodada. Ela usava uma jeans clara e justa demais, camisa cinza mescla, tênis de mesma cor e tinha os cabelos castanhos presos num rabo de cavalo.

Fomos tomar banho e não demoramos a sair do hotel. Eu estava de bermuda jeans e camisa polo cinza grafite. Eram quatro da tarde quando tocamos a areia da praia. De imediato, Patricia retirou as sandálias rasteiras.

— Eu sei que temos praia, mas essa me parece diferente. — Ela me olhou.

— Eu entendo perfeitamente. Eu não queria sair daqui na primeira vez em que vim.

— O que mais será que tem no nosso plano de viagem?

— Nordeste, sem sombra de dúvidas. Amanhã é que iniciamos o verdadeiro plano. Soube que serão três dias no Rio de Janeiro. Depois subimos para o nordeste do país, onde está acontecendo as festas juninas. É uma das maiores da região.

— O que tem de mais?

— Apesar de serem comemoradas no país inteiro, no nordeste tem uma grandiosa expressão, pois fazem homenagens a três santos católicos: Santo Antônio, São João e Pedro. Eles preparam comidas típicas para essa época, onde grande parte vem do milho, como a canjica, pamonha, bolo. Eu soube que são incríveis.

Amiga da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora